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Por Habib
Do Blog Pedro Martinelli
Qual o futuro do fotojornalismo? Esta pergunta já não tira mais o sono, faz tempo, de nenhum empresário que vive da mídia impressa, muito menos dos fotógrafos que empinam câmeras que produzem foco rápido e cortante mas não querem queimar um milímetro de pestana a serviço do leitor. Aqui, um fio de luz pode mostrar para que rumo estamos indo. Veja esta sequência de fotos que reproduzi do Estadão e Folha de ontem sobre a cobertura do jogo com a Argentina.
A primeira dupla de fotos com Lucas e Neymar comemorando de costas saiu na primeira página, a de cima é do Estadão. A segunda dupla, Lucas fazendo o gol, foram publicadas nos Cadernos de Esporte dos respectivos jornais. Este é o espírito do jornalismo de hoje. O conforto. O Estadão mandou fotógrafo e a Folha comprou da Associated Press, os dois fotógrafos sentaram juntos no campo, lado a lado, burocraticamente, para não correr risco. Fizeram uma cobertura par-de-vasos, xerox, um copy-cole do outro, como as fotos não eram nada difíceis de serem feitas, o lance do gol foi absolutamente previsível, ficou tudo igual, a cara de um o focinho do outro. Os jornais podiam ter combinado e mandado um fotógrafo só para Belém, como eles já fazem com a distribuição dos jornais. É a mesma Kombi que faz a entrega dos dois jornais na casa dos assinantes.
Alguém ainda quer saber qual é o futuro do fotojornalismo e porque os jornais e revistas vendem cada vez menos?
ps. O Estadão eliminou a propaganda da placa que esta no fundo da foto no fotoshop, pode isto?
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