Em Davos, Moro critica “cultura da corrupção” no Brasil, mas foge do caso Flávio-Queiroz

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – O ministro da Justiça do governo Bolsonaro Sergio Moro participou de um debate no Fórum Econômico Muncial em Davos que tinha tudo para virar uma saia justa. Segundo relatos de O Globo, a discussão foi sobre como populistas usam a bandeira do combate à corrupção para conseguir votos mas, uma vez eleitos, não fazem nada contra os escândalos. Citaram, inclusive, o caso de Silvio Berlusconi, na Itália.
 
Bolsonaro foi eleito com discurso de apoio irrestrito à Lava Jato e alçou Moro a ministro da Justiça para emitir a mensagem de que seu governo combaterá a corrupção. Mas com menos de 1 mês no poder, a família Bolsonaro já é centro de notícias sobre corrupção envolvendo o Coaf.
 
Em Davos, Moro passou longe de comentar o caso de Fabrício Queiroz, ex-motorista de Flávio Bolsonaro que movimentou R$ 7 milhões em 3 anos, sem ter renda nem patrimônio compatíveis com as transações.
 
Quando questionado sobre Queiroz, Moro respondeu: “Não me cabe comentar sobre isso, mas as instituições estão funcionando.”
 
O ministro também negou que o governo Bolsonaro esteja sendo atingido pelo escândalo em torno de Flávio.
 
“O governo tem discurso forte contra a corrupção e vem adotando práticas sobre algo que não foi feito em 30 anos no Brasil, que é não vender posições ministeriais na barganha pelo poder. E nomeou pessoas técnicas. O compromisso do governo é forte contra a corrupção”, disse.
 
Nesta terça (22), Flávio ainda foi relacionado a dois milicianos presos pela morte de Marielle Franco. O ex-deputado, filho do presidente, empregou em seu gabinete a esposa e mãe do Capitão Adriano, ex-Bope acusado pelas autoridades de comandar o Escritório do Crime, uma das maiores milícias do Rio, que praticam assassinatos por encomenda.
 
Em Davos, Moro criticou a “cultura da corrupção” no Brasil e propôs um pacto de não pagamento de suborno com empresários.
 
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Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

17 Comentários

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  1. O meu limitado vocabulário de

    O meu limitado vocabulário de palavões não consegue um para qualificar a altura esta coisa desumana que se disse juiz.

  2. Como pinto no lixo

    Na foto o juiz, que na imagem da mídia é  culto, competente técnicamente,  e quase intelectual, conversa alegre e profundamente com sua nova turma. Ao lado um dos intelectuais  mais profundos  do atual governo, segundo o presidente.

    1. Circo de horrores!
      No avião, um sorriso deslumbrado por fazer parte da comitiva ! Imagino seu discurso, com os olhos piscantes, olhar a esmo e aquele inglês sofrível! Isso tudo com um agravante: Aquela voz fina que não convence. Devia em pensamento estar agradecendo ao Lula, que lhe proporcionou uma evidência que jamais alcançaria. Mas… nada como um dia atrás do outro… e aí Garoto Moro, enfim estão surgindo fatos que merecem sua atuação! Não precisará mentir e nem ignorar provas, como cansamos de ver acontecer! Cresça para aparecer com justiça!

  3. Não Vem ao Caso…

    Nassif: todos os chefes de Governo e de Estado que foram ao Forum Econômico de Davos levaram seus ministros e chefes de órgãos correspondentes para mostrarem seus desempenhos na economia e similares.

    O Brasil levou seu EliotNessTupiniquim, pra mostrar (para os terroristas da extrema direita) como um grupo unido, munitorado por VerdeSaúvas, pode se locupletar de seus concidadões sem ser perturbardos pela ordem jurídica (que é conivente e cumplice).

    E o que tem de assistência num tá no Gibi.

    1. Excelente comentário…

      …Mas se parar para pensar, realmente o Presidente, Coiso,  levou aquilo que tinha de mais significativo e relevante (pode-se ver pelas fotos). É um espetáculo triste e vergonhoso. AInda em ritmo de campanha-festa.

      Lembra-me aqueles atores de personagens de filmes ou séries há muito finalizadas que tiveram um único papel relevante em sua carreira e nada mais depois. Acho que vi algo similar em algum episódio dos Simpsons, em que um marmanjo de 50 anos vivia (muito mal) de apresentações em eventos usando fralda, chupeta e touca, falando como criança; saldo dos tempos em que era ator-bebê de sucesso.       

  4. O que faz um “Ministro da

    O que faz um “Ministro da Justiça(?)” num foro econômico a não ser passear? Enquanto a facção passeia em Davos, “ESSA PORRA” se aproxima de uma EQM(Experiência de Quase Morte).

  5. voo da alegria

    Aquele voo da alegria patrocinado pela China tem o pior de tudo que se encontra no mercado , exporno , estelionatários internacionais , gente que trocou de nome e CPF para fugir de dividas , todos eles em nome de Deus acima de tudo 

  6. Ex-pressão corporal é tudo na

    Ex-pressão corporal é tudo na semiótica, ou seja, em tudo o que significa. Vide as coreografias nas fotos do voozinho da alegria…

  7. O PT tem que se atentar que
    O PT tem que se atentar que não apenas Mefistófeles não é mais pedra e sim vidraça…o justiceiro também…….

    O partido pode muito bem dar bastante trabalho para o dito cujo que não pode mais ser esconder debaixo da toga…..

    Por falar nisso, se o filhote realmente pegou carona no jatinho isso não é improbidade administrativa?

  8. O crime organizado

    na presidencia da republica, com um Sinistro da justiça para abafar os casos de corrupção e o DD na pgr para engavetar

     

  9. Falar de combate a corrupção
    Falar de combate a corrupção no evento que reune a nata do mercado financeiro internacional é falar de corda na casa do enforcado.
    Todos aqueles investidores com trilhões espalhados pelo mundo não tem o menor interesse nessa economia limpinha sem corrupção imaginada por Moro e seus fãs. É corrompendo e se corrompendo que todos esses especuladores fizeram fortuna.

  10. As instituições

    Vou me alinhar ao comentário do Xará Fonseca ( xará do Jair), quando ele chama atenção para expressão corporal do sejumoro,” todosoltinho”, muito na dele, como se tivesse um doce escondido pra comer depois, para repetir o comentário dele:

    “Não me cabe comentar sobre isso, mas as instituições estão funcionando.”

    e fazer o meu comentário ilustrado:

    Batata Assando - YouTube

    Se liga Bolsonaro     

     

    tua  batata está assando

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