Mantega diz que política de reajuste dos combustíveis não está fechada

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que “não há metodologia definida” a respeito do novo sistema de reajustes para o preço da gasolina, e que ela não tem data para sair, mas ressaltou que a política não pode ser realizada “no afogadilho”.

“A Petrobras soltou fato relevante [comunicado], porque houve conhecimento de que se estava trabalhando em uma metodologia, aliás já faz alguns meses. Ela soltou o fato relevante porque mexe com mercado”, disse Mantega, após participar da cerimônia que marcou os dez anos do Programa Bolsa Família. “Estamos desenvolvendo esta metodologia, que é uma coisa séria e importante, que não pode ser feita rapidamente, a afogadilho”, acrescentou o ministro. 

Atendendo a um pedido da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a Petrobras divulgou um comunicado para o mercado informando que a política de reajuste automático periódico dos preços do diesel e da gasolina levará em consideração fatores como o preço dos derivados no mercado internacional, taxa de câmbio e origem do derivado – se o refino do petróleo é feito no Brasil ou no exterior. 

Segundo a nota, o cálculo também terá um mecanismo para impedir o repasse de volatilidade dos preços internacionais ao consumidor doméstico. Questões como demanda internacional, crises entre países e guerras podem elevar ou derrubar preços do petróleo por um curto período de tempo.

De acordo com a estatal, a metodologia foi aprovada pela diretoria da empresa e apresentada ao Conselho de Administração, que, por sua vez, solicitou estudos adicionais, que já estão sendo elaborados.

Com informações da Agência Brasil

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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  1. Aumento de gasolina: uma falácia

    “A quem interessa tanto esse aumento ?” .O pressuposto é que o aumento provocará subida generalizada de preços no país, isto é, inflação que 100% da população não aprovam.

    Apesar disso, uma minoria de acionistas da Petrobras deseja o óbvio : dividendos e resultado em Bolsa de Valores.

    “Por quê os preços dever ser equiparados ?

    O Brasil, provisoriamente (novas plantas de refino em Fortaleza e Recife estão em andamento), teve um desequilíbrio por falta de planejamento no período neoliberal na produção do refino. Os governos liberais não investiram em refinarias (caras e demoradas de se construir) porque queriam privatizá-las, o mercado resolveria o problema, como sempre.

    Deu no que deu.

    Assim, o país importa o débito de seu consumo. E aí, inevitável uma comparação entre o preço da importação e o preço do mercado interno.

    “O volume da gasolina importada é vendido com prejuízo para a Petrobras ?”

    Comparação de Preços :

    O preço FOB no porto NY  é R$ 6,36/US gal ou (R$ 6,36/US gal) : (3,785 litros/US gal) = R$ 1,68/litro (FOB no porto  NY) (Fonte: indexMundi)

    Fonte Petrobras :

     

    As despesas indiretas na formação do preço da gasolina são :

        Distribuição e revenda   – 16%

                Custo etanol anidro        – 12 %

                ICMS                              – 28%

                Cide PIS/PASEP Cofins –   8%

                Realização Petrobras       – 36%        

     

    Totalizando as despesas indiretas (Comercialização e Impostos), no quadro acima, menos a Realização Petrobras, obtenho o preço comparável ao preço  FOB porto NY, temos : 16 + 12+ 28 + 8 = 64%

    O preço médio praticado nas bombas brasileiras é R$ 2,65/litro.

    R$ 2,65 : 1,64 = R$ 1,62 preço da gasolina na Refinaria Petrobras

    Comparando com a gasolina em NY  : R$ 1,68 – R$ 1,62 = R$ 0,06/litro

    Nossa gasolina na Refinaria Petrobras (R$ 1,62/litro) equivale à gasolina de preço FOB porto NY (R$ 1,68/litro), até um pouco mais barata.

     

    Gasolina Importada

    Fonte :Ministério da Indústria e Comércio

    Valores da Importação conforme tabela do MIC (Set/2013) acima:

    US$1.008,56 /toneladapeso específico da gasolina : 825 kg/m3

    (US$1.008,56 x 825 ) : (1000 x 1000) = US 1.008,56 = US$ 0,83/litro

    US$ 0,83/litro x 2,19 Real/Dólar = R$ 1,82/litro (gasolina importada pelo Brasil saiu a R$1,82/litro)

    O preço da gasolina brasileira é de R$ 1,62/litro na Refinaria da Petrobras

    Portanto : 100 x (R$ 1,82 – R$ 1,62)/ R$ 1,62 = 12,48% (a gasolina importada saiu mais cara)

    Considerando a importação de 12% do volume total brasileiro temos o preço médio ponderado :  (0,88 x 1,62 + 0,12 x 1,82) /( 0,8 +0,20 ) =  R$ 1,64/litro

    O preço médio (brasileiro e importado) da gasolina na Petrobras saiu a R$ 1,64 contra R$ 1,68 em NY o resto é blablá…

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