A voz negra e militante de Nina Simone

Sugerido por Nilva de Souza

Do blog Marvada Carne

Nina Simone: Voz negra e militante

Cantora e compositora, Nina Simone dedicou sua arte à defesa dos direitos civis dos negros estadunienses.

Amante do jazz e militante dos direitos civis, o Marv@da C@rne não poderia deixar de registrar o “aniversário” de Nina Simone, que caso ainda estivesse entre nós, completaria hoje 81 anos. Confira abaixo um resumo bibliográfico e dois vídeos daquela que por muitos é chamada de “a Musa do Soul”. 

Nascida Eunice Kathleen Waymon, Nina Simone (Tryon, 21 de fevereiro de 1933 – Carry-le-Rouet, 21 de abril de 2003) foi pianista, cantora, compositora e militante ativa dos movimentos pelos direitos civis. O nome artístico foi adotado aos 20 anos, para que pudesse cantar Blues, nos cabarés de Nova Iorque, Filadélfia e Atlantic City, escondida de seus pais, que eram pastores metodistas. “Nina” veio de pequena (“little one”) e “Simone” foi uma homenagem à grande atriz do cinema francês Simone Signoret, sua preferida.
Perseguida por assumir publicamente sua militância pelos direitos civis e combate ao racismo, Nina Simone emocionou o mundo ao cantar no enterro do pacifista Martin Luther King.

Depois de fracassar na tentativa de ser uma grande concertista através do conservatório, Nina ficou algum tempo em Nova Yorque até ir paraAtlantic City. A partir daí assumiu seu nome artístico. Cantou músicas clássicas e imortalizou hits como “Feeling Good”, “Aint Got No – I Got Life”, “I Wish I Know How It Would Feel To Be Free”, e “Here Comes The Sun”, além de “My Baby Just Cares For Me” que gravou e apareceu numa propaganda de perfume frances.

Em um breve contato com sua obra, aqueles que não conhecem percebem logo a diversidade de estilos pelos quais Nina Simone se aventurou, desde o gospel, passando pelo soul, blues, folk e jazz. Foi uma das primeiras artistas negras a ingressar na renomada Juilliard School of Music, em Nova Iorque. Sua canção “Mississippi Goddamn” tornou-se um hino ativista da causa negra, e fala sobre o assassinato de quatro crianças negras numa igreja de Birmingham em 1963.

Nina esteve duas vezes no Brasil, gravou com Maria Bethânia e seu último show ocorreu em 1997 no Metropolitan. Era uma intérprete visceral, compositora inspirada e tocava piano com energia e perfeição. Morreu enquanto dormia em Carry-le-Rouet em 2003.

Confira as performances de Nina Simone no Festival de Mountreux

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Redação

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  1. NINA SIMONE

    Ain’t Got No, I Got Life

    ‘Eu tenho a minha língua, meu queixo
    Meu pescoço e meus peitos
    Meu coração, minha alma
    E minhas costas
    Tenho meu sexo’

      

    ‘Tenho vida, tenho minha liberdade

    Eu tenho a vida’

    [video:http://youtu.be/x5LIBOn4s9A%5D

    ‘Toda a minha vida desejei exprimir meu sentimento de prisioneira, esse silêncio atroz que transforma todos os negros em encarcerados.’

    ‘Vou dizer a você o que significa liberdade para mim: liberdadre é, realmente, não sentir medo de espécie alguma. Todos deveriam ser livres e, se não o somos, é porque somos assassinos.’

    ‘O que eu fazia não era música clássica ou popular, mas música em defesa dos direitos civis. Todos os meus amigos foram exilados ou simplesmente assassinados. Fiquei meio perdida, amarga, paranóica, imaginando que poderia ser morta a qualquer momento.’

    [video:http://youtu.be/CLiBYiostOU%5D

    Impressionante nina simone Regal Soulful Alfred Wertheimer

    Nina Desnuda fotografada pelo cubano Mario Algaze.

    Alfred Wertheimer fotografou em preto e branco.

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