Sede do PSL em Minas Gerais é alvo de busca e apreensão da PF

Ministério Público mineiro investiga esquema de candidaturas laranjas e ministro do Turismo é principal suspeito de organizar esquemas de desvios

Jornal GGN – A sede do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, no estado de Minas Gerais é alvo de busca e apreensão, nesta segunda-feira (29), da Polícia Federal, que também cumpri outros seis mandados no Estado, no âmbito da operação Sufrágio Ostentação, todos relacionados às investigações do esquema das candidatas laranjas do PSL mineiro, ligado ao ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio.

As informações são da Folha de S.Paulo. O jornal revelou em fevereiro que o atual ministro do Turismo organizou um esquema de candidatas laranjas em Minas Gerais durante as eleições passadas, na época, além de presidir o PSL mineiro, Álvaro Antônio era deputado federal.

Entre os alvos da PF está também a casa e empresa de Reginaldo Donizete, irmão do ex-assessor de gabinete e coordenador de campanha do ministro. A Polícia Federal também cumpre busca em outras gráficas. Dos sete mandados, dois são em Belo Horizonte, dois em Contagem, um em Coronel Fabriciano e um em Ipatinga.

No esquema relatado pelo Folha, parte do dinheiro público liberado para os partidos investirem em campanhas foi direcionado por Álvaro Antônio para quatro candidatas do Vale do Aço e Curvelo. Soma considerável que elas receberam foram enviadas para empresas ligadas a assessores e ex-assessores do seu gabinete.

Outro ponto que chamou atenção, foi que essas candidatas receberam mais recursos para a campanha do que boa parte dos candidatos do PSL, mesmo assim tiveram votação irrisória e não foram eleitas.

Além das quatro candidatas entrevistadas pelo jornal, o Ministério Público de Minas investiga outras quatro candidatas que teriam participado do mesmo esquema. Uma delas, a deputada federal Alê Silva (MG), que conseguiu ser eleita com 48 mil votos, recentemente veio a público acusando o ministro do Turismo de tê-la ameaçado de morte.

Em entrevista ao Estado de S.Paulo, a parlamentar contou que foi informada por interlocutores de Marcelo Álvaro que o ministro estaria com “ódio mortal” dela, depois de saber que prestou depoimento espontâneo confirmando o esquema ao Ministério Público.

O ministro negou que tenha feito ameaças a deputada e que tenha organizado algum esquema de candidaturas laranjas. Ele se diz alvo de uma campanha difamatória. Para ler a reportagem da Folha na íntegra, clique aqui.

Redação

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