Janot e Cardozo continuam estimulando falsos escândalos

 
Estadão publica matéria insinuando que o afastamento de assessor especial de Dilma Rousseff foi devido ao envolvimento do seu nome com Marcelo Odebrecht.
 
Segundo a matéria, o envolvimento aconteceu na viagem de Dilma à República Dominicana. Marcelo teria solicitado ao assessor para que pedisse Dilma para fazer lobby em favor da empresa em um projeto naquele país.
 
O ato – absolutamente normal em qualquer democracia – foi tratado como escândalo pelo jornal, a partir de vazamentos recebidos de policiais federais e procuradores da República.
 
Tanto o Procurador Geral da República Rodrigo Janot, quanto o Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, têm estimulado – pela omissão – esse tipo de jogada, de transformar atos normais de governo em escândalo.
 
Do Estadão
 
Assessor pessoal de Dilma é exonerado do cargo
 
Casamento de Anderson Dorneles e mudança para Porto Alegre são explicações oficiais do governo para afastamento; nome do assessor, no entanto, já foi interceptado pela Lava Jato em emails de Marcelo Odebrecht
 
Tratado como filho pela presidente Dilma Rousseff, o assessor especial da presidência da República Anderson Braga Dorneles foi exonerado do cargo a pedido nesta segunda­-feira, 1. O ato foi publicado no Diário Oficial da União. Ele será substituído por Bruno Gomes Monteiro. Oficialmente, a explicação no governo é que ele irá se casar e, por isso, que voltar a morar em Porto Alegre (RS), sua cidade natal.

 
Em setembro de 2015, e-mails interceptados pela força-tarefa da Polícia Federal na Operação Lava Jato mostraram que o empresário Marcelo Odebrecht, preso acusado de pagar propina em troca de contratos da Odebrecht com a Petrobrás, teria entrado em contato com Dorneles e Giles Azevedo, que também é assessor da petista, na véspera de Dilma se encontrar com o presidente dominicano eleito Danilo Medina, em 9 de julho de 2012.
 
Nas trocas de correspondência, o empresário queria que Dilma fizesse lobby do grupo na República Dominicana. Em 5 de julho daquele ano, Odebrecht escreveu para os dois assessores: “Caros Giles e Anderson, peço o favor de entregar à presidente Dilma a nota em anexo referente ao encontro dela com o presidente da República Dominicana, que segundo fui informado, será esta segunda, 9 de julho, pela manhã. Fico à disposição para qualquer informação adicional. Obrigado e forte abraço. Marcelo.” Não há informações sobre se Dorneles respondeu a mensagem. Ele também não consta como investigado na Operação.
 
de “bebê” e “menino” pela presidente, Dorneles, hoje com 36 anos, tinha 13 quando conheceu Dilma. Ele era office-­boy e ela, presidente da Fundação de Economia e Estatística, do Rio Grande do Sul.
 
Em Brasília, o fiel assessor trabalha com Dilma desde quando ela era ministra de Minas e Energia, no primeiro governo do ex­presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003.
 
No Palácio do Planalto, estão juntos desde o início do primeiro mandato, em 2011. Entre as suas funções, estava a de portar e manusear, especialmente nos fins de semana, o concorrido iPhone presidencial. Nos bastidores, era visto como a “voz” de Dilma e chegava até mesmo a dar conselhos à presidente.
 
Auxiliares da presidente negam que a saída de Dorneles tenha a ver com a Operação Lava Jato. Oficialmente, a Secretaria de Comunicação de Governo não quis comentar o assunto. Procurado pelo Estado na última semana, Dorneles disse que não comentaria o assunto.
Luis Nassif

17 Comentários

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  1. Vazamento é corrupção
    Todo vazamento de informações sigilosas de um agente público a um operador de mídia constitui em si um ato de corrupção.
    Não existe almoço grátis. Se alguém pagou pela informação (agente corruptor da mídia) é porque alguém aceitou se corromper (juiz, promotor, delegado de polícia).
    Já a escandalização do nada, como parece ser o caso, é conspiração para o Golpe de Estado. Um saco essa oposição inútil. Só gera entulho.

    1. O extraordinário PODER da chantagem.

      Interessante lembrar, para refrescar a memória, que o extraordinário poder com que o conglomerado midiático influencia ou, em alguns casos, controla, os três poderes formais da República sustenta-se, em grande parte, no medoi incutido ao longo do tempo nos servidores desses poderes. Todo servidor já sofreu ou conhece alguém próximo vitimado pelo poder destruidor da midia comercial, instalada em forma de CARTEL em todo o território nacional. Desde muito longe no tempo, antes da Constituição de 88 já era sabida e debatida a necessidade de submeter o poder das comunicações ao controle social do Estdo. Embora tenham sido previstos no texto constituciona, os mecanismos de controle desse poder fora de controle nunca saíram do papel. Já há décadas sabemos que a concentração de meios de comunicação em poucas mãos privadas conferem ao oligopólio midiático um poder de criação e destruição assustador. Quando o Mofo, da polêmica Vara de Curitiba, resolveu colocar em prática em 2014 o seu plano de abalar o país, anunciado e declarado desde 2004 (“Um escândalo pronto para servir – por Paulo Moreira Leite – https://jornalggn.com.br/noticia/escandalo-pronto-para-servir-por-paulo-moreira-leite), estabelecendo uma parceria espúria com os empresários controladores do oligopólio midiático (Vaza a Jato) o poder desse CARTEL sobre a vida e a morte dos cidadãos passou a ser avassalador. Porque, corrompendo o servidor público, a corrupção se realimenta como vemos em vários casos e agora, especialmente, com esse novo personagem do MP, com cara de cantor de moda sertaneja, o tal do Conserini. Se já tinhamos a nos ameaçar o CARTEL midiático nacional, o temos agora em parceria com a mafia, ou a maçonaria dos agentes públicos corrompidos, organizados em todo o país.

  2. Tratar como escândalo uma

    Tratar como escândalo uma atividade normal de governnte em favor de empresas do seu país significa tentativa de interferir nos negócios externos deste país em favor de concorrentes estrangeiros. É crime, pura e  simplesmente. Muita atenção! Se alguns servidores do judiciário estão a dar francos indícios de que seu trabalho é estranhamente negativo para a economia nacional, que diremos de grande parte da mídia, que é sabidamente internacionalista, escrava do sistea financeiro global e amiude contrária aos interesses nacionais? Vivemos um patético momento no qual ser contra o próprio país e seu povo significa estar de bem com a mídia nacional. A uma tal mídia não pode ser permitido que trabalhe abertamente em desfavor das empresas e da economia do país.

  3. OMISSÃO COMO OPÇÃO À SELETIVIDADE

    Nassif, você tocou num ponto crucial que é a OMISSÃO no exercício da Função Pública.

    Ela é um instrumento de inação frente ao caso concreto, e que deveria ser objeto de apreciação pelo Servidor, quer seja juiz, ministro, procurador, investigador, policial, etc… 

    Diante de denúncia de fatos gravíssimos, com indícios e provas, deve o servidor se prontificar à instauração de inquérito, investigação ou providências administrativas e/ou judiciais, etc…

    Tão grave quanto a Denúncia a ser apurada, são as providências e coibições do abuso do direito de “informar”, (leia-se conspirar), que são as ilações da mídia PIG, com alcanse nacional, programáticas e reincidentes. cujo programa é a conspiração partidarizada, contra o Governo, com ameaças às regras democráticas.

    Ao se omitir no exercício da função, o servidor pratica ato inaceitável, tão ou mais grave, quanto a eventual prática de erro no exercício da função.

    O que termina por ocorrer, nos casos citados é, a licença à mídia PIG, para fazer o pré-julgamento de peçoas inocentes.

    Vai além, toma para sí o protagonismo no “combate à corrupção”( leia-se o controle sobre os desdobramentos do golpe) colocando como coadjuvantes e colaboradores ativos e/ou passivos, os nossos servidores incumbidos de tomar as iniciativas que colocariam nos eixos constitucionais, os abusos, tanto de um lado, dos eventuais transgressores, quanto de outro, os golpistas inconformados com os resultados das últimas eleições.

    A Omissão, é uma forma eficaz de seletividade e, que oculta as motivações do servidor omisso, permitindo a ele, não só fazer escolhas de casos que apenas, a ele interesse, mas também, permite não se expor deiante desta escolha nas sombras, no limbo da democracia.

     

  4. saber disso é uma coisa, mas

    saber disso é uma coisa, mas vazar isso para que seja manipulado

    pela grande mídia golpísta, é uma baita sacanagem,…

  5. Quem e’ Cardozo?

    A grande pergunta que teremos de decifrar, no governo Dilma, e’ o POR QUE O ZE’ E’ MINISTRO DA JUSTICA? Nao ha’ explicacao logica para esse individuo estar, por tanto tempo, num governo que se diz popular. Depois de anos, defendendo a presidentA, sinto que a permanencia de uma pessoa que “joga para fora” deve ter um sentido, algo de psicologico. Ele e’ o  presidente de fato ou a presidentA e’ masoquista? 

  6. Derrubar governo trabalhista

    Derrubar governo trabalhista por meio de manchete de jornal é uma tradição brasileira que se perpetua no tempo mas também é bom destacar que a mídia familiar de direita no país nunca esteve tão mal.

    Embora ostente a arrogância de sempre a saúde financeira das empresas de comunicação é gravíssima, crise de um lado (que eles não param de fomentar) inovação tecnológica de outro torna a operação do setor praticamente inviável, só não quebraram ainda porque a diversidade de negócios ajuda a tapar os buracos… mas até quando?  

  7. A notícia é mais uma futrica

    A notícia é mais uma futrica do Estadão, mas em relação às alegações do jornal, Dilma é presidente do Brasil. A empresa é brasileira. Portanto, ela tem obrigação de defender as empresas brasileiras no exterior.

    O que é estranho é que alguns servidores públicos brasileiros e órgãos da imprensa brasileira tratarem um possível loby de presidente do seu país em favor de empresa do seu país como algo errado. Muito estranha a posição de quem age assim, pois mostra que estão contra o Brasil. E se estão contra o Brasil, estão a favor de quem?

  8. suposto Ministro da Justiça

    Inação, abulia, pusilanimidade, omissão, qual o nome que melhor designa a figura do suposto Ministro da Justiça cujo nome nem merece ser citado? Quanto ao Janot que não apura a Lista de Furnas e mantém na gaveta a conta de Liechstein (Suíça) da família Aécio Neves, o melhor que se pode fazer é chamá-lo de Engavetador Geral dos Malfeitos Tucanos e Afins. 

  9. Duvida… Quem ela pode colocar no dele

    A presidente sabe que o Ministro Zé não nenhuma Brastemp ,mas  a duvida…Quem ela pode colocar no lugar dele? Por enquanto ela não tem tempo para pensar nisso há putras prioridades mais importantes,o bom mesmo seria o senhor ministro tomar um chá de mancol e começar agir com mais mudar de atitude.

    1. Prioridade UM

      Engano seu. Manter um ministro decorativo numa pasta importante como a Justiça é um dos maiores erros da Dilma.

      O país atravessa uma grave crise política e a PF, que esse omisso deveria comandar, é uma das responsáveis por alimentar essa crise. 

      Nomes para esse Ministério há vários, muito mais ativos e atuantes. Capazes de fazer os vazadores da PF os respeitarem ou terem medo de violar suas funções.

      Manter o zé da justissa é um dos mistérios da dona Dilma. 

      O PT não chamá-lo às falas  e não pedir publicamente a sua cabeça é outro mistério.

      1. O vazamento é equivocado, mas há o viés anti Cardozo

         

        Professor de Direito Penal (terça-feira, 02/02/2016 às 23:07),

        É bom colocar em um comentário assuntos diversos em vez de fazer vários comentários em posts diversos. Como exemplo, foi o comentário que enviei domingo, 31/01/2016 às 13:43, para Luis Nassif junto ao post “Cardozo, o maior mistério da era Dilma” de quinta-feira, 28/01/2016 às 07:20, de autoria dele e que pode ser visto no seguinte endereço:

        http://www.jornalggn.com.br/noticia/cardozo-o-maior-misterio-da-era-dilma

        Em meu comentário depois de falar de assuntos diversos eu aproveitei para transcrever parte inicial de um comentário meu enviado sexta-feira, 19/09/2014 às 20:28, para Luis Nassif junto ao post “Como Dilma conseguiu perder o apoio da indústria”, de quinta-feira, 18/09/2014 às 07:00, e também de autoria dele que pode ser visto no seguinte endereço:

        https://jornalggn.com.br/noticia/como-dilma-conseguiu-perder-o-apoio-da-industria

        Não vou comentar assuntos diversos desta vez, mas vou aproveitar a parte inicial do meu comentário junto ao post “Como Dilma conseguiu perder o apoio da indústria”, e que eu transcrevi junto ao post “Cardozo, o maior mistério da era Dilma” para também a transcrever aqui. Disse eu lá:

        – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –

        “Luis Nassif,

        Quando você apresenta as críticas dos empresários ao governo de Dilma Rousseff você não deixa de também apresentar as críticas que são suas. E eu tenho sido muito crítico de suas avaliações do governo da presidenta Dilma Rousseff. Há críticas isoladas que eu não entro muito no mérito, até por desconhecer a matéria. É o caso de uma crítica que você faz à política de direitos humanos. Há críticas que eu vejo sem importância como a que se faz ao ministro José Eduardo Cardozo. A bem da verdade, nunca fui admirador de José Eduardo Cardozo, mas na Nova República, quem dos ministros da Justiça relacionados a seguir poderiam servir de exemplo como sendo superiores ao José Eduardo Cardozo?

        1) Fernando Lyra; 2) Paulo Brossard; 3) Oscar Dias Correia; 4) Saulo Ramos; 5) José Bernardo Cabral; 6) Jarbas Passarinho; 7) Célio Borja; 8) Maurício José Corrêa; 9) Alexandre de Paula Dupeyrat Martins; 10) Nelson Jobim; 11) Milton Seligman; 12) Iris Rezende; 13) José de Jesus Filho; 14) Renan Calheiros; 15) José Carlos Dias; 16) José Gregori; 17) Aloysio Nunes Ferreira Filho; 18) Miguel Reale Júnior; 19) Paulo de Tarso Ramos Ribeiro; 20) Márcio Thomaz Bastos; 21) Tarso Genro; 22) Luiz Paulo Barreto e 23) José Eduardo Cardozo.

        É claro que Saulo Ramos e Márcio Thomaz Bastos como grandes advogados poderiam ter servido como uma couraça protetora ao presidente da República. Só que estas figuras já não funcionam mais nos dias de hoje. Então a crítica a José Eduardo Cardozo é válida no sentido de que ele não é nenhuma sumidade, mas a crítica é frágil à medida que não se tem nos últimos quase trinta anos de Nova República nenhuma sumidade e os que podiam ser relacionados como grandes advogados não fizeram nada de especial na passagem pelo Ministério da Justiça.

        Lembro aqui que o tópico “Lista de Ministros da Justiça” pode ser vista na Wikipédia no seguinte endereço:

        http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_ministros_da_Justi%C3%A7a_do_Brasil

        Outra crítica específica sua direciona-se ao ministro dos Esportes e ela me pareceu tacanha, ainda que a maioria dos comentaristas acompanhassem você na sua crítica ao ministro Aldo Rabelo no post “O salto alto de Aldo Rabelo na não defesa da Copa” de segunda-feira, 24/02/2014 às 21:56 e que pode ser visto no seguinte endereço:

        https://jornalggn.com.br/noticia/o-salto-alto-de-aldo-rabelo-na-nao-defesa-da-copa

        Na minha avaliação errado seria o governo, para combater as acusações de todos os lados que se faziam ao governo, aumentasse os gastos em comunicação para divulgar seus feitos. Talvez a manifestação de junho de 2013 possa ser julgada como apresentando do seu lado bom além da manifestação em si que é reverberação de democracia, certa antipatia aos governantes que se empenham na divulgação de seus feitos.”

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        Na parte que transcrevi há assunto diverso, mas que serve para mostrar até onde birras podem levar a maus julgamentos.

        É claro que repassar material para a imprensa não é adequado para um funcionário público. Se ele sabe de algo, ele tem as vias legais para fazer a denúncia. Há também os casos de Edward Snowden, Bradley Manning e Daniel Ellsberg que dão um pouco de alento para esse comportamento inadequado. Reconheço, entretanto, que as situações são diferentes do caso em que houve o vazamento sobre o assessor da presidenta Dilma Rousseff.

        Ainda assim vejo este post “Janot e Cardozo continuam estimulando falsos escândalos” mais como uma birra de Luis Nassif com o ministro da Justiça. E me parece que a presidenta Dilma Rousseff tem participação nisso, pois o Ministro da Justiça só faria o vazamento após o consentimento dela.

        Clever Mendes de Oliveira

        BH, 03/02/2016

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