Moraes vota pela condenação de mais oito réus pelos atos golpistas

Como relator das ações, ministro propõe penas que variam de 3 a 17 anos de prisão, por cinco crimes, incluindo golpe de Estado

Crédito: Joedson Alves/ Agência Brasil

da Rede Brasil Atual

Moraes vota pela condenação de mais oito réus pelos atos golpistas

São Paulo – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira (13) pela condenação de mais seis réus envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. São eles: Raquel de Souza Lopes, Felipe Feres Nassau, Cibele da Piedade Ribeiro, Charles Rodrigues dos Santos, Orlando Ribeiro Júnior, Gilberto Ackermann, Fernando Placido Feitosa e Fernando Kevin da Silva.

Como relator, Moraes propõe penas que variam de 3 a 17 anos de prisão. Além disso, o magistrado também sugere o pagamento solidário – dividido entre condenados – de multa de R$ 30 milhões por danos morais coletivos, além de multas individuais de aproximadamente R$ 44 mil.

O julgamento ocorre em plenário virtual. Desse modo, os demais ministros têm até o dia 20 para apresentarem seus votos, julgando individualmente cada um dos réus pelos atos golpistas. A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou as denúncias, acusado-os de cinco crimes: abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa armada.

Maiores penas

Raquel de Souza Lopes, 51, Joinville (SC). Teria atuado na depredação do Palácio do Planalto. Ela nega, no entanto. Em depoimento, disse que se perdeu da irmã e entrou no palácio para procurá-la. Teria permanecido no local para se abrigar das bombas dos policiais contra os invasores. Além disso, chegou a afirmar que foi a Brasília “com intuito de orar pelo novo presidente eleito”. Pena proposta pelo relator: 17 anos.

Cibele da Piedade Ribeiro da Costa Mateos, 60, São Paulo (SP). Presa em flagrante no Congresso Nacional. Disse que fazia uma “excursão” pela capital federal, quando se juntou aos invasores. Além disso, declarou que “o objetivo era apenas ocupar os prédios, sentar e esperar até ‘vir uma intervenção militar’ para não deixar o Lula governar”. Pena: 17 anos.

Gilberto Ackermann, 49, Balneário Camboriu (SC). Responde pela destruição do Palácio do Planalto. Disse que adentrou ao local para se abrigar do “conflito violento que ocorria na área externa”. Negou, no enanto, a intenção de “implantar um novo regime” ou depor o governo, e que não acredita em fraude nas urnas. Pena: 17 anos.

Fernando Placido Feitosa, 28, São Paulo (SP). Relatou que foi a Brasília para conhecer a cidade e integrar uma “passeata religiosa, semelhante à marcha para Jesus”. E que entrou no Planalto “atendendo convite” de um policial do Exército, “que disse para ali se proteger das bombas”. Pena: 17 anos.

Fernando Kevin da Silva de Oliveira Marinho, de Nova Iguaçu (RJ). Conforme a Polícia Federal (PF), é o homem que aparece em imagens chutando uma porta de vidro da sala de recepção do gabinete presidencial. Pena: 17 anos.

Demais réus pelos atos golpistas

Felipe Feres Nassau, 37, Brasília (DF). Também foi preso no Palácio do Planalto. Também nega participação nas depredações. Disse, porém, que quando chegou, por volta das 16h, os policiais já controlavam a situação. Contou, no entanto, que foi impedido de deixar o edifício por outros invasores bolsonaristas. Sua defesa alega que ele “não aderiu a nenhuma ideia golpista ou violenta”. Pena: 3 anos.

Charles Rodrigues dos Santos, 42, Serra (ES). Acusado de depredar o Palácio do Planalto, onde foi preso. Disse que entrou no edifício em busca de abrigo e começou a “orar”. Alegou que participou dos atos de 8 de janeiro porque “não aguenta político ladrão”. Pena: 14 anos.

Orlando Ribeiro Júnior, 55, Londrina (PR). Também acusado de participar da depredação do palácio, onde foi detido. A defesa alega, no entanto, que ele foi a Brasilia “se manifestar de forma pacífica em prol da defesa da democracia e do Estado Democrático de Direito”. Pena: 3 anos.

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Redação

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