O peso da internet nas eleições

Do Portal Luís Nassif
Do Blog de Francisco Machado Filho

A Internet fará diferença nessa eleição?

Certamente esta não será a primeira eleição no Brasil com a presença da internet, mas ao que parece desta vez, ela terá um papel importante na cobertura do pleito e na escolha do candidato pelos eleitores. Após o exemplo de Barack Obama, nas eleições presidenciais nos EUA, políticos começaram a dar mais atenção a esta mídia, que vem provando ser, mais eficiente na aproximação entre eleitor e candidato do que as mídias generalistas.

Porém, mesmo com esta maior atenção dos partidos dispensada à Web, a forma de como utilizá-la demonstra a inexperiência do uso desta plataforma e a total falta de conhecimento das conseqüências de sua má utilização. Parece que alguns políticos se esquecem que o que eles fazem na Web não é monitorado e divulgado para a população.

Tratam as redes sociais como simples usuários e não medem o peso de suas palavras ou ações. Um episódio que demonstra isto foi a divulgação do nome do Senador Álvaro Dias como vice do candidato José Serra à presidência da República. Ela se deu por meio do Twiter do presidente do PTB, Roberto Jefferson. Este anúncio provocou uma intensa troca de mensagens na rede social que, deixou bem claro, que anúncios como este devem ser estrategicamente elaborados, para no mínimo, não causar constrangimentos. Vários outros políticos se manifestaram no twitter piorando ainda mais a situação.

“Com um aliado desse, o Democratas não precisa de inimigo. Vou defender dentro da executiva o fim da aliança com o PSDB”, publicou o Deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO).

RobRoberto Jefferson se irritou e respondeu: “O DEM e uma merda!!!”

O ex-prefeito do Rio, Cesar Maia (DEM), afirmou em seu Twitter: “Bem,…não creio que o Paraná seja mais importante que o Brasil. Prefiro aguardar. Afinal Serra não é Dunga.”

Por fim, Roberto Freire, disse: “Só mesmo PSDB, com seu tino agudo de marketing, para indicar vice dia jogo do Brasil. Só não é pior porque estavamos classificados”.
(Fonte das mensagens no twitter: Folha.com)

Esta “guerra” foi um prato cheio para a oposição inundar a Web com artigos mostrando a fragilidade da aliança do PSDB e DEM e, ainda, outro tsunami de comentários de leitores sobre o episódio. Utilizar a Web como palanque eleitoral tem suas particularidades e não deve simplismente ser uma cópia do que se produz para as mídias tradicionais. Na verdade, é mais um desafio.

Luis Nassif

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