60 anos do Golpe de 64: a literatura resiste, por Tatiana Carlotti

Obras ficcionais (romances, crônicas, poesia) que compõem uma munição explosiva contra o autoritarismo que persiste após 21 anos de ditadura.

do Fórum 21

60 anos do Golpe de 64: a literatura resiste

por Tatiana Carlotti

Rui Carlos Vieira Berbert

A MEMÓRIA DO ANJO
Pedro Tierra

Foi preso ao fim da tarde.
É certo que havia sol no momento da captura.
As mulheres lhe ofereceram uma rede e cordas,
para que não dormisse sobre o ladrilho úmido,
naquele tempo de chuvas.

“(…) Que espécie de desesperada esperança
aquela que nutre a palavra
e os gestos desses anjos incendiários?
De que jazidas de esmeralda líquida
a extraem?

E quando a algum deles recorro
e indago,
o que recolho é que não importa
o porto,
mas a paixão de navegar…”

“(…) Afonso, o soldado, lhe oferecera cigarros e fósforos.
Contabilizou, cuidadoso, cada palito, cada cigarro,
como alguém que já cumprira pena
em algum lugar.

A cela: grande, sombria, apesar das paredes brancas.
Chão de ladrilhos,
grades de madeira escura,
escurecidas por muitas medidas de tempo e silêncio.

Voltadas para a rua.
A cidade inteira sabia que o anjo fora preso.
Sabia e vigiava.
Até as pedras.

Alta e sombria, a cela.
Cruzada de fora a fora por um travessão,
de aroeira, talvez.
Inatingível para a fuga ou para a morte”.

“(…) As moças – hoje senhoras golpeadas
pela beleza do anjo –
recordam vagamente que ele atravessou
mais de uma noite
à espera da morte”.

“(…) Amanheceu suspenso no ar por uma corda
atada ao pescoço.
Só um anjo, golpeado pela desgraça
ou pela melancolia eterna
seria capaz de voar silencioso
até ao travessão e lançar-se
para a morte sem deixar vestígio…”

“(…) Alguém fez alusão a duas ou três palavras
inscritas com sangue na parede branca.
Ninguém, ao que se sabe, se aventurou
a revelar o que diziam”.

“(…) Ao anjo lhe deram o nome de João Silvino Lopes,
uma de suas identidades terrenas,
para que não sucumbisse aos vermes da terra
sem nome algum
e assim se registrasse no livro dos óbitos”.

(Poemas do Povo da Noite, 3a edição, Pedro Tierra, 2009)

Com seus versos, Pedro Tierra nos transporta para os últimos dias do anjo incendiário Rui Carlos Vieira Berbert, estudante de Letras na Universidade de São Paulo, que combateu na resistência à ditadura, pelo Movimento de Libertação Popular (Molipo), que surgiu em Cuba, em 1970, e teve quase todos os seus membros assassinatos. Rui tinha apenas 25 anos quando foi morto, para a tristeza da pequena Natividade, vila ao norte de Goiás, hoje Tocantins.

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Esta história é uma das que compõem as nove reportagens de Por trás das chamas: mortos e desaparecidos políticos – 60 anos do golpe de 1964, disponível a partir desta segunda-feira (15) no site da editora Expressão Popular. O livro, que também traz revelações sobre a incineração de corpos na Usina de Cambahyba, em Campos dos Goitacazes (RJ), é assinado por um trio de peso no exercício e na escrita da política nacional: Carlos Tibúrcio, ex-Coordenador da equipe de Discursos dos Presidentes da República, Lula e Dilma; Nilmário Miranda, o ex-ministro dos Direitos Humanos e atual chefe da Assessoria Especial de Defesa da Democracia, Memória e Verdade do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania; e Hamilton Pereira, ex-Presidente da Fundação Perseu Abramo.

Pedro Tierra, também conhecido como Hamilton Pereira, é autor de vários livros, entre eles o belíssimo Poemas do Povo da Noite, de 1979, onde publicou o poema-homenagem a Rui Berbert, escrito quando ainda era preciso “usar da metáfora para contornar a censura e o espírito obscurantista da época, a violência sufocante do Estado e a resistência a ela”, detalha.

A Memória do Anjo é um exemplo de uma literatura que há sessenta anos vem expressando o que aconteceu naqueles 21 anos de ditadura e o que ainda vem acontecendo por causa dela. A herança autoritária que persiste em nossas relações cotidianas, na violência das hierarquias sociais, na brutalidade desse conservadorismo misógino, racista, homofóbico, na ganância genocida dos ricos.

São poemas e romances que trabalham com esse legado. Histórias que se antes impactavam, agora nos chacoalham frente ao avanço da extrema-direita, que permaneceu intermináveis quatros anos no comando da República e ainda tentou um golpe. E pior: com o apoio massivo de uma bilionária indústria da mentira que usa boatos, montagens grosseiras e notícias falsas sobre a ditadura, para manipular ódios e medos sociais.

A cultura e, em particular, a literatura continua o enfrentamento, tanto na ação concreta de escritores que protestaram em vários momentos contra o arbítrio, quanto em sua produção artística. Uma verdadeira munição de emoções e experiências relacionadas ao período autoritário, ao longo de seis décadas de criação ininterrupta.

LITERATURA, A ARTE DA EMPATIA

Aluna do ensino público e da escola militarizada e acrítica que herdaríamos nos anos 1980, minha compreensão sobre a ditadura militar, como a de qualquer menina nas periferias brasileiras, começa na televisão com a minissérie Anos Rebeldes de Gilberto Braga e direção de Denis Carvalho, Ivan Zettel e Silvio Tendler, nos idos de 1992.

Inspirada nos livros 1968 – O Ano Que Não Terminou de Zuenir Ventura e Os Carbonários de Alfredo Sirkis, Anos Rebeldes pincelava os desmandos do Estado autoritário e a luta da resistência à ditadura para milhões de “caras pintadas” que pediam o impeachment de Collor de Mello, nas ondas da instabilidade política sustentada pela mesma Organizações Globo que, de forma criminosa, três anos antes, interferia no resultado eleitoral das eleições de 1989, a primeira eleição direta no Brasil em 25 anos.

As passeatas, a minissérie colocaram o tema em pauta e na sequência, pela escola, me chegava As Meninas (1973) de Lygia Fagundes Telles, que em meio às vozes entrelaçadas de três meninas, que falavam abertamente de virgindade, namoros, uso de drogas e no meio disso prisão política, tortura, luta armada, teologia da libertação e uma enxurrada de referências da esquerda, que Lygia apresentava sempre que Lia de Melo Schultz, a nossa “Lião”, roubava por completo o foco da história.

Apaixonada pelo preso político Manuel e com as malas prontas para enfrentar com ele o exílio em Argel, em dado momento da história, Lião entrava no quarto da Madre Alex – a freira mais bacana da literatura brasileira, amiga de certo cardeal… – dizendo assim:

Quero que ouça o trecho do depoimento de um botânico perante a Justiça, que ousou distribuir panfletos numa fábrica. Foi preso e levado à caserna policial, ouça aqui o que ele diz, não vou ler tudo:

Ali interrogara-me durante vinte e cinco horas enquanto gritavam, Traidor da pátria, traidor! Nada me foi dado para comer ou beber durante esse tempo. Carregaram-me em seguida para a chamada capela: a câmera de torturas. Iniciou-se ali um cerimonial frequentemente repetido e que durava de três a seis horas a cada sessão. Primeiro me perguntaram se eu pertencia a algum grupo político. Neguei. Enrolaram então alguns fios em redor dos meus dedos, iniciando a tortura elétrica: deram-me choques inicialmente fracos que foram se tornando cada vez mais fortes. Depois, obrigaram-me a tirar a roupa, fiquei nu e desprotegido. Primeiro me bateram com as mãos e em seguida com cassetetes, principalmente nas mãos. Molharam-me todo, para que os choques elétricos tivessem mais efeito. Pensei que fosse então morrer…

Através de Lygia chegava a luta armada e suas histórias, como a do sequestro do embaixador estadunidense que salvaria a vida de Manuel, e namorado de Lião e tanta gente. Os detalhes, eu só descobriria mais tarde com o estrondoso sucesso do filme de Bruno Barreto, O que é isso, companheiro?, que apesar de todas as críticas, levou uma geração a pegar no livro de Fernando Gabeira e na sequência Feliz Ano Velho de Marcelo Rubem Paiva, de onde pulávamos para Batismo de Sangue de Frei Betto e tantos outros no caminho sem volta da literatura.

Não à toa, os fascistas de ontem e de hoje sempre a odiaram.

TEMPOS DE CENSURA

Após o golpe de 1964, a censura não demorou a chegar. As batidas policiais e confiscos de livro já estavam autorizadas em 1967, quando foi outorgada uma nova Constituição. Durante todo o tempo, as editoras permaneceram na mira da repressão. Um dos casos mais emblemáticos é o da Civilização Brasileira, editora de Ênio Silveira, preso e processado diversas vezes.

Sua prisão em 1965, inspirou um manifesto com mil assinaturas de artistas e intelectuais que deixou irritado o ditador Castelo Branco. Um bilhete seu ao então chefe do Gabinete Militar, Ernesto Geisel, dizia:

Por que a prisão do Ênio? Só para depor? A repercussão é contrária a nós […]. Apreensão de livros. Nunca se fez isso no Brasil. Só de alguns (alguns!) livros imorais. Os resultados são os piores possíveis contra nós. É mesmo um terror cultural”, detalha o jornalista Élio Gaspari.

Em 1966, com aquilo que ainda funcionava da justiça, a editora Civilização Brasileira se insurgiu contra o confisco de vários de seus livros, impetrando um mandado de segurança contra o Departamento Federal de Segurança Pública do regime militar. Em 13 de dezembro, no entando, cairia o AI-5, encerrando qualquer possibilidade de reação.

Passados dez anos, já na ditadura Geisel, outro manifesto surgiria, após o então ministro da Justiça Armando Falcão resolveu censurar os livros de três importantes autores: Zero de Loyola Brandão, Araceli, meu amor, o livro-reportagem de José Louzeiro e Feliz Ano Novo de Rubem Fonseca.

Essa história é contada em detalhes na edição comemorativa dos 25 anos de Zero (Global, 2000). Segundo Loyola, a censura de Falcão deu início em Minas Gerais “a um movimento que em algumas semanas, tomou o Brasil de ponta a ponta”, que resultou em um manifesto com 1.046 assinaturas de intelectuais e artistas.

Em 25 de janeiro de 1977, Lygia Fagundes Telles, Nélida Piñon, Jeferson Ribeiro de Andrade e Hélio Silva desciam do avião em Brasília levando o manifesto nas mãos para entregar ao ministro censor. Confrontado, Falcão se recusou a receber os escritores. Um tremendo erro.

No dia seguinte, ele amargava um estridente protesto nos principais jornais do país, que estampavam não só a recusa do ministro, mas a íntegra do manifesto dos escritores em páginas inteiras.


(…) Cabe a todos nós, especialmente neste momento ao Senhor Ministro, decidir se há uma história, uma cultura e uma língua brasileira a merecerem resgate, preservação, manutenção permanentes. Se afinal somos ou não viáveis como povo pensante, ou se acaso devemos abafar para sempre o potencial criativo desta Nação. Não nos esqueçamos de que a arte, com seus desafios, sua invenção, suas antecipações, recolhe o pulsar de um povo, revela-lhe o rosto e o sentimento, indica que caminhos ele está a tomar.

Leia a íntegra do Manifesto no Memorial da Democracia.


Somente em 1979, a censura soltaria afrouxaria, após prejudicar a circulação de centenas de livros (em torno de 300 títulos), filmes (mais de 500), músicas, peças de teatro e outras manifestações culturais. E o que dizer do clima de tensão e o medo sobre quem fazia cultura naquele momento?

A história de Zero é exemplar. Um romance inteiramente fragmentado que traz o país sendo dilacerado. “A cada dia sentia que aquele livro era o atoleiro em que o país se metera. Os subterrâneos, os esgotos, os gritos dos feridos e dos torturados, as mortes, os suicídios, as dores, os amores impossíveis, os casais desfeitos, a liberdade encurralada, o medo sempre presente, os cassados, os cientistas que partiam”, relata o autor.

Diante da dificuldade de encontrar editoras dispostas a assumir os riscos da publicação de um romance tão esteticamente desafiador, além de subversivo para os padrões da ditadura, Zero foi primeiro publicado na Itália – “se me tocassem, haveria repercussão” –, o que também permitiu a divulgação das violações em curso no país.

Misturando em seus parágrafos os mais diversos gêneros de texto, desenhos e símbolos, Loyola experimentava outras formas de exprimir o absurdo daquele momento, compondo uma sinfonia potente e agoniante. Para expressar a tortura, por exemplo, inseria a poesia visual apresentando os corpos quebrados em “mil pedaços”:



Quando chegou ao Brasil em 1975, após o assassinato de Wladimir Herzog nas dependências do DOI-Codi em São Paulo, o livro foi um sucesso. Uma semana depois do lançamento, apesar de elencar as cabeças pensantes expulsas do país na coluna “Adeus, adeus”, Zero entrava na lista dos mais vendidos.

O que seria motivo de comemoração, entretanto, começou a se tornar um problema. Com a fama, conta o autor, o livro começou a circular nas “mesas de biriba das mulheres dos coronéis em Brasília” que trocavam “dicas sobre filmes imorais, livros, peças, canções” referenciados no texto. Poucos meses depois, um censor polonês “muito culto” que trabalhava na Editora Três o avisou de que ele seria censurado.

“Se [a censura] for por motivação política, complica bem, você poderá sofrer um processo, ser preso, condenado. Se a causa for moral, esqueça, deixa correr, será apenas um livro proibido”, alertou. Felizmente para Loyola, o telefone tocou no dia seguinte: “Boas notícias para você. O livro foi proibido com base na moral e nos bons costumes. Parabéns”, comemorava o polonês.

Zero foi um dos primeiros livros a se livrar da censura em 1979. Em uma semana após ser publicado, a tiragem de cinco mil exemplares do romance já estava esgotada.

ACERVO DA DITADURA

Em Literatura como Acervo da Ditadura Brasileira (7Letras,2017), a professora Eurídice Figueiredo (UFMG), também ex-combatente contra a ditadura, comenta vários textos “sob os desmandos da ditadura” e nos anos posteriores, definindo-os como um grande “inventário das feridas e das cicatrizes que as torturas e as mortes provocaram em milhares de brasileiros”, mas com uma diferença crucial: “os arquivos, em sentido estrito, são documentos de leitura árida, reservados aos historiadores, enquanto a literatura atinge um público amplo”.

Eurídice situa três momentos desse acervo. A produção entre 1964 a 1979, como Quarup de Antônio Callado, A Festa de Ivan Ãngelo, Em Câmera Lenta de Ricardo Tapajós, marcadas pela repressão e pela tônica “ora prospectiva e utópica, ora distópica diante do fracasso dos projetos revolucionários”.

Os livros publicados entre 1980 e 2000, onde predomina o relato autobiográfico dos que retornavam do exílio com a Lei de Anistia de 1979. Confira aqui várias dessas biografias e autobiografias listadas no texto anterior.

E um terceiro momento, das obras que surgem a partir do ano 2000, com um caráter mais “retrospectivo” em que se percebe “maior depuração mesmo ao tratar o trauma dos desaparecidos”, entre elas, o belíssimo Azul Corvo de Adriana Lisboa, A Resistência de Julian Fuks, Depois da Rua Tutóia de Eduardo Reina ou os livros de Bernardo Kuscinski que tem (quase) todos seus contos publicados em A cicatriz e outras histórias, entre tantos outros.

Nesses textos, novas questões entram em cena e agora à luz dos últimos dez anos de instabilidade política.

MUNIÇÃO INCENDIÁRIA

Nesta guerra contra o arbítrio, após seis décadas de produção, munição literária não nos falta. O desafio é o mesmo de sempre: como fazer esses livros chegarem nas mãos das pessoas?

No artigo anterior, nós trouxemos uma lista de biografias e autobiografias dos que lutaram contra a ditadura militar. Agora, elencamos algumas obras ficcionais (romances, crônicas, poesia).

Que elas inspirem não apenas leituras, mas resenhas, conversas, comentários nas redes sociais, clubes de leitura e presentes, muitos presentes de aniversário, de Natal, amigos secretos…

Boas leituras:

  1. 1964. FELIZ, Moacyr. Canto para as transformações do homem.  Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1964.
  2. 1965. MELLO, Thiago de. Faz escuro, mas eu canto. 1ª. ed.1965. Rio de Janeiro: Global, 2017.
  3. 1965. VERÍSSIMO, Érico. O Senhor Embaixador. 1a.ed. 1965. São Paulo: Cia. das Letras, 2009
  4. 1967. ÂNGELO, Ivan. A Festa. 1ª.ed.1967. São Paulo: Geração Editorial, 1995.
  5. 1967. CALLADO, Antonio. Quarup. 1ª. ed. 1967. São Paulo: José Olympio, 2021. (24ª.ed.)
  6. 1967. CONY, Carlos Heitor. Pessach: a travessia. 1ª.ed. 1967. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2021.
  7. 1967. PAULA, José Agrippino de. PanAmérica. 1ª. ed. 1967. Embu das Artes: Editora Papagaio, 2001.
  8. 1967. VERÍSSIMO, Érico. O Prisioneiro. 1a.ed. 1967. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
  9. 1971. CALLADO, Antonio. Bar Don Juan. 1ª.ed. 1971. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.
  10. 1971. VERÍSSIMO, ÉRICO. Incidente em Antares. 1ª.ed.1971. São Paulo: Cia das Letras, 2023.
  11. 1973. TELLES, LYGIA FAGUNDES. As Meninas. 1ª.ed. 1973. São Paulo: Cia. das Letras, 2009;
  12. 1975. ASSIS BRASIL, Francisco de. Os que bebem como cães. Rio de Janeiro: Ediouro, 1975.
  13. 1975. BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Zero. 1ª.ed.1975. Rio de Janeiro: Global
  14. 1975. FONSECA, RUBEM. Feliz Ano Novo (1975).
  15. 1975. LOUZEIRO, José. Lucio Flavio, o passageiro da agonia. 1ª.ed. 1975.  Nova Fronteira, 1985.
  16. 1976. CALLADO, Antonio. Reflexos do Baile. 1ª.ed. 1976. São Paulo: José Olympio, 2014.
  17. 1976. GUIMARÃES, Josué. É tarde para saber. 1a.ed.1976. São Paulo: L&PM, 1997.
  18. 1976. GULLAR, Ferreira. Poema Sujo. 1ª.ed. 1976. São Paulo: Cia das Letras, 2016.
  19. 1977. FRANCIS, Paulo. Cabeça de papel. 1ª.ed. 1977. Francis: 2002.
  20. 1977. GUIMARÃES, Josué. Os tambores silenciosos. 1ª.ed. 1977. São Paulo: L&PM Editores (1997).
  21. 1977. KONDER, Rodolfo. Cadeia para os mortos: histórias de ficção política. 1ª.ed.1977. São Paulo: Editora Alfa-Ômega, 1977.
  22. 1977. TAPAJÓS, Renato. Em Câmera Lenta. 1ª.ed. 1977. São Paulo: Carambaia, 2022.
  23. 1979. SOUZA, Márcio de. Operação Silêncio. 1ª.ed.1979. São Paulo: Marco Zero, 1985.
  24. 1980. SANT´ANNA, Affonso Romano. Que País é Este? 1ª.ed. 1980. Rio de Janeiro: Rocco, 2010.
  25. 1981. CALLADO, Antonio. Sempreviva. 1ª. ed. 1981. São Paulo: José Olympio, 2014.
  26. 1981. SANTIAGO, Silviano. Em Liberdade. Rio de Janeiro: Rocco, 1981.
  27. 1981. STUDART, Heloneida. O estandarte da agonia. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981.
  28. 1983. VILELA, Luís. O inferno é aqui mesmo. São Paulo: Atica, 1983.
  29. 1984. MONTELLO, Josué. Uma varanda sobre o silêncio. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984,
  30. 1986. CARDOSO, Luiz Cláudio. Meu pai, acabaram com ele. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986. (3ª. ed. Scipione, 2013)
  31. 1988. MACHADO, Ana Maria. Tropical sol da liberdade. 1ª. ed. 1988. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.
  32. 1997. OLIVEIRA NETO, Godofredo de Oliveira. Amores exilados. 1ª.ed.1997 sob o título Pedaço de santo. São Paulo: Record, 2011.
  33. 1998. RUAS, Tabajara. O amor de Pedro por João. 1a.ed. década 80. São Paulo: Record, 1998.
  34. 2003. BONASSI, Fernando. Prova Contraria. São Paulo: Objetiva, 2003.
  35. 2004. BRACHER, Beatriz. Não falei. São Paulo: Editora 34, 2004.
  36. 2006. HATOUM, Milton. Dois Irmãos. 1ª.ed.2006. São Paulo: Cia das Letras, 2022.
  37. 2010. HATOUM, Milton. Cinzas do Norte. 1ª. ed. 2010. São Paulo: Cia. das Letras, 2023.
  38. 2010. RIBEIRO, Edgard Telles. O punho e a renda. São Paulo: Record, 2010.
  39. 2011. FURTADO, Ademir. Se eu olhar para trás. Porto Alegre: Dublinense, 2011.
  40. 2011. GROSSMANN, Judith. Todos os filhos da ditadura. Salvador: EDUFBA, 2011.
  41. 2012. BRITO, Ronaldo Correia de. Estive lá fora. São Paulo: Alfaguara.
  42. 2012. VIDAL, Paloma. Mar Azul. Rio de Janeiro, Rocco, 2012.
  43. 2013. SILVESTRE, Edney. Vidas provisórias. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2013.
  44. 2013. EMEDIATO, Luiz Fernando. Não passarás o Jordão. São Paulo: Geração Editorial, 2013.
  45. 2014. LEITÃO, Miriam. Tempos extremos, 2014. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2014.
  46. 2014. LISBOA, Adriana. Azul-corvo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2014.
  47. 2014. VERAS, Marcus. Qualquer maneira de amar: um romance à sombra da ditadura. Rio de Janeiro: Ponteio, 2014.
  48. 2015. FUKS, Julián. A resistência. São Paulo: Cia. das Letras, 2015.
  49. 2015. GRAMMONT, Guiomar de. Palavras Cruzadas. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.
  50. 2016. ANTUNES, Americo. Nós que amamos a Revolução. São Paulo: Alameda, 2016.
  51. 2016. REINA, Eduardo. Depois da rua Tutóia. Jaú: 11Edtiora, 2016.
  52. 2016. BENEDETTI, Ivone. Cabo de Guerra. São Paulo: Boitempo, 2016.
  53. 2016. KUCINSKI, Bernardo. K: relato de uma busca. São Paulo: Cia das Letras, 2016.
  54. 2016. KUCINSKI, Bernardo. Os visitantes. São Paulo: Alameda Editorial, 2016.
  55. 2016. REINA, Eduardo. Depois da rua Tutóia. Jaú: 11Edtiora, 2016.
  56. 2016. REZENTE, Maria Valéria. Outros cantos. São Paulo: Cia. das Letras, 2016.
  57. 2017. HATOUM, Milton. A noite da espera. São Paulo: Cia. das Letras, 2017
  58. 2017. TERRON, Joca. Noite Dentro da Noite. São Paulo: Cia. das Letras,.
  59. 2017. VEIGA, José J. Sombras de reis barbudos. 1ª.ed. 1972. São Paulo: Cia. das Letras, 2017.
  60. 2019. HATOUM, Milton. Pontos de Fuga. São Paulo: Cia. das Letras, 2019
  61. 2020. KUCINSKI, Bernardo. Júlia: Nos campos conflagrados do Senhor. São Paulo, Alameda Editorial, 2020
  62. 2021. KUCINSKI, Bernardo. A cicatriz e outras histórias. São Paulo, Alameda Editorial, 2021.
  63. 2022. ELISABETSKY, Roberto. Um dia Esta Noite Acaba. São Paulo: Boitempo, 2022
  64. 2023. MARTES, Ana Cristina Braga. Sobre o que não falamos. São Paulo: Editora 34, 2023.
  65. 2023. RIDENTI, Marcelo. Arrigo. São Paulo: Boitempo, 2023.
  66. 2024. REIS, DANIEL AARÃO. Na corda bamba. São Paulo: Record, 2024.

Tatiana Carlotti – Jornalista no Fórum 21, com passagem por Carta Maior (2014-2021) e Blog Zé Dirceu (2006-2013). Tem mestrado em Crítica Literária (PUC-SP) e doutorado em Semiótica (USP). Assina as colunas IPS Especial e Notas de Leitura.

O texto não representa necessariamente a opinião do Jornal GGN. Concorda ou tem ponto de vista diferente? Mande seu artigo para [email protected]. O artigo será publicado se atender aos critérios do Jornal GGN.

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