TRF4 marcou julgamento durante férias do STF para fazer “chicana” com Lula, diz Aragão

Julgamento do TRF4
Lula somente terá espaço para se aproximar novamente do CENTRO caso seja eleito, em busca da governabilidade. Se ele der esse passo antes, não terá chance nenhuma. Com uma ressalva: se, em janeiro, ele for absolvido, haverá, sim, possibilidade de  se formar uma aliança maior, para a disputa do pleito. Nesse caso, haveria espaço para um pacto com setores do PMDB (Requião, Renan etc.), apagar-se-ia o fogo de eventuais pré-candidaturas de outros partidos de esquerda/centro-esquerda (PSB e PCdoB, por exemplo) e até a possibilidade da desistência de Ciro Gomes, pois, nesse cenário, Lula se tornaria imbatível e ele não o enfrentaria. Mas esse cenário é demasiado utópico. Daqui a pouco mais de 1 mês, Lula estará condenado. Se não houver reação alguma, será preso (pelo menos em prisão domiciliar, impedindo-o de fazer campanha, para si ou para outrem). Se for preso e não houver reação, Lula e seu projeto político e, de sobra, quase toda a esquerda combativa estarão liquidados. Simples assim. Sem choro e sem ranger de dentes. Todos os passos da lava jato e de suas ramificações (entre essas o TRF4) são minimamente pensados. E todo ato de consequências mais graves é precedido de um balão de ensaio. Nesse contexto, a antecipação do julgamento tem a conotação de uma sondagem. Se, frente ao julgamento ou à prisão do Lula, houver uma forte reação popular, estabelecer-se o caos, surgir no horizonte o risco de uma grave crise (política, social ou até econômica) e de um prolongado enfrentamento, a burocracia golpista cederá e, rapidamente, o STJ cuidará de reformar o acórdão do TRF e por o trem novamente nos trilhos. Caso contrário, se o PT, movimentos sociais, a esquerda, enfim, não forem capazes de fazer esse enfrentamento nas ruas, Lula será liquidado, a esquerda será liquidada, os movimentos sociais serão liquidados. Só não enxerga quem não quer.