Investigação sobre Queiroz segue na área civil, onde Bolsonaro não tem foro

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Além de trabalhar para Flávio, família Queiroz também batia ponto no gabinete do pai Jair quando deputado (REPRODUÇÃO/TWITTER)

da Rede Brasil Atual

Investigação sobre Queiroz segue na área civil, onde Bolsonaro não tem foro

Ministério Público informa que não houve quebra de sigilo bancário ou fiscal. Segundo a Procuradoria, Flávio Bolsonaro, que pediu suspensão das investigações, não era investigado formalmente

por Redação RBA

São Paulo – Um dia depois de o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), ter determinado a suspensão das investigações sobre Fabricio Queiroz, ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) divulgou nota para informar que a decisão vale apenas para a esfera criminal, sem efeito “nas investigações na área civil e de improbidade administrativa”. E lembra que no âmbito cível “parlamentares não têm direito a foro privilegiado“.

A Procuradoria afirmou também que “não procede” a alegação de que houve quebra de sigilos fiscal e bancário. Essa teria sido uma argumentação de Bolsonaro filho para pedir no STF a suspensão das investigações, atendido prontamente por Fux. O caso trata de movimentações financeiras consideradas suspeitas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) envolvendo Queiroz, ex-motorista e assessor de Flávio Bolsonaro.

O assunto ainda tem margem para alcançar o presidente Jair Bolsonaro, uma vez que a filha de Queiroz, Nathalia, era lotada na gabinete dele quando deputado. Ela, que atuava como personal trainner no Rio de Janeiro e não aparecia no Congresso, receberia salários normalmente, sem registros de ausência no expediente. 

Segundo o MP, o chamado relatório de inteligência financeira (RIF) do Coaf fala em “movimentações atípicas tanto de agentes políticos como de servidores públicos” da Assembleia Legislativa do Rio. Mas, por cautela, não foram incluídos de imediato nomes de parlamentares supostamente envolvidos. “A dinâmica das investigações e a análise das provas colhidas podem acrescentar, a qualquer momento, agentes políticos como formalmente investigados. Esta forma de atuar indica o cuidado que o MPRJ tem na condução das investigações, com o fim de evitar indevido desgaste da imagem das autoridades envolvidas”, acrescenta a Procuradoria na nota à imprensa.

“As investigações decorrentes de movimentações financeiras atípicas de agentes políticos e servidores públicos podem desdobrar-se em procedimentos cíveis, para apurar a prática de atos de improbidade administrativa, e procedimentos criminais. No âmbito cível, parlamentares não têm direito a foro privilegiado”, acrescenta o MP. Assim, os relatórios do Coaf foram distribuídos entre as oito Promotorias de Justiça de Tutela Coletiva da Cidadania da capital fluminense, “tendo sido instaurados 22 inquéritos civis, que tramitam em absoluto sigilo e serão trabalhados de forma conjunta e integrada”.

O Ministério Público lembra que, havendo suspeita de prática criminosa com foro privilegiado, a jurisprudência determina que as investigações comecem pelo órgão de maior hierarquia, incluindo todos os envolvidos, até que decida, ou não, por desmembramento. “Por esse motivo, as investigações no MPRJ abrangeram Fabrício Queiroz e todos os outros servidores com movimentações atípicas indicadas pelo Coaf”, justifica o MP fluminense.

 

 

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

8 Comentários

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  1. O que estará achando os

    O que estará achando os generais que pregavam a pureza para evitar que aquele contra qual não há nenhuma prova fosse libertado?

    Não chegou a um mês…

  2. As peças começam a

    As peças começam a encaixar-se: O motorista pegou um milhão e duzentos mil.Passou 24 mil para uma senhora que anda com camiseta contra o presidente Lula,96 mil para um dos filhos do atual mandatário do país.Logo,restam mais de um milhão.

    Não é difícil supor onde esta grana foi parar. De qualquer forma,como estamos falando de motorista,não é difícil entender que a maior parte dessa grana foi parar mesmo foi na conta do presidente Lula. É só deixarem a investigação continuar,não é ,cabeleira?

  3. gostaria de saber se o caixa

    gostaria de saber se o caixa filósofo do tempo não questionou o

    deputado sobre tantos depósitos fatiados se poderia depositar numa vez só!!!

    uma

    familia

    que

    dança

    unida

    permanecerá

    unida

    ?

  4. Queiroz N e o incêndio no picadeiro!

    Garotinho interrompe o pai na sua leitura diária do noticiário na WEB, e pergunta:

    _ Paaaiê, Palhaço tem rabo?

    O pai perplexo diante daquela indagação, pensa um pouco e responde meio que titubeando:

    _ Hum!… Filho, a priori não…mas palhaço de repente pode ter a liberdade de por um rabo, …não sei acho que … Mas filho porque essa pergunta agora?

    _ Sabe o que é pai, é que o Zezinho me contou que estão falando aí na internet que tá pegando fogo no rabo dos Bozo.

  5. JN desnudou Flavio Queiroz ontem

     

    O JN mostrou ontem que Flavio Bolsonaro recebeu entre junho e julho de 2017 48 depósitos em dinheiro cada um no valor de 2000,00 somando no total 96000,00. Com toda a aparéncia de lavagem de dinheiro. Està politicamente morto. Mal começou, esse governo já acabou.  https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2019/01/18/coaf-aponta-que-em-1-mes-foram-feitos-48-depositos-suspeitos-a-flavio-bolsonaro-no-total-de-r-96-mil.ghtml

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