Lava Jato: Janot defende que processos contra políticos não sejam sigilosos

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – O procurador-geral da República Rodrigo Janot vai defender que inquéritos contra políticos com madatos citados na Operação Lava Jato não sejam mantidos sob segredo de Justiça no Supremo Tribunal Federal. A informação é do painel da Folha deste segunda-feira (22).

De acordo com o veículo, cada inquérito deverá estar listada no sistema do Supremo, vinculada publicamente a um número e às iniciais da autoridade investigada, tornando essas informações públicas, mesmo que o teor dos processos não esteja disponível para consulta. 

Na semana passada, Janot indicou que só vai pedir aberturas de inquéritos e oferecer denúncias sobre políticos envolvidos na Operação Lava Jato em fevereiro de 2015, quando o Judiciário retornar do recesso de final de ano. 
 
O repórter Fausto Macedo (Estadão), então, publicou com exclusividade uma lista com 28 nomes de políticos que teriam sido citados nos depoimentos prestados por Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras.
 
A seleção contém ministro e ex-ministros da gestão Dilma Rousseff, governador, ex-governadores e parlamentares. São, ao todo, 10 nomes do PP, 8 do PT, 8 do PMDB, 1 do PSB e 1 do PSDB.
 
Eis os nomes:
 
PT
Gleise Hoffmann
Antonio Palocci
Humberto Costa
Lindberg Farias
Tião Viana
Delcídio Amaral
Cândido Vaccareza
Vander Loubet
 
PMDB
Renan Calheiros
Henrique Alves
Edson Lobão
Sérgio Cabral
Roneana Saney
Valdir Raupp
Romero Jucá
Alexandre José dos Santos
 
PSB
Eduardo Campos
 
PSDB
Sérgio Guerra
 
PP
Ciro Nogueira
João Pizzolatti
Nelson Meurer
Simão Sessim
José Otávio Germano
Benedito de Lira
Mário Negromonte
Luiz Fernando Faria
Pedro Correa
Alina Farias de Oliveira
 
 
Segundo o jornal, a lista (no que tange a delação de Costa) está completa e diz respeito a envolvimento em possíveis crimes cometidos entre 2004 e 2012.
 
O Ministério Público Federal apresentou denúncias contra cerca de 40 pessoas entre funcionários de grandes empreiteiras envoldidas no esquema, da Petrobras e intermediários de esquemas ilícitos na estatal.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

6 Comentários

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  1. “São, ao todo, 10 nomes do

    “São, ao todo, 10 nomes do PP, 8 do PT, 8 do PMDB, 1 do PSB e 1 do PSDB”:

    Continua com cara de delacao combinada.  Eh simplesmente IMPOSSIVEL acreditar na “boa vontade” de Janot.  Mais impossivel ainda eh acreditar que ele defenderia a mesma coisa se fossem acusacoes contra tucanos.

    Nao da pra acreditar.

  2. Não entendi essa do PGR:

    Não entendi essa do PGR: publicitar apenas que tais e tais políticos estão respondendo a inquéritos e não dar ciência do conteúdo? Será que entendi errado? Se não, que sentido teria tal medida? A quem o a quê serviria?

    Ou se abre tudo ou não se abre nada. As experiências pretéritas nessa seara é que o sigilo é de fancaria. Prevalecerão os vazamentos seletivos que somente encorpam as receitas da imprensa e a consecução de seus objetivos políticos. 

  3. Farra e farsa do tal Segredo de Justiça

    O tal “segredo de justiça” no Brasil é uma falácia e tem efeito inverso ao seu objetivo.

     “O segredo de Justiça visa proteger as pessoas envolvidas e mais do que isso, tutelar valores que a sociedade diz que não deve ser vulnerado”.

    No Brasil só quem não tem conhecimento do teor das acusações são os acusados.

    A imprensa, os adversários políticos e acusadores fazem festa com esses dados. Com ou sem provas.

    No Brasil primeiro condena-se para depois apurar. Foi sempre assim. Talvez agora, como parte importante dos acusados são deputados e senadores, haja movimentação para coibir tantos abusos.

  4. Oi…
    A Folha publicou que o

    Oi…

    A Folha publicou que o PGR vai defender que os processos contra políticos não sejam sigilosos.

    O Estadão publicou uma lista de políticos que teriam sido citados no inquérito.

    O PGR não liberou nenhuma lista.

    Só porque os relatos estão colocados próximos um ao outro, não quer dizer que envolvam as mesmas pessoas, tenham a mesma credibilidade, etc.

    Vamos ler o que está escrito, que tal?

  5. o mpf deveria parar de fazer

    o mpf deveria parar de fazer o jogo dos vazadores e

    começar a publicar tudo o que tem em mãos.

    de fonte oficial.

    tudo. qualquer coisa.

    impediria esse clima de golpismo renitente no sistema atual.

     

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