João Santana e Mônica Moura são condenados por Moro na Lava Jato

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – O ex-marqueteiro João Santana e sua esposa e sócia, Mônica Moura, foram condenados nesta quinta-feira (02) pelo juiz Sérgio Moro a 8 anos e 4 meses de prisão por suposta lavagem de dinheiro no esquema de corrupção da Lava Jato.
 
Em seu despacho, Moro manifestou que a prática do crime envolveu “afetação do processo político democrático”, o que, segundo ele, “merece reprovação especial”. Presos em fevereiro de 2016, foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) por receber parte de propina destinada ao PT, no estaleiro Keppel Fels, de contratos entre a Petrobras e a Sete Brasil.
 
A mesma ação condenou, ainda, outras quatro pessoas: o engenheiro Zwi Skornicki, o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, o ex-gerente geral da área internacional da Petrobras, Eduardo Musa, e o ex-diretor presidente da Sete Brasil, João Carlos Ferraz.
 
Segundo os procuradores da força-tarefa da Lava Jato, Zwi Skornicki transferiu recursos para o casal de publicitários, por meio de contas no exterior em nome de offshores, não declaradas às autoridades brasileiras, para dificultar a identificação da suposta operação ilícita e os envolvidos.
 
O fato caracterizou, segundo o grupo de investigadores da Lava Jato, crime de lavagem de dinheiro, com a transferência de US$ 4,5 milhões a João Santana e Mônica Moura, que foi uma parte do que o PT teria recebido no esquema de corrupção.
 
Somaram penas maiores do que o casal o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, condenado por Moro por corrupção passiva por 10 anos. O ex-diretor da Sete Brasil, Ferraz, e o ex-gerante Eduardo Musa foram condenados a 8 anos e 10 meses, por corrupção passiva e organização criminosa. Zwi Skornicki foi condenado a 15, apontado por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

5 Comentários

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  1. Moro aproveita para dispersar a atenção da morte de Dona Marisa

    Não mais do que de repente o Moro solta essa hoje para rivalizar nos noticiários com a morte de Dona Marisa.

  2. Bem, se as alegações

    Bem, se as alegações consideradas pelo desMoronado para as condenações foram, efetivamente, essas, então, mais uma vez (como sempre) o seu “resta provado” não passa de vã filosofia-factóide-conviccional, pois, em tese, nada comprova contra o casal e o então tesoureiro do pt que, aquele, apenas, recebeu pelos serviços prestados e o tesoureiro, apenas recebeu a confirmaão de que alguém iria pagá-los. Se cada prestador de serviço tiver que comprovar a origem do dinheiro de quem lhes efetuou o pagamento, não se salvaria ninguém, aliás, nem os fornecedores do dito juizite. Pobre merreca de país.

    Aliás, um paíseco que elege índio e botafogo para gerenciar as casas parlamentares, em si, não passa de “desconjuro-de-almas-penadas”.

    E agora, os GOLPISTAS irão ao velório da dona Mariza fazer ares compungidos? O Lula prestou homenagem à memória da dona Ruth, mas, sabemos todos, um torneiro mecânico é capaz de gestos de grandeza, já os ladrões, apenas entre eles.

    Bando é pouco.

    1. O QUÊ?

      “… nada comprova contra o casal …”

      O QUÊ? Você está louco? O que não falta no processo são provas DOCUMENTAIS do dinheiro de corrupção recebido pelo casal marqueteiro.

      1. Dinheiro de corrupção?

        O comentário ao qual você respondeu foi bem claro. Não cabe ao tesoureiro ir investigar origem dos dinheiros que recebe. Mas como assim, dinheiro de corrupção? Dá pra você explicar porque que era dinheiro de corrupção?

        Por falar em corrupção, ouviu falar do BANESTADO, onde apareceu o nome do Serra? e dos 23 M q Serra recebeu da Odebrecht com recibo de depósito no exterior?

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