Agência dos Estados Unidos diz que Terra teve o dia mais quente da história

Temperatura média global atingiu 17,01°C; ondas de calor no Hemisfperio Norte provocaram mortes e novos hábitos.

Crédito: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

A última segunda-feira (3) foi o dia mais quente da história, em escala global, de acordo com os dados da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), sediada nos Estados Unidos.

A média da temperatura global atingiu, na data, a marca de 17,01°C, quanto o recorde anterior, registrado em agosto de 2016, era de 16,92°C.

O aumento das temperaturas podem ser explicadas pela incidência do Super El Niño, já antecipado pelo mesmo órgão, no início de junho. Segundo a NOAA, o fenômeno pode elevar a temperatura média em 2,5°C e provocar diversas alterações no clima e na economia mundial.

Ondas de calor

Verão no Hemisfério Norte, diversos países estão sofrendo com as altas temperaturas. Enquanto a China registra temperaturas acima dos 35°C, no norte da África os termômetros se aproximam dos 50°C.

Até a Antártica, localizada no Hemisfério Sul e, portanto, está no inverno, registrou 8,7°C, temperatura recorde para a estação mais fria do ano.

“Infelizmente, isso é apenas o primeiro de uma série de novos recordes que serão estabelecidos neste ano, à medida que as emissões crescentes de dióxido de carbono e gases de efeito estufa, juntamente com um evento de El Niño em desenvolvimento, empurram as temperaturas para níveis cada vez mais altos”, alertou Zeke Hausfather, cientista de pesquisa do Berkeley Earth.

Tragédia anunciada

Enquanto governantes rejeitam a ideia do aquecimento global, cidadãos de todo o mundo já sofrem com as ondas de calor. No México, mais de 100 pessoas morreram entre 12 e 15 de junho, devido às altas temperaturas.

No Vietnã, em que os termômetros podem ultrapassar a marca de 37°C nesta época do ano, os produtores de arroz estão trabalhando à noite para fugir do calor escaldante durante o dia.

Já a Espanha enfrentou temperaturas superiores a 44°C na região de Andaluzia, de acordo com uma agência estatal.

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Camila Bezerra

Jornalista

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