Falta de acordo entre Fenaban e Bancários leva setor a greve

Jornal GGN – Os bancários rejeitaram a proposta de reajuste de 6,1% oferecida pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). Além disso, os trabalhadores reivindicam o fim da pressão por metas, mais empregos, segurança e condições de trabalho. Assembleia estadual para organizar o movimento será nesta quarta-feira (18), às 19h, na Quadra dos Bancários.

A decisão pela deflagração da greve foi aprovada na assembleia do dia 12, quando os bancários rejeitaram a proposta dos bancos de reajuste sem aumento real para salários, piso, verbas e PLR. Segundo o sindicato, os trabalhadores de bancos públicos e privados devem aderir ao movimento paredista.

Na enquete veiculada pelo site do sindicato de São Paulo, quase 5 mil trabalhadores já manifestaram sua contrariedade com o índice de 6,1% apresentado pela federação dos bancos (Fenaban).

“A proposta definida pela Fenaban como ‘final’ levou a categoria à greve. E a mobilização será grande: após um mês de negociação, vir à mesa apresentar um reajuste sem aumento real e sem qualquer avanço para questões fundamentais para os bancários – como fim da pressão por metas, melhores condições de trabalho, mais empregos e segurança – revoltou os trabalhadores”, ressalta Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato.

Segundo o sindicato, “os bancos batem a casa dos R$ 30 bi em um semestre, as tarifas cobrem toda a folha de pagamento das instituições financeiras, com sobras, executivos e acionistas ganhando cada vez mais”, diz nota.

Tudo isso num cenário em que os bancários estão pressionados ao extremo. “Cada trabalhador vê crescer ano a ano a riqueza que gera para o banco, mas na hora do devido reconhecimento, a Fenaban vem com uma proposta ruim, sem aumento real e que não leva em consideração o alto grau de adoecimento da categoria. Agora vamos parar, fazer uma grande greve para cobrar o respeito que os bancos devem aos seus funcionários”, afirma a dirigente.

Com informações do Sindicato dos Bancários de São Paulo