Um procurador messiânico e um apresentador de boa fé, por J. Carlos de Assis

Aliança pelo Brasil

Um procurador messiânico e um apresentador de boa fé

por J. Carlos de Assis

Carta a Jô Soares:

Vi a gravação de sua entrevista com o procurador-chefe da força tarefa da Lava Jato, Dalton Dallagnol. Decidi procurá-la na rede depois que, em entrevista posterior, você apresentou uma carta do advogado de Lula protestando contra o uso de provas ilegítimas em processo penal. Voce desqualificou o advogado subscrevendo integralmente os conceitos do procurador, dados na véspera, segundo os quais provas obtidas ilicitamente poderiam ser aceitas no processo desde que produzidas de “boa fé”.

Argumento idêntico já havia sido adotado pelo juiz da Lava Jato, Sérgio Moro, numa de suas palestras sensacionais. Neste caso, tratava-se de legítima defesa da audácia dado que o magistrado pretendia obviamente legitimar o uso judicial da gravação de Lula com a Presidenta Dilma, que ele liberou para a imprensa ilegalmente, agora incluída no processo de suposta obstrução da justiça. Temos agora três instâncias da legitimação da prova ilícita: o juiz, o procurador e a imprensa, esta representada por você, Jô Soares, em seu candente editorial. Poder-se-ia dizer que isso retrata uma conspiração para a obstrução não da justiça, mas da lei.

Não somos juristas. Sou jornalista, economista, doutor em Engenharia de Produção, hoje quase totalmente dedicado à economia política. Você é um dos homens sabidamente mais cultos do país. Entretanto, somos iguais num ponto: pertencemos a um mesmo ambiente histórico cujas raízes estão cravadas no início da era moderna da qual a característica mais marcante, no processo de construção de cidadanias, foi a consagração absoluta dos princípios jurídicos do habeas corpus, da presunção de inocência e do devido processo legal. Era a forma do cidadão escapar do sufocamento do Rei ou do Estado.

Não é difícil identificar no devido processo legal o imperativo inescapável da legalidade da prova. Isso não é Direito. Isso é civilização. O contrário seria deixar ao arbítrio do juiz, e na dependência de sua “boa fé”, aquilo que é a base factual dos julgamentos, ou seja, a prova material inequívoca. O juiz Moro e o procurador Dalton, e agora você, Jô, se tiverem realmente boa fé, devem à sociedade brasileira um esclarecimento franco sobre o que entendem por boa fé, e quem a determina num processo penal.

Sua explicação para acolher o argumento do promotor foi a imensa audiência que seu programa alcançou na data do programa. Trata-se de uma tautologia. Sua audiência lhe devolveu o que você deu a ela. Foram seus conceitos, e os conceitos expostos pelo procurador sem qualquer questionamento de sua parte, que refletiram na plateia e na tevê e lhe voltaram na forma de uma ovação geral. Pusesse você alguém de menos boa fé, que a sua, para entrevistar o procurador, alguém que não fosse dessa grande mídia sórdida, e ele seria massacrado.

Vou lhe dar apenas um exemplo da simplicidade idiota desse procurador de ares messiânicos. Ele disse ter estudado pós-graduação em Harvard e ali aprendeu métodos eficientes de combater a corrupção. Bom, terá ele aprendido em Harvard alguma coisa dos processos movidos, depois da crise de 2008, contra os fraudulentos Bank of America e o Citigroup, os maiores bancos norte-americanos? Acaso foi preso algum dos dirigentes desses maiores bancos americanos pelos golpes dados no mercado de subprime?

Bom, para que esse procurador, ou você mesmo não digam de novo que o escândalo da Petrobrás é o maior do mundo, vou lhe dar alguns dados que a grande imprensa omite: os dois bancos citados, para livrar seus executivos da cadeia, pagaram, cada um, cerca de R$ 70 bilhões, ou um total de R$ 140 bilhões em multas. Não é só isso. Ninguém pagou pela fraude da Libor, administrada pelos 14 maiores bancos do mundo, a despeito de bilhões e bilhões de dólares em prejuízos. Ninguém pagou pelas fraudes do Deutsche Bank e o UBS nos mercados mundiais de câmbio, também representando quantias bilionárias.

Se você me perguntasse se gostaria de ver esses bancos quebrarem da noite para o dia por causa da corrupção eu diria que você está louco. O grau de sofrimento no mundo seria intolerável. Aqui, entretanto, esses promotores messiânicos, movidos sobretudo por vaidade e nenhum escrúpulo social, não tomaram qualquer providência para salvar a parte sadia das empresas de engenharia, com centenas de milhares de empregos, envolvidas no escândalo. Ao contrário, embaraçaram como puderam os acordos de leniência. Que fizessem o que os americanos fazem: punam os executivos e salvem as empresas. De fato, eles salvam as empresas e sequer punem os executivos, que se safam com multas.

Seu procurador, Jô, não passa de um vaidoso. Ele se vê em vestes messiânicas para salvar o Brasil da corrupção. Sua entrevista é do tipo que agrada, pois ele se coloca na situação de um puro, um justo, um incorruptível e, sobretudo, como alguém que está sempre e absolutamente certo, combatendo os absolutamente maus com perfeita maestria. Você se revelou surpreendido com a audiência. Você se surpreenderia também, se estivesse lá, com Hitlter e Mussolni, ambos anunciando a grande solução para a Alemanha e Itália. Não passavam, como seu procurador messiânico, de demagogos ingênuos, talvez demagogos de boa fé.

Talvez as partes mais extraordinárias da entrevista, você se deve lembrar, foram aquelas em que o procurador se descreveu como alguém que não tem poder econômico ou poder político, e justamente por isso a forma que encontrou para avançar nas investigações foi uma aliança com a imprensa. Você percebeu o que isso significa? Fora nas ditaduras, onde no mundo o processo judicial se inicia com uma aliança entre a promotoria e a imprensa? É justamente isso que nos leva à investigação-espetáculo, em muitos casos configurando a mais abjeta violação de direitos humanos. É esta aliança a matriz da exibição pública de simples suspeitos, destruindo injustamente reputações, assim como a escolha “científica e democrática” entre as grandes mídias dos documentos e depoimentos que serão vazados, a isso se chamando liberdade de imprensa.

Jô, se pessoas, com seu alto nível cultural, não sabem distinguir o que é avanço e o que é regresso de civilização, estamos em maus lençóis. Vivemos uma situação mundial de crise aguda, com guerras em andamento, fricções entre grandes potências, dramas de refugiados. No nosso caso, vivemos um quadro legislativo podre, uma presidência ilegítima e virtual ditadura judicial que ignora o sistema econômico combalido – 8% de contração em dois anos, 13% de taxa média de desemprego -, e até mesmo o avanço sobre o pré-sal pondo em risco a nossa própria soberania. Sabe-se como começam as revoluções. Nunca como terminam. Para que ninguém se sinta impune ao abusar de autoridade, lembrem-se da experiência turca recente: em face de um golpe judicial instigado pelos americanos, promoveu-se um contragolpe que acabou com mais de 2 mil juízes e promotores na cadeia, sob risco de pena de morte por alta traição.

J. Carlos de Assis – Jornalista, economista, professor, doutor em Engenharia de Produção, autor de mais de 20 livros sobre economia política brasileira.

Redação

33 Comentários

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  1. Já digo, boa fé só para os

    Já digo, boa fé só para os inimigos,

     

    Como estamos vendo, quando a prova ou delação, legitima ou ilegitima, atinge a turma do clubinho que bate o bumbo para o capeta, aí é de má- fé, e o processo será queimado numa fogueira com dez virgens dançando em volta. Até o povo se ebchert e invadir os palacios dessa galerinha do mal e dar uns tapas em uns tres ou quatro……..

  2. Nada como..

    a efemeridade dos aplausos imediatistas, lastreados na falta de uma análise criteriosa ditada pela colocação de contrapontos, contra argumentos.

    Isso eleva pessoas ao estado nirvana aonde não conseguem ter a razão ao seu lado, mas sim o momento de extase.

    Jô, lamento que uma pessoa do seu nível se deixe levar por momentos assim, aonde a razão não se faça presente para, definitivamente, dar balisa à uma verdadeira e consistente formação de opiniões.

    Ninguém está imune a esse tipo de situação, mas, espera-se, que apresentadores de um programa como o seu tenham o cuidado de usar o debate e não o monólogo para esclarecer uma parcela grande da sociedade que está carente de meios consistentes de informação e formação.

  3. Deve ser a bolsa aposentadoria da globo

    Excelente artigo. Eu assisti ao programa e fiquei enojado com o Jô. E o dia seguinte da carta do advogado foi pior ainda. Deve ser a bolsa aposentadoria da globo

  4. 1º  Assis, ao contrario de

    1º  Assis, ao contrario de voce , eu nao consegui assistir a entrevista , assim como uma colega comentarista, tive nojo e ansia de vômito. Parabéns pelo seu estomago forte e sua carta. Aquele entrevistador imbecíl (desculpe, nao é querendo ofender gratuitamente, mas diante dos últimos anos de “entrevistas” e debates “as meninas”, nao tem como nao acrescentar este “elogio” ao dito.)

     

    Assis, só tem um pequeno detalhe no seu último paragrafo: Erdogan NAO É  dilma (isso mesmo, com d minúsculo). 

    Tenho tanta certeza que os russos AVISARAM a Dilma quanto avisaram a Erdogan. 

     

    Fora Temer

    Dilma, cavalo de tróia da direita

     

     

  5. Jô culto? Será? Quando eu

    Jô culto? Será? Quando eu assistia o programa dele o vi repetir inúmeras vezes o mesmo bordão intelectual e a exibição ostensiva de seus estudos na Suiça (e seu falar pra ele que minha filha que estudou em escola pública foi aprovada num doutorado na Universidade de Friburgo, sem Ciencia sem Fronteiras, ela se torna um gênio?) e suas amizades no meio artístico. Vi também ele cantar seu desejo de entrar na Academia Brasileira de Letras, aquela que abriga “intelectuais e escritores” do nível do Merval (li numa revista Piaui que o Merval é hoje o maior indicador e cabulador de votos da ABL).

    Um intectual de talento altera a percepção do pais onde vive porque o analisa e reflete sobre sua realidade e a modifica . Jô não, é conformista e faz parte do povinho da Globo que usa e abusa da Lei Rouanet porque tem um  público próprio conformadíssimo. Aquele tipo de público que exibe o fato de ver uma peça dirigida pelo Jô e não o seu conteúdo.  Oswald e Mario de Andrade, Tarsila, Villa Lobos, Portinari, Jorge Amado, Graciliano, Caetano em seus bons tempos, Glauber, Zé Celso, Chico e outros que deixo de citar  são os verdadeiros intelectuais brasileiros.

    E desculpe, José Carlos, Jô não tem boa fé. As meninas do Jô são prova disso. Ele é amigo dos tucanos, inclusive do José Serra e do FHC. Ele faz parte, isso sim, dessa elitizinha de merda que acha que … ele é o máximo da intectualidade brasileira. 

    Só o fato de ele incensar pessoas do nível do Dallagnol já é uma demonstração de sua limitação intelectual e má fé.Será que se esse procurador cassasse tucanos estaria no programa dele?

    1. Respondo ao comentario de

      Respondo ao comentario de Vera Lucia Venturini,23/08/2016-13:48.Se seu comentario ja era digno de parabens,o credencio a honra ao merito.A senhora,talvez sem querer,prestou-me um enorme favor.Eu procurava como uma agulha no palheiro,um amigo de Jose Serra.Jo Soares.As meninas dele,ouco falar,nao vejo a Globo ha 13 anos,era um idicativo de que tinha contraido o mesmo virus que infectou Cony,Gullar,Loyola Brandao,Joao Ubaldo,in memorium,e outras sardinhas tipo Sebastiao Nery,Nelson Mota,etc.O virus a que me refiro e o da senilidade.Chegam-me informacoes que meu amigo Ricardo Kotscho,suspeita-se de the-lo contraido.Apenas especulacao,nada confirmado.Receba a senhora,meu afetuoso abraco.

    2. Mil perdoes senhora Vera.O

      Mil perdoes senhora Vera.O jornalista e escritor Ruy Castro foi infectado no nivel 10 da escala Richer.A situacao dele e terminal.Um abraco.

  6. Por coincidência, vi alguns instantes da semana do Jô

    no ultimo domingo, coisa que não fazia a muito tempo. Fiquei convicto de que o homem está gagá. Mas com certeza, não é por isto que fez o aqui exposto. Foi por convicção mesmo. Indigência mental de berço.

     

     

  7. O brasil não é o unico com procuradores messianicos

    Porem, o Brasil é um dos poucos em que o procurador messianico reiteradamente comete atos ilicitos e abusivos, nsem nem receber uma bronca do proprio MP. Se fosse em um pais desenvolvido, um procurador como esse ai seria demitido e talvez processado e preso.

  8. Perfeito!…

    A Dilma, como comandante em chefe das Forças Armadas, deveria ter posto as tropas nas ruas pra defender a Constituição que estava sendo rasgada pela Câmara com o beneplácito do Supremo.

  9. Se ainda tinha alguma

    Se ainda tinha alguma ´pequena boa lembrança do Jô, ela foi totalmente destruída pela leviana entrevista dele com o Dallagnol. Jô parecia mais uma comadre indignada a louvar tudo que sua visitinha ingênua dizia.

  10. Precisamos de heróis?

    Quando o “herói” aparece é sinal que a democracia e justiça desapareceram. O “herói” representa exatamente a nossa incapacidade de resolver democraticamente nossas questões. Significa também, a tirania das instituições públicas e seu desdém em ouvir a sociedade.

    Os “heróis” surgem no caos, como pessoas retas, diferenciadas, que sabem o caminho. São enganadores, acreditem.

    O “herói” necessita que seu tema (“o monstro”) nunca morra, que a solução nunca chegue, pois se ocorrer, é o fim do nosso “herói”. E não é isso exatamente que ele deseja. Ele deseja brilho e poder constante.

    O “herói” é alguém a quem não foi dado nenhum poder para representar a sociedade na “luta” que trava, ele é um voluntário, que trabalha além do expediente, que dedica a sua vida à causa.  Como uma sereia com seu canto, ele tenta cativar corações e mentes. 

    O tema “monstro” pode ser o mais variado: a escola sem partido, o aborto, o perigo vermelho,  a corrupção, o porte de arma para as pessoas “de bem”,  a pena de morte, a proteção aos animais, a salvação das florestas… Não é o tema que importa. Mas uma grande dose de moralismo e conservadorismo é sempre importante.

    Em um filme de Chaplin, Carlitos tenta apenas devolver uma bandeira que caiu de um caminhão e logo uma multidão o segue como líder…

    Essa multidão somos nós quando acreditamos em “heróis”

    Precisamos de heróis?

    Kryptonita neles.

     

     

     

     

     

  11. Sempre tive um grande

    Sempre tive um grande respeito pelos mais velhos. Não só porque aprendi isso com os meus pais, como entendo que são os mais sábios. Entretanto, lamento ter que abdicar ao menos nesse momento, de um princípio que carrego desde tenra idade, para demonstrar a minha profunda tristeza com esse que foi um dia um grande comediante, e hoje, depois de velho, vendeu a sua alma a uma emissora que consegue fazer com excelentes artistas, o que certos médicos de caráter semelhante a dos seus dirigentes fazem com os rostos de pessoas simples, que buscam uma beleza que pensam que não tem, nas aplicações de Botox e outros produtos, deformando e transformando o que era antes uma face em um corpo de aparência monstruosa. Isso, infelizmente aconteceu com Jô Soares, o hoje intragável Fausto Silva e tantos outros. Jô é apenas mais um deles, que venderam a sua alma em troca de uns trocados. Trocados porque uma alma não tem preço. É triste vermos uma pessoa no fim de sua vida, fazer um papel tão sórdido como esse. Pior do que tantas e tantas doenças sérias que nos acometem nessa idade. Por coincidência, li hoje mesmo uma entrevista com Pedro Simon, que até outro dia o tinha como um dos raros políticos sérios e honestos, defender o presidente interino e chamá-lo até de grande jurista. Ou a senilidade mudou totalmente a cabeça dessas pessoas, ou ela resolveu revelar a sua verdadeira identidade.

  12. Considero o Jô Soares um dos

    Considero o Jô Soares um dos caras mais cultos do país, sem dúvida. Mas não vou me esquecer que atrás dessa cultura toda ele tem grandes falhas no seu conhecimento. Pouco entende de política, geopolítica e geoestratégia.

    Estava agrandando os patrões? É possível. Estava agradando esse procurador babaca? É possível. Jogo de cena? É possível. Mas o Jô já me deu outras provas de que não é um analista político muito sofisticado, nem conhece o assunto em profundade. Não enxerga nuances muito sutis que esse procurador imbecil, junto com o Moro, desencadeou no Brasil. Enxerga menos ainda as consequências.

  13. Ensinou-me Papai a mim e a

    Ensinou-me Papai a mim e a meus irmaos que o maior defeito do ser humano,e nao ter posicao definida.Aos que vivem ao sabor das ondas,ou que vao em direcao onde os ventos sopram,ele nao concedia nem o refresco de oportunistas.Alcunhavam de verdadeiros capadocios,dai eu usar tanto essa palavra aqui.

  14. Nem em sonho ouso

    Nem em sonho ouso imaginar,que o editor do blog e fa dos livros de Jo Soares.Se eu estiver certo,Papai nao concederia a ele mais  que meia hora de prosa.Mesmo assim,sob a condicao de levar o bandolim.O Velho era apaixonado por bandolim.Mandava seu motorista buscar Sr.Julio do Bandolim a mais de 40 quilometros de distancia,para abrilhantar suas noites de altos paus e redondoros bois.

  15. Foi ameaçado de cancelamento do programa

    Seu programa estava relegado passar nas madrugadas, cada vez mais tarde pela globo. O que o gordo faz? Baba ovo!

  16. Visualizo a seguinte

    Visualizo a seguinte cena.Nassif chegaria para uma prosa com Papai.O Velho o cumprimetaria da seguinte forma:Eu imaginei  que o senhor tenha vindo ate mim,para conversarmos sobre a literatura dos seus conterraneos,Guimaraes Rosa,Carlos Drumond de Andrade,Darcy Ribeiro,Mario Palmerio,Autran Dourado(primo distante de Papai),o senhor vem me abordar sobre livros de Jo Soares?Seria mais proveitoso o senhor desenbanhar seu bandolim,e nos mostrar seu inegavel talento.Nassif nao teria outra alternativa.

    1. Seria imperdoavel se nessa

      Seria imperdoavel se nessa lista não constasse os nomes de Pedro Nava e Carlos Alberto Libanio Crishto,o Frei Beto,ou Beto.Figura exponencial nos dias de ira de hoje.

  17. Omissao terrivel,esqueci-me

    Omissao terrivel,esqueci-me do Frei Beto,o Velho adorava ele.Esse Frei e um grande sujeito,Fidel o ouve sempre,voce sabia,vivia a me dizer.

    1. Omissão imperdoavel

      Omissão imperdoavel esta.Pedro Nava,o maior memorialista da lingua portuguesa.Também mineiro como o editor.Papai me deixou quase todos os livros de Nava.Destaque para Beira Mar,em certos trechos, me levou as lágrimas.Atribuo esse lapso a peitica de que Jô Soares é escritor.Como escritor,é um bom humorista,dizia o Velho.

  18. Critica-se muito, e com

    Critica-se muito, e com inteira razão, o Poder Judiciário por motivos largamente conhecidos: corporativismo, lerdeza(preguiça, para os íntimos), ativismo, preciosismos semânticos(frescuras, para ser mais claro) e complexo de Pilatos, dentre uma plêiade de disfuncionalidades. Entretanto, merce de ser um autêntico Poder no aspecto constitucional, tem suas limitações. A principal, a de ser por princípio e definição reativo, ou seja, só agir quando demandado. 

    Em termos práticos: esse processo derivado da Operação lava a Jato inexistiria se não fosse o Ministério Público, o titular da Ação Penal Pública. O Juiz Moro, nesse sentido, é um herói de fancaria, um usurpador das “glórias” de outrem. Sem as denúncias do chamado Parquet ele estaria ainda gozando um “glamoroso” anonimato lá em Curitiba.

    Todo esse introito é para salientar o imenso Poder que detém o Ministério Público após a Constituição de 1988. Os acordos de delação, por exemplo, são negociados e firmado por ele. Ao Judiciário cabe apenas chancelá-los ou não. Claro que mais dias menos dias seus integrantes seriam acometidos pelo Complexo de Narciso e no presente contexto também turbinado por uma parceria deletéria com uma mídia compromissada em termos políticos. Exatamente como foi arguido pelo Procurador engomadinho na entrevista dada ao Jô Soares, um apresentador e humorista simpático, mas hipossuficiente em termos de capacidade de análise política. Seu programa é direcionado para um público cujo perfil se enquadra perfeitamente na moldura dessa categoria de indivíduos carinhosamente conhecida como “coxinhas”. 

     

     

     

  19. Progama do Jo!

    ESTE PSEDO PROCURADOR COM SOBRE NOME DE SABONETE OU SOPA EM LATA UM BABACA, DESDRUINDO A DEMOCRACIA BRASILEIRA COM SUA CORJA.

  20. Pelo andar da carruagem,o

    Pelo andar da carruagem,o editor do blog aprecia os livros do Gordo.Deveria ser um pouco mais seletivo,ademais sendo mineiro.Me remete a Carmen Costa:”Tem gente que troca algodao por veludo,porque nesta vida tem gosto para tudo”Respeteimos pois,o gosto de cada hum.

  21. Relembrado Joel.”Os livros de

    Relembrado Joel.”Os livros de Jo Soares,deveria ser vendidos por quilo.Talvez as meninas dele se interessassem em comprar”.

  22. A esquerda é medíocre. Quando
    A esquerda é medíocre. Quando o Jô baba o ovo da Dilma, ele é gênio. Quando ele entrevista o Dallagnol, está gagá. Depois ninguém sabe porque o Temer levou a presidência sem despentear o cabelo.

    1. Respondo a Alex Cardoso

      Respondo a Alex Cardoso 24/08/2016 – 8:22.Tomo as dores.Sou de esquerda e não sou medrioce.Tal você encontre mediocridade em quem anda lendo livros de Jô Soares,e perdendo tempo assistindo entrevistas idiotas de fascistoides tipo esse Procurador Dallaganol.

  23. classe

    Alguém disse que a identidade de classe foi a responsável pela ¨virada¨ daquela Marta.

    Digo o mesmo do Jô. Essas pessoas se habituaram a viver em um mundo à parte do nosso, do povo brasileiro comum. Todos terminam numa epécie de redoma, numa bolha, acima das pessoas comuns.

    Acontece com muitos, mas felizmente não com todos.

    Um grande abraço ao Chico Buarque de Holanda, o cidadão mais ilustre da Cidade Maravilhosa, esquecido na lindíssima festa carioca das Olimpíadas.

    Nem Lula, nem Dilma, nem Chico; foi a festa dos penetras.

     

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