Geotermia, a energia do subsolo

O nome é geotermia. E vem a ser energia captada do sub-solo. No deutschewelle. Abs.

Do Deutsche Welle

Meio Ambiente | 23.03.2011

Geotermia, a energia limpa que vem do subsolo

Estima-se que 99% do globo terrestre se encontrem a uma temperatura acima de 1.000ºC. O calor do subsolo pode ser extraído de forma limpa e com poucos riscos.

Já os antigos romanos usavam as termas – uma espécie de oásis relaxante destinado aos ricos e poderosos da Antiguidade – construídas sobre fontes quentes, de onde jorravam águas sulfurosas.

Mesmo séculos depois, o mundo continua aproveitando o calor vindo do interior da Terra. Na Itália, em 1913, foi fundada a primeira usina capaz de gerar eletricidade a partir das altas temperaturas no subsolo. Era desenvolvida uma nova forma de energia: a geotérmica.

Atualmente, a geotermia é utilizada em diversos países. Locais de elevada atividade vulcânica ou nos quais a crosta terrestre é fina são particularmente bons para o desenvolvimento desse tipo de tecnologia. Através de perfurações no solo – a quilômetros de profundidade –, pode-se encontrar um vapor quente de mais de 200ºC, que pode ser facilmente convertido em energia elétrica por usinas especiais. O método, conhecido como “geotermia profunda”, é utilizado em países como a Nova Zelândia, as Filipinas ou na costa oeste dos Estados Unidos. 

Energia limpa ao redor do mundo

Todavia, não é preciso que o clima do país seja quente para explorar calor do subsolo: a fria Suécia, por exemplo, está bem à frente de outros países no que diz respeito ao aquecimento de edifícios com permutadores de calor.

Trata-se da chamada “geotermia rasa”, cujos poços chegam a apenas 400 metros de profundidade. Neles, são inseridos tubos intercambiadores de calor, que transportam o calor do interior terrestre à superfície.

Os especialistas presumem que, em tese, a geotermia seria capaz de abastecer toda a demanda energética mundial de forma permanente. E, o que é melhor, de forma ecologicamente correta: “A geotermia é 100% limpa”, garante Stefan Dietrich, da associação de empresas do setor na Alemanha.

Em função do seu aspecto não poluente, diversos países da Europa têm financiado esse tipo de tecnologia através de incentivos do próprio governo.

Ruas aquecidas da Islândia

“Sem incentivos políticos, a exploração da energia geotérmica ainda não teria chegado à Europa central”, afirma Horst Kreuter, da ONG Associação Geotérmica Internacional (IGA). Confiante, Kreuter defende que o apoio do governo não será necessário sempre e que, no futuro, a geotermia se tornará rentável. 

Luis Nassif

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