Novo ministro do Supremo passará pelo crivo de Gilmar Mendes

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – A Folha de S. Paulo publicou nesta segunda que o ministro Gilmar Mendes se “transformou numa espécie de conselheiro informal” do presidente Michel Temer sobre assuntos jurídicos e “deve passar por ele a escolha de um nome” para substituir Teori Zavascki no Supremo Tirbunal Federal.  

O ministro Gilmar Mendes foi visto em uma “conversa” com Temer no sábado (21), e almoçou no mesmo dia com Eliseu Padilha, da Casa Civil. Depois disso, o magistrado – que presidente a segunda turma do Supremo responsável pelos julgamentos da Lava Jato – apareceu na imprensa defendendo que o relator da operação seja escolhido por Temer, que tem a prerrogativa de indicar o substituto de Teori.

Gilmar é autor de uma decisão que abre a possibilidade de que os processos urgentes da Lava Jato sejam sorteados entre os membros da segunda turma. Ele tomou decisão parecida em 2009, quando presidente do STF, enquanto o mensalão estava em andamento.

Mas, dessa vez, Gilmar sustenta que não há nada de urgente na Lava Jato que demande a nomeação de um novo relator às pressas.

Segundo a Folha, além de Gilmar Mendes, outros ministros aposentados do Supremo foram consultados por Temer: Ayres Britto e Ellen Gracie.

“Para evitar um aprofundamento na relação desgastada, Temer deve consultar a presidente do Supremo, Cármen Lúcia, antes de anunciar a decisão final”, diz o jornal.

CONSELHEIRO INFORMAL

Desde que o governo Temer foi instaurado, Gilmar Mendes vem aparecendo na imprensa como conselheiro informal também dos aliados da presidência no Congresso. Foi ele quem, segundo o senador Renan Calheiros, defendeu que uma lei contra abuso de autoridade fosse debatida pelo Senado, entre outros projetos.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

11 Comentários

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  1. “Conselheiro informal” e

    “Conselheiro informal” e presidente do TSE que julgará o aconselhado. O Gilmar na maior cara dura dirá que é normal. Pior que ele está certo. No Brasil atual é normalíssimo.

    Outras coisas normais no Brasil: Degolar presos, destituir presidente sem crime, se recusar a cumprir ordem de ministro do STF, fugir de oficial de justiça, divulgar grampo ilegal de presidenta na TV, coxichar rindo nos ouvidos de quem se investiga, mandar delatores para que um país estrangeiro processe empresar daqui, e por aí vai.

    E claro, em homenagem ao onipresente juiz, o de ultima, não da primeira instância: Viajar de carona para Portugal com quem voce investiga a pretexto de ir ao funeral de um ex-chefe de estado, e não ir por causa de uma labirintite. 

    PS: Está muito calor, se o dito cujo for de sunga e chinelo à tribuna do STF, será considerado normal também?

     

  2. Os Ministros da Suprema corte brasileira estão acuados

    Os Ministros da Suprema corte brasileira estão acuados com medo de sofrerem um “acidente” se ousarem discordar dos seus réus. É o fim da picada!

  3. O STF ficou pequeno para a ambição de GM

    Tiveram 13 anos para neutralizar/barrar GM, mas fizeram o contrário, compondo um STF submisso, mas irresponsavelmente republicano. GM sempre agiu às claras e muito pior, nos bastidores. Agora, dispensou os bastidores. Não dá mais para continuar “ministrinho” do STF, o próximo passo é exercer o poder sem intermediários, viajando no jato presidencial e com uma representação de Estado, cumprindo agenda internacional. Sair do STF para um governo-tampão com o Temer é furada, o negócio é fazer parte de um governo tucano puro sangue. Tem muita água pra correr debaixo da ponte. 

  4. violação muito séria do princípio de separação dos poderes…

    mas como até no casamento a demora na separação legal muito contribui para que o marido tenha tempo para esconder dinheiro, podemos entender como tempo para se defender, tratar e comprar uns aos outros

  5. Farsa sem disfarçar.

    A que ponto chegamos. Gilmar Dantas nem se dá mais ao  trabalho de disfarçar. Esse bando que tomou o poder está finalizando o trabalho iniciado pela ditadura militar em 64, quando, associados à rede globo e a grupos econômicos poderosos, embalados pela guerra fria, levaram a cabo um projeto de alienação das massas, cujos efeitos se estendem até nossos dias, haja vista a quantidade expressiva de coxinhas alienados, sem contar a massa gigantesca de analfabetos funcionais, transformados em zumbis pela REDE GLOBAL e pelo sistema educacional que faz o aluno brasileiro sentir raiva de estudar em lugar de sentir amor pelo conhecimento.

  6. Gilmar Mendes transforma o Brasil num puteiro

    Isso é uma ver-go-nha!

    Gilmar, “MT” e gatinho angorá não respeitam nem o luto!  [video:https://www.youtube.com/watch?v=GwrxkaP6hQQ%5D     Publicado 23/01/2017

    Tudo a mesma sopa, diria o Mino Carta…

    Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

    Temer, Gilmar e Moreira. Após enterro de Teori, encontro de “bons amigos”

    No Fantástico de ontem, o encontro de “bons amigos” de “mais de 30 anos”: Gilmar Mendes, Moreira Franco e Michel Temer.

    Discutiram, certamente, a atuação de Rogério Ceni como técnico do São Paulo na Copa da Flórida. E também a reestréia do valente time da Chapecoense.

    Dois denunciados nas delações da Lava Jato e um ministro que pode vir a ser o novo relator do caso, com a morte de Teori Zavascki, numa tarde de domingo, pura inocência.

    De lambuja, o “amigo de 30 anos” Mendes vai julgar no TSE a cassação do usurpador presidencial.

    Viva o Brasil!

    Não é à toa que Cármem Lúcia não quis nem sair na foto com Temer no velório do ministro, no sábado.

    Ainda que não reste muita coisa, ao menos a vergonha pública poderíamos evitar, não é.

    Embora a presença de Gilmar no Tribunal, Moreira no governo e Temer no Planalto já sejam, em si, as próprias vergonhas.

     

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