Servidora do Detran do RJ peca ao afirmar que juiz não é Deus

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Jornal GGN – A chegada da Lei Seca e as blitzes realizadas em cidades brasileiras foram responsáveis pela diminuição de acidentes de trânsito, mortes desnecessárias e outras mazelas ocasionadas pela junção de álcool e carros. Muito se avançou neste quesito, menos na carteirada. Uma agente do Detran do Rio de Janeiro foi condenada pela Justiça a indenizar um juiz por danos morais pois, ao pará-lo em uma blitz, sem carteira de motorista e em um veículo sem placa e sem documentos, afirmou que “ele era juiz, mas não Deus”. A agente estava fazendo seu trabalho, mas trombou com uma carteirada de primeira, pois juiz pode não ser Deus, mas a classe é unida.

do Estadão

Agente que parou juiz em blitz da Lei Seca é condenada a indenizá-lo em R$ 5 mil

Para Justiça, servidora agiu com abuso de poder ao dizer que ‘juiz não era Deus’

Por Julia Affonso

Uma agente de trânsito do Detran do Rio de Janeiro foi condenada pela Justiça a indenizar um juiz em R$ 5 mil, por danos morais. Em fevereiro de 2011, a servidora trabalhava na Operação Lei Seca no Leblon, zona sul do Rio, quando parou o magistrado em uma blitz.

Para a Justiça fluminense, a agente agiu com abuso de poder ao abordar o juiz, que estava sem a carteira de motorista e conduzia um carro sem placas e sem documentos. Na sentença, desembargador responsável pelo caso afirma que a servidora ofendeu o juiz, “mesmo ciente da relevância da função pública por ele desempenhada”. Ela teria dito que ele era “juiz, mas não Deus”.

Operação Lei Seca. Foto: Marcos de Paula/AE

Operação Lei Seca. Foto: Marcos de Paula/AE

A servidora diz, na ação, que diante das irregularidades alertou o juiz da proibição de continuar com o carro e da necessidade de apreensão do veículo. Ela alegou que irritado, o magistrado se identificou como juiz e lhe deu voz de prisão, determinando que ela fosse conduzida à delegacia mais próxima.

“Dessa maneira, em defesa da própria função pública que desempenha, nada mais restou ao magistrado, a não ser determinar a prisão da recorrente, que desafiou a própria magistratura e tudo o que ela representa”, diz a sentença. “Além disso, o fato de recorrido se identificar como Juiz de Direito não caracteriza a chamada “carteirada”, conforme alega a apelante.”

No processo, que está em 1ª instância, o juiz parado na blitz afirma que estava voltando do plantão judiciário noturno. Ele nega ter ofendido a agente.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

71 Comentários

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    1. É segredo de justiça.

      Alias a sentença deve ter sido escrita em latim de botequim.

      P.S. Alguém, exceto o Argolo, tem dúvidas que o judiciário brasileiro é mais corrupto que a média da sociedade brasileira?

      1. Lionel Rupaud, embora sem

        Lionel Rupaud, embora sem negar a existência de corrupção no judiciário, tenho que discordar de que sua média seja superior à geral. Falo por empirismo: já trabalhei na iniciativa privada e no setor público. No setor público trabalhei no executivo estadual (RJ), em empresa pública carioca da área de engenharia, no executivo federal e, agora, estou no judiciário federal (justiça do trabalho). Desses lugares, onde vi menos corrupção no dia-a-dia foi justamente no judiciário trabalhista federal. Aliás, testemunhei diretamente a prática de corrupção em outros lugares, mas desde que iniciei no judiciário, há mais de vinte anos, nunca presenciei a corrupção no dia-a-dia, o que sei é de ouvi falar ou de notícias publicadas, como as obras do TRT de São Paulo ou o conluio entre um ou outro juiz e os peritos nomeados para atuar nos processos. Claro que a justiça do trabalho não representa a totalidade do judiciário, mas é a maior estrutura judiciária do Brasil, de modo que representa uma grande parte dele. Tampouco se pode afirmar a corrupção total do sistema com base no que se vê ou ouve falar da prática dos tribunais superiores. Enfim, há corrupção no judiciário, sim, mas não creio que seja comparável à corrupção sistêmica do ambiente político, tanto nas diversas instâncias do executivo, como nas do legislativo. Esses são os poderes que, de fato, detém direto controle sobre o orçamento público, inclusive a parte de orçamento relativa ao judiciário.

        1. Não ouvir falar, não

          Não ouvir falar, não significa não existir Márcio. No caso do judiciário, nunca saberemos, pois é um poder muito fechado, hierarquizado e mesmo quem trabalha nele não tem acesso às informações. E sem falar nas operações-abafa dos episódios de venda de sentença que ja foram denunciados até no âmbito do STJ. Além disso, não dá para considerar apenas a verba orçamentária e esquecer as grana oriunda das custas judiciais. Quem gere esse dinheiro? E a relação entre o judiciário e o sistema notarial no Brasil, que só recentemente foi quebrada pela regra do concurso? Quem controlava essa relação e todo o dinheiro que circulava?

          Só concordo com você quanto às generalizações, pois esse é um caminho que não ajuda a esclarecer. Quanto mais precisos formos nas nossas observações, denúncias e questionamentos, melhor para o país.

        2.   Marcio, isso ocorre porque

            Marcio, isso ocorre porque em geral o que os magistrados fazem, fazem cobertos por um verniz de legalidade. O mais comumu são atos legais, mas imorais ou antiéticos. O que conseguem via corporativismo não tá no gibi.

            Além disso, todos concordam que médico que não vai ao serviço deve ser punido, e pronto. Isso é óbvio. E juiz que mal aparece, você ouve alguém falar alguma coisa? De mais a mais, médico não pode condenar jornalista ou agente público por danos morais, não é mesmo?

          1. André LB, desvios éticos e

            André LB, desvios éticos e corporativismo existem sim, é inegável. E tampouco neguei a existência de corrupção, principalmente a administrativa, via licitações. Referia-me, somente, à afirmação de Lionel Rupaud de que o judiciário possui corrupção acima da média. Isso, creio que não, inclusive pela imensa disparidade de demandas públicas gerenciadas e de tamanho dos orçamentos.

          2.   Márcio, gostaria que

              Márcio, gostaria que estivesse certo. A corrupção é mais escondida no Judiciário, porque se pratica com a aparência de “tese jurídica”. Venda de sentenças é algo muito mais comum do que parece, mas a adoção de uma tese absurda não é tão visível quanto vergalhões de ferro a menos ou propinas.

      2. Justiça…

        A justiça do trabalho aqui em S.Paulo é um espetacular palco deste judiciario vergonhoso.

        Aquele predio na Barra Funda construido pelo celebre lalau que desvio por volta de 160 milhões, que mais parece com o Taji Mahal, é um verdadeiro antro de extorsão institucionalizada.

        Coitado do pequeno e médio empresario que lhes caia nas garras, os advogados que vivem apenas destas extorsões estão preparados para lhes tirar até as calças.

        A jurisprudencia ali é sem maquiagem alguma de extorquir o que se possa da infeliz vitima que se lhe apresente.

        É tanto o entulho a ser retirado para que este pobre Brasil vire realmente uma Nação, que chega a desanimar.

    2. Pois é…

      Nem o nome colocam na matéria.

      Imprensa covarde.

      Cadê a Shererazade???

      O Prefeito do Rio tem que dar Medalha de Menção Honrosa para a servidora com prêmio de 10 mil reais por serviços prestados a população.

    3. deusa

      Rogério,

      O nome da deusa é Mirella LetÍzia, da 36ª Vra Cível do RJ.

      O Poder Judiciário, como se sabe, pode tudo e um pouco mais. Esta situação vem desde a época de Pedro Álvares Cabral.

  1. Parabéns ao juiz que elaborou

    Parabéns ao juiz que elaborou a sentença pela tremenda criatividade. Alias, acho que foi tão criativo que deveria largar a magistratura e se dedicar a escrever livros de ficção, deixando o cargo de juiz para pessoas que sejam menos criativas e mais propensas a seguir o que está escrito na legislação.

  2. Se até no STF tem aberrações,
    Se até no STF tem aberrações, nas outras instâncias então… Obs: eu conheço , pessoalmente, uma dezena de juízes e digo: são todos assim.

  3. Que grande palhaçada

    Que grande palhaçada hein.

    Qualquer juiz, além do Aécio, é claro, pode dirigir embriagado e também sem carteira de motorista, que está tudo certo.

  4. O absurdo institucionalizado

    O absurdo institucionalizado por sentença. Juiz parado em blitz sem habilitação e sem documentos do carro, dá voz de prisão à agente que determinou a apreensão do veículo e ainda consegue indenização por dano moral contra a agente. Essa sentença simboliza o corporativismo conduzido ao extremo da interpretação enviesada da lei. Esse post já está sendo devidamente compartilhado em meu Facebook. Essas aberrações devem ser expostas ao máximo para causar constrangimento. A luz do sol é o melhor detergente.

  5. Juiz não é Deus.
    O Juiz não é Deus para esta servidora nem para muitos de nós. No entanto, um sujeito de baixa cultura, embolsando 30 milhas/mes com 75 dias de férias/ano, no máximo 5 horas/dia de trabalho, se o cara não Deus, tem todo o direito de pensar que é. Daí pra que carta de motorista, documentos de carro etc. Gostaria de ver um juiz desses ser revistado como a polícia faz com os motobois que estão trabalhando.
    Existe uma nova ditadura no Brasil é a ditadura dos bachareis.

  6. “casa grande e senzala”

    Quebrar esse paradigma é o que Dilma vem fazendo

    Daí a resistência dos que se acham

    Enquanto não nos transformarmos em um país de classe média ampla, a impunidade da elite, a sensação de isolamento e a grande criminalidade continuarão a existir

    O lamentável, por erro de formação intelectual e cultural, é que a classe média foi enganada e se sente como parte dessa elite. Sofre com os altos preços das escolas e serviço médico – hospitalar, com o trânsito, tudo isso porque foi incapaz de se aliar aos da base para cobrar o que é de direito nas democracias; serviços públicos de qualidade, e se aliam aos ricos reclamando dos seus altos impostos não percebendo que para tal o estado terá que onerar os impostos dos mais ricos. São inocentes e repetem os que os ricos proclamam; menos estado

  7. voce sabe com quem está

    voce sabe com quem está falando?

    com um comentarista de umblog sujo.

    já o juiz faz essa pergunta há séculos, na visão

    retrógrada já denunciada por antropólogos.

    é preciso denunciar esse juiz se quisermos avançar na real

    democratização do judiciáio brasileiro,

    um segmento arcaico que não percebe os novos tempos que se manifestam.

      1. Deus de primeira instância,

        Deus de primeira instância,  mas com enorme potencial para ascender aos tronos superiores  do “Olimpo”, o reino das “facilidades”.

  8. Isso aqui no RJ foi muito

    Isso aqui no RJ foi muito comentado.

    Vergonha !

    Caso típico de república das bananas, do sabe com quem está falando.

    O defensor da lei descumprindo a própia lei que defende.

    Que moral esse juiz vai ter para julgar caso semelhante ?

    1. so o juiz que julgou a ação tivesse vergonha na cara

      arquivava a ação dizendo à seu colega que como juiz deveria conhecer a lei e tratar de cumpri-la.

  9. “…sem carteira de motorista

    “…sem carteira de motorista e em um veículo sem placa e sem documentos…”

    Enfim, o referido magistrado estava  caminhando contra o vento. A velha canção fala em “sol de quase dezembro”, já o agente da lei,pelo menos deveria ser, caminhava em plena noite do Leblon. Mas não estava só “sem”, consigo carregava sua poderosa carteira. No Brasil dos privilegiados isso conta muito.

    A servidora, verdadeira defensora da lei, de acordo com a corporativa decisão do colega do juiz fora-da-lei, ficará com nada nos bolsos ou nas mãos. É duro para uma cidadã honesta sofrer punição por adotar a máxima que diz que a lei é igual para todos. Infelizmente, no Brasil dos gilmares alguns são mais iguais que os outros.

  10. Esse episodio e o do

    Esse episodio e o do presidente do TJ de Sao Paulo  são impressionantes! E enquanto esses juízes se acham deuses, as viúvas e orfãos ficam esperando seus alvarás e seus inventários até quando suas excelencias resolvam trabalhar.

    1. Esse Juiz é conhecido por

      Esse Juiz é conhecido por fatos do gênero. Já ajuizou ação contra professora, tem várias representações no CNJ…

    2. Entendi…

      Deve trabalhar muito em Búzios. Gostaria de saber se esse juiz foi conivente com as agressões à natureza, que há anos vêm acontecendo em Búzios. Construções indevidas na encosta entre Geribá e Tucuns. Acessos à praia da Ferradura com correntes, para que somente os moradores da orla frequentem a praia. Hotéis construíidos na encosta a partir de João Fernandes. Búzios é uma festa e ele achou que na cidade do Rio poderia ser a continuação da brincadeira. A moça do Detran é quem deve ser indenizada. Sugiro ao juiz de ” Búzios” que veja o vídeo de Mário Sergio Cortella ” Você sabe com quem está falando?”  Quanta ignorância!  E são pessoas desse nível, que decidem a vida de muitos brasileiros!

    3. Interessante, “1ª VARA DE

      Interessante, “1ª VARA DE ARAMAÇÃO DOS BÚZIOS”. Acho que o termo ‘ARMAÇÃO” seria mais conveniente para o caso.

      Diz uma lenda aqui em Minas, que 50% do juízes acham que são deuses, os outros 50% teem certeza. Acho que esse magistrado se encaixa na segunda faixa.

  11. Cadê a OAB? E a Prefeitura do

    Cadê a OAB? E a Prefeitura do Rio? E a Defensoria? E a Ajufe?  Cadê a PGR? E o Ministro da Justiça? É sério que vão deixar estar Servidora honesta e cumpridora da lei se @##@%%# e o escroto canalha do Juiz impune?

    Judiciário, no Brasil, é uma casta podre. São medievais, acima da lei e da moral. Despacham pouco se lixando pra lei ou pra consequência dos seus atos. Salvo raras exceções, os Juízes antigos são velhacos, e os novos são meninos e meninas mimados, como aqueles antigos príncipes e reis da idade média. Criados desde pequenos numa redoma, apenas estudando para ser Juiz. Normalmente, a prática jurídica é falsificada assinando despachos do escritório do papai/mamãe ou titio/titia. Passam para Juiz sem ter a mínima experiência de vida, sem conhecer nada do “mundo lá fora”.

    E não pensem que a Justiça Trabalhista é melhor, é a pior de todas. É boa para advogados, especialmente os preguiçosos, que podem facilmente enriquecer à custa da falência e até míngua/morte de microempresários, pois qualquer “papel de pão” na Justiça do Trabalho dá uns R$20.000,00 de lucro. A Justiça do Trabalho não tem o MÍNIMO compromisso com a verdade, é um jogo: o Advogado coloca 9 mentiras e 1 verdade na petição, e, mesmo sem qualquer prova ou testemunhas, o Juiz dá provimento a umas 6 ou 7, glosando 2 ou 3 para posar de isento. E assim, esta máfia fica punindo/parasitando quem produz e cria emprego.

  12. Cadê a OAB? E a Prefeitura do

    Cadê a OAB? E a Prefeitura do Rio? E a Defensoria? E a Ajufe?  Cadê a PGR? E o Ministro da Justiça? É sério que vão deixar estar Servidora honesta e cumpridora da lei se @##@%%# e o escroto canalha do Juiz impune?

    Judiciário, no Brasil, é uma casta podre. São medievais, acima da lei e da moral. Despacham pouco se lixando pra lei ou pra consequência dos seus atos. Salvo raras exceções, os Juízes antigos são velhacos, e os novos são meninos e meninas mimados, como aqueles antigos príncipes e reis da idade média. Criados desde pequenos numa redoma, apenas estudando para ser Juiz. Normalmente, a prática jurídica é falsificada assinando despachos do escritório do papai/mamãe ou titio/titia. Passam para Juiz sem ter a mínima experiência de vida, sem conhecer nada do “mundo lá fora”.

    E não pensem que a Justiça Trabalhista é melhor, é a pior de todas. É boa para advogados, especialmente os preguiçosos, que podem facilmente enriquecer à custa da falência e até míngua/morte de microempresários, pois qualquer “papel de pão” na Justiça do Trabalho dá uns R$20.000,00 de lucro. A Justiça do Trabalho não tem o MÍNIMO compromisso com a verdade, é um jogo: o Advogado coloca 9 mentiras e 1 verdade na petição, e, mesmo sem qualquer prova ou testemunhas, o Juiz dá provimento a umas 6 ou 7, glosando 2 ou 3 para posar de isento. E assim, esta máfia fica punindo/parasitando quem produz e cria emprego.

  13. Presente de natal

    Alguém pode me dar uma carteira desta de presente no Natal, aliás, devem ter outras muito boas no governo, mandem uma de cada destas, afinal, também sou filho de Deus hehehe…..

    Ou todos nos locupleta-mos, ou restaure-se a moralidade.

    1. No serviço público tem várias

      No serviço público tem várias categorias de aspirantes à deidade. Ainda não chegaram lá.  Mas já  se comportam de acordo. Por enquanto, a “sacralidade” ainda é privativa da magistratura.

  14. Fui…

    Caros debatedores,

    confesso-lhes que fiquei decepcionado pelo que li até agora. Com o devido e bom respeito aos caros colegas debatedores, percebe-se que  vocês estão se nivelando por baixo e já estão partindo para suas “sentenças” particulares apenas com o que foi escrito acima.

    Acabam agindo como teria , supostamente, agido o juiz. “Dando a carteirada dos comentaristas com pré- conceitos establecidos”. 

    Ora  já sabemos que o juiz não é deus.  Pergunto: para que afirmar isso? Quem é deus? Por que o juiz não era deus? Quem sabe ele não era deus mesmo travestido de juiz? Noutra linha, cabe a pergunta: o código de trânsito brasileiro tem tratamento diferenciado para deuses? Se não por que então, supostamente,  teria dito a servidora que o tal juiz não era deus? 

    Notem que o problema, segundo informações acima, parece ter transitado por um  abuso de poder da servidora ou do juiz. Ao final a servidora  teria sido  condenada – em primeira instância – ao pagamento de danos morais.

    Todavia,  isso não anula a falta de carteira de habilitação, a falta de placa no veículo, etc. Cabe a pergunta: que fim levou essa parte da história?

    Isto é, houve ou não irregularidade neste aspecto? Notem que o juiz , no caso, é condutor e deve, evidentemente,  respeitar as leis de trânsito. Não se trata de : Servidora versus Juiz 

    E não há como simplesmente desconsiderar estes fatos!

    Ali , ao que parece, não havia  um Estado-juiz em ação. Ou havia? O que efetivamente ocorreu? Se havia então podemos concluir que nestas condições há necessidade de respeitar as leis de trãnsito? Ou: há leis específicas para estes casos?

    Sem perceber, parece que a matéria foi levada para aquela visão patrimonialismo, digamos assim,  em pleno século XXI. 

    Um visão que fomenta a desmoralização das instituições, o que não é bom para nós mesmos. 

    Outras dúvidas:

    O juiz estava em sua jurisdição ou não? Era federal ou era estadual ou militar?

    Lembremos: uma coisa é uma coisa. Outra coisa é outra coisa. Tradução fajuta do princípio da identidade.

    Um juiz é antes uma pessoa. Nesse sentido, é igual a outra pessoa. Todavia, é igual na medida que desiguá-la.

    Como teria dito RuiM Barbosa copiando o evoluído de  estagira. 

    Igual=Igual  ;  Desigual=Desigual

    Gostando ou não, esse é o pacto. 

    *** ( salvando-me com o uso dos asteriscos do Nassif)

    Gostaria de tratar da tal de lei seca.

    E o meu posicionamento é problemático. Sei que vou sofrer críticas pesadas. Estou na corrente minoritária. Aliás, até agora só vi eu mesmo defendendo essa corrente. Portanto, a corrente é minúscula.

    E qual seria o meu posicionamento?

    Lá vai:

    A lei seca , pra mim, é uma BALELA.

    Balela para enganar desavisados!

     

    Fui…

    Saudações

     

     

     

    1. Juiz

      Os juizes reconhecem que Deus é quem sabe de tudo, tem poder absoluto sobre tudo e todos. Somente quando Ele tem alguma dúvida é que consulta o juiz. Alguns magistrados pensam assim.

  15. “Dessa maneira, em defesa da

    “Dessa maneira, em defesa da própria função pública que desempenha, nada mais restou ao magistrado, a não ser determinar a prisão da recorrente, que desafiou a própria magistratura e tudo o que ela representa”, diz a sentença.

     

    Imagina se habeas corpus emitido no sábado por ministro do STF para banqueiro baiano condenado e prefacear livro de jornalista Globo desafia a magistratura. k k k k k k

  16. Haja truculência.            

    Haja truculência.              

    Veio-me à memória o ex-juiz Pedro Percy Barbosa de Araújo executando um pobre funcionário de supermercado que cumpria sua singela função.

     

    juiz Pedro Percy Barbosa de Araujo (na foto está de camisa listrada), de Sobral (CE),

    Leia mais em http://www.paulopes.com.br/2008/07/morre-juiz-que-chocou-pas-ao-matar.html#ixzz3I6XTCbga 
    Paulopes informa que reprodução deste texto só poderá ser feita com o CRÉDITO e LINK da origem. 

  17. Sem cabimento

    Mais um episódio da série “Absurdos do dia-a-dia”. Tomara que esse escárnio em forma de sentença seja revertido em segunda instância.

  18. Vou na contramão (sem

    Vou na contramão (sem trocadilhos) dos comentarios. Só quem já passou por episódio semelhante sabe que a arrogancia de um agente de transito é maior que a de um juiz.

  19. O ser humano com um pouco de

    O ser humano com um pouco de poder no geral é nojento. Eu já contei o caso aqui de uma juiza que quebrou uma pequena agência de viagens de um amigo meu. Só porque ao chegar ao seu destino não havia quarto no hotel reservado e eles a recolocaram num hotel melhor que o original (por apenas um dia) eles tiveram que indenizá-la em 60 mil na época ( hoje  acho que seria uns 200 mil).

    A empresa que já enfrentava dificuldades (nos tempos do fhc) não aguentou o baque e quebrou. E a fdp deve continuar por aí mamando nas tetas do judiciário e se divertindo.

  20. Conselho

    Acredito que a referida servidora não lerá o conselho (ou sugestão). Se por algum acaso na bendita sentença não constar como pagar, é só dirigir-se à casa do infrator, munida de quantas moedas forem necessárias e efetuar o pagamento- obviamente com tudo filmado com solicitação de recibo.

  21. Trocando em míudos …

     … Dessa maneira, em defesa da própria função divina que desempenha, nada mais restou à deus, a não ser determinar a prisão da recorrente, que desafiou o próprio reino de deus e tudo o que ele representa …

    Blasfema!!! Teje presa e processada!

  22. O crime da funcionária teria

    O crime da funcionária teria que ser inafinaçavel, imagina, questionar a Divindade de um Magistrado, já no Egito isto nao seria possível . . . . . 

  23. O dossiê do Santo!

    sábado, 19 de fevereiro de 2011

    OS A…BÚZIOS DO juiz João Carlos de Souza Correa . . . AI QUE LOUCURA ! . . .

     19/02/2011 às 00:31 Atualizado em 19/02/2011 às 00:58  Corregedoria abre procedimento contra juiz da 1ª Vara de Búzios    O Globo  RIO – As denúncias sobre o juiz João Carlos de Souza Correa, da 1ª Vara de Búzios, reveladas pelo GLOBO, começam a ser apuradas. O comportamento do magistrado foi tema de conversa entre o presidente do Tribunal de Justiça, Manoel Alberto Rebêlo dos Santos, e o corregedor-geral, Azevedo Pinto. Segundo o corregedor, já foi instaurado um procedimento contra o juiz para apurar a voz de prisão que ele deu a uma agente da Operação Lei Seca, domingo passado. As outras denúncias contra o juiz também serão investigadas, na medida em que chegarem à corregedoria. Segundo o corregedor, quando a denúncia contra um juiz é confirmada com provas, a sindicância é rápida.   Além de dar voz de prisão a uma agente da Operação Lei Seca após ser flagrado sem habilitação ao volante de um carro sem placa, o juiz é acusado de ter desacatado turistas que reclamaram de uma festa barulhenta que promovia num quarto de hotel; de ter obrigado um funcionário da concessionária Ampla a religar a luz de sua casa, cortada por falta de pagamento; de ter discutido com um policial rodoviário federal após passar por um posto da PRF em alta velocidade e com um giroflex proibido; de “pendurar” contas em estabelecimentos comerciais; e de ter tentado fazer compras no free shop de um cruzeiro sem ser passageiro.   Por enquanto, a corregedoria investiga apenas o caso da Lei Seca e decisões polêmicas tomadas em processos fundiários em Búzios. Azevedo Pinto esclareceu que ainda não chegou à corregedoria a denúncia sobre a festa no Hotel Atlântico Búzios e as demais.   Para o presidente da OAB-RJ, Wadih Damous, a Lei Orgânica da magistratura exige dos juízes um comportamento discreto:   — Não é aceitável que magistrados dêem carteirada quando são parados em blitzes. Um juiz deve ser exemplo para o cidadão comum.   Procurado nesta sexta-feira por telefone na 1ª Vara de Búzios, o juiz não foi encontrado. Seu secretário informou que ele tinha vindo ao Rio com sua mulher, a ex-deputada Alice Tamborindeguy. Procurado ao longo da semana, o magistrado não quis dar declarações.

     

  24. É por essas e outras que perderam a credibilidade e respeito

    É Brasil, tipico do brasileiro esse comportamento do Deus das leis e aqui em alagoas piora muito,viu!!!

    Não só juízes, mas também alguns médicos, promotores e otoridades em geral rsss É uma republiqueta de bananas. haja  vista o pedido que fizeram para Obama. É demais da conta.   

  25. Vaquinha para a agente

    Será que dá ara fazermos uma vaquinha?

    Se cada um der 1 centavo e juntarmos 500.000 doadores
    Alguém pessoalmente com a presença da imprensa ir junto com a agente pagar a indenização?

    seria uma forma da população participar das decisões e criar uma situação vexatória para o Juiz.

     

  26. MEDO SIM, RESPEITO NÃO

    Há juízes de Direito que preferem que as pessoas sintam medo deles, de suas arbitrariedades, de suas injustiças.  E ninguém os respeita.  Sinto pelos que, afinal, querem fazer a coisa certa.  Há muitos juízes claramente desequilibrados por aí, trogloditas mesmo.  E sofrem os que não podem se defender, pois o corporativismo dessa classe os oprimirá ainda mais.

  27. Se o juiz for patriota

    Li a notícia diretamente no Estadão. Suponhamos que lá, os fatos tenham sido reportados de modo correto. Dali decorreria então que, se a lei brasileira protegesse o cidadão, o caso poderia ter outro final menos ruim tanto para o juiz quanto para a fiscal.

    Há países em que pelo menos parte das ponderações do juiz ao ser flagrado com o veículo e documentos como descrito pelo Estadão, seriam aceitas.

    Porém, no Brasil, a burocracia tende a imperar.

    Lembram de quando o Nassif se recusou a soprar o bafômetro?

    https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/eu-me-neguei-a-soprar-o-bafometro

    1. Antonio Francisco

      que ponderações poderiam ser aceitas de um cidadão: Que abordado pela autoridade de transito, conduzisse um automóvel sem placa, sem documentação, e que alegando ser juiz não pudesse provar a identidade, já que ele também não podia provar quem era, pois não portava seus documentos pessoais. Ele deu sorte: se tivesse sido abordado pelo Sargento Souza da PM Mineira, teria – sem muita conversa – sido jogado no fundo de um camburão, conduzido à Delegacia, e teria um BO o acusando de dirigir sob efeito de álcool.

  28. essa eh nossa justica
    Depois reclamamos do processo da globo ter sumido.
    depois reclamamos do juiz ter matado a esposa.
    depois reclamamos do juiz da suprema corte, STF.
    depois reclamamos da OAB e dos tribunas
    depois reclamamos da Ditadura Militar.
    depois.
    Olhamos um pobre soldado militar e queremos que ele faca justica.
    depois como dizer a um agente, um escrivao, um policial acerca da lei e da justica.
    Do assassino, do ladrao e do contraventor.
    depois eh pedir e fazer muito para nunca precisar da lei e da justica.
    que vergonha deslavada e sem vergonha deste grupo.

  29. Total inversão de valores.

    Total inversão de valores. Este não é o primeiro caso nem será o último. Diariamente por esse Brasil afora assistimos esses exibicionismos de poder e prestígio. O trágico é o corporativismo imundo, desprezível que em vez de punir o verdadeiro transgressor prefere, covardemente, lascar a parte mais fraca. Fosse eu apelaria até a última instância(STF) à busca de remição desta injustiça. 

    Aqui no Ceará ainda hoje nos lembramos da morte revoltante de um humilde empregado de um supermercado(o pai do rapaz era meu amigo e colega de BB) só porque teve a suprema “audácia” de impedir que um magistrado já embriagado entrasse no estabelecimento fora do horário. Em troca, levou um balaço na cabeça.

    O assassino ainda passou uns dias no Corpo Bombeiros como visita. A “justiça” veio na forma de um infarto fulminante. Decerto ele tentou dar uma carteirada lá no inferno. 

    Precisamos divulgar e ridicularizar ao máximo essas demonstrações de abuso de autoridade. Eles, suas “icelências” e “excrescências” é que devem nos venerar considerando que somos nós que pagamos seus altos salários e mordomias.

  30. É o sujo falando do mal
    É o sujo falando do mal lavado. Juízes se acham Deus, e estes agentes de transito se acham Filho Unigênito. E quem vê pensa, e até parece, que essa agente é uma respeitadora exemplar da Lei. Só quem é parado nestas operações é que sabe da arrogância destes agentes, que chegamos a torcer para que apareça uma autoridade para prender um desses. E ai de quem tiver com o IPVA atrasado. Aí sim, você será considerado um criminoso hediondo. E se tentar argumentar com estes “agentes”, é ameaçado de prisão ou pena de morte pela “ótoridade máxima”. Ela foi condenada não por tentar fazer com que a lei fosse respeitada, como ela está tentando fazer crer, pois se assim o fosse, ela teria aplicado a multa e pronto. Mas foi arrogante julgando-se acima da lei, achando que pode desrespeitar quem quer que seja. Só que desta vez não era um pobre mortal, e sim um juíz. Essa agente é tão “arrogante” que se acha acima da Justiça, dizendo que faria tudo de novo. Já por estar acostumada a destratar a todos, e aos motoristas como “bandidos”, essa agente de transito, com muita esperteza tentou distorcer o ocorrido perante a Justiça, transformando, sua arrogancia, e desacato e desrespeito a um magistrado, em carteirada de juiz. O juiz foi bem claro, da maneira que você está me tratando eu posso te dar voz de prisão, e ela o desafiou retrucando: me prenda. E em “sentido injurioso” esta agente está usando as redes sociais com maior desrespeito ainda, chamando o juiz de inconsequente, irresponsável e outras barbáries, e pior ainda, provocando uma avalanche de impropérios à toda Justiça. Mas com certeza, o SUPREMO confirmará a condenação. EU NÃO APOIO a AGENTE e NENHUMA outra “ótoridade mássima (ou “mácima”) de transito.

  31. Mas e a Lei?

    Enfim, discute-se quem tem mais poder, entretanto, e os crimes que o juiz cometeu? Dirigir sem carteira, em carro sem placa? Acho que ele deveria ter pago multa por isso. Sem julgar os outros ‘méritos’. Tanto se falou e nada se cobrou de Deus. 

    Aliás, mesmo que fosse Deus, teria que ser multado. O certo seria dizer: “O Sr. é Juiz mas também é um cidadão com direitos e DEVERES. Perdeu, papai… “

     

    rs

     

  32. Parabéns pela matéria!

    Parabéns pela matéria! Precisamos de mais informações sobre o trânsito. Esta fiscalização é muito importante e é necessário que aumente cada vez mais para que os acidentes dimunuam, além disso é fundamental que a lei se aplique a todos! Precisamos de mais consciencia no trânsito.

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