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A rede social X, antigo Twitter, entregou a um jornalista americano uma série de e-mails corporativos trocados entre funcionários do departamento jurídico do braço do Twitter no Brasil. Nas mensagens que alimentam o chamado “Twitter Files Brasil”, os funcionários conversam sobre vários pedidos informais ou ordens judiciais determinando colaboração com o Ministério Público, a Polícia Federal ou o Tribunal Superior Eleitoral em investigações que envolvem Jair Bolsonaro e seus seguidores.
Na troca de mensagens, a assessoria jurídica do Twitter no Brasil expõe sua resistência em colaborar com as autoridades brasileiras, somente admitindo cumprir ordens judiciais quando estas chegam acompanhadas de ameaças de multas com valores expressivos.
Com o vazamento, o Twitter tenta emplacar a narrativa de que o Judiciário brasileiro vem interferindo no direito à privacidade e à proteção de dados, na liberdade de expressão e nas discussões políticas na plataforma, culminando, consequentemente, numa suposta ameaça à liberdade de expressão.
O assunto é polêmico e, para esmiuçar os detalhes e fazer contrapontos, o jornalista Luis Nassif conversa com duas convidadas especiais:
- Carla Rahal Benedetti
Mestre e doutora em Direito Penal pela PUC/SP e especialista em Crimes Eletrônicos e Crimes Econômicos pela UCLM (Toledo, Espanha). - Claudia Bonard
Especialista em Direito Penal e Processo Penal, atuante em Compliance Criminal e Cybercrime.
Assista usando o link abaixo:
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As advogadas falaram, falaram, falaram… mas não foram direto ao ponto. Durante o governo Bolsonaro, a Tesla cogitou produzir carros elétricos e eventualmente baterias para carros elétricos no Brasil. A pretensão da empresa foi bloqueada. Após assumir, Lula favoreceu os concorrentes da Tesla a produzir carros elétricos no Brasil prejudicando os interesses da Tesla. Isso explica a conduta de Elon Musk. Ele repete no Brasil o que fez na Colômbia, país em que o dono da Tesla legitimou um golpe de estado para manter o controle sobre o lítio. Aqui, ele força o STF a se voltar contra o Twitter para dar palanque aos bolsonaristas e forçar a esquerda a apoiar a censura. O que Musk quer é recolocar um bolsonarista na presidência para que a Tesla monopolize o mercado de carros elétricos no Brasil. A polêmica envolvendo o Twitter, Elon Musk e Alexandre de Moraes é apenas uma cortina de fumaça.
Foi na Bolívia, cuja soberania foi estuprada por esses gafanhotos brancos. Musk é a personificação do mal que o poder privado ultraconcentrado representa às democracias, que precisa ser contido e esquartejado. Se esse bilionário bitolado estivesse realmente preocupado com liberdade de expressão, estaria voltando suas baterias contra a perseguição implacável dos EUA a Julian Assange. Esse Twitter Files é uma confissão de culpa do jurídico deles, amanhã cedo todos deveriam ser visitados pela PF pelo flagrante crime de desobediência, afora o colaboracionismo com golpistas. STF não tem que ter medo de expropriar o X no Brasil, decretar a perda do instrumento do crime; basta de utilitarismo antijurídico.
Escândalo real ou ataque ao judiciário? Nem uma coisa e nem outra. É o exercício da espuma. Nenhuma dessas práticas tem conteúdo, é só mesmo a manipulação dos poderes por meio da fofoca. Mentira, má-fé, informação deficiente e cinismo, muito cinismo inteligentemente plantados e levados à opinião pública de modo a formar uma onda de indignação exigindo resposta. O conteúdo, nenhum, só espuma. O fato veiculado nem mesmo existiu. ALERTA GERAL ao governo para a nomeação de um assessoramento competente nas comunicações de modo a proteger os três poderes de ataques como esses e, ao tempo, apoderar-se da própria narrativa.