O carnaval politizado de Belo Horizonte 2014

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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O carnaval politizado de BH 2014

Por Jota A. Botelho

Ouça as 12 marchinhas de carnaval finalistas do Concurso Mestre Jonas


Divulgação Internet

Do Portal Uai 

Terceira edição da disputa tem composições sobre política, comportamento e romance na final

(…) Entre os temas abordados pelas marchinhas, assuntos relacionados à política continuam recorrentes — tendência inaugurada ainda na primeira edição do concurso, em 2012, quando ‘Na coxinha da madrasta’, sobre o vereador Léo Burguês, foi a grande campeã. Além desta vertente, há espaço para as sátiras comportamentais, um filão tradicional das músicas de carnaval. “Há várias marchinhas que falam de comportamento, como o uso excessivo dos smartphones e a preferência das pessoas por uma boa baixaria na TV, mas sem assumir”, comenta Kuru Lima, membro da comissão julgadora. As letras com duplo sentido, outra veia clássica das marchinhas, também estão bem representadas na final do Concurso Mestre Jonas “Temos marchinhas compostas com variadas temáticas e por gerações distintas da música mineira”, comemora Lima. (…)

Do Portal G1 MG

Marchinha sobre apreensão de aeronave dos Perrella vence concurso
‘Baile do Pó Royal’  foi a campeã do Concurso Mestre Jonas, em BH. ‘Pula catraca’ ficou em segundo lugar, e ‘Carnaval’ em terceiro.


Baile do Pó Royal’ vence Concurso de Marchinhas Mestre Jonas, em Belo Horizonte (Foto: Crédito Flávio Charchar / Árvore de Comunicação)

A música ‘Baile do Pó Royal’ foi a vencedora do 3º Concurso de Marchinhas Mestre Jonas do carnaval de Belo Horizonte A grande final foi realizada na madrugada deste sábado (15) na quadra do Grêmio Recreativo e Escola de Samba Cidade Jardim. Os campeões levaram o prêmio de R$ 5 mil. A canção fala sobre o episódio envolvendo a apreensão de mais de 400 quilos de cocaína no helicóptero da família do senador Zezé Perrela (PDT-MG) no fim do ano passado. A marchinha foi composta por Alfredo Jackson, Joilson Cachaça e Thiago Dibeto. Gustavo Maguá, Oleives, Thiago Dibeto e Vitor Velloso foram os interpretes. Em segundo lugar ficou a marchinha “Pula catraca” composta por Eduardo Macedo e interpretada por Alaécio Martins, Daniela Godoy, Eduardo Macedo e Marina Cyrino. Eles levaram para casa o prêmio de R$ 3 mil. A música “Carnaval” de Kdu dos Anjos e Matheus Brant foi escolhida a terceira melhor canção do concurso. O prêmio foi de R$ 1 mil.Segundo a organização, neste ano, foram inscritas 119 marchinhas no Concurso Mestre Jonas, que em sua 3ª edição já se consolida como evento tradicional do carnaval da capital mineira. O tom crítico e irreverente das músicas em relação, principalmente, a política são temáticas recorrentes. As 12 marchinhas finalistas foram executadas pelos respectivos intérpretes e por uma banda formada por Thiago Delegado e outros 10 músicos. Um corpo de cinco jurados escolheu as três melhores canções e o público presente definiu a ordem de premiação. Além do dinheiro, os vencedores se apresentam no desfile da “Banda Mole”, no sábado, 22 de fevereiro, na Avenida Afonso Pena, Centro de Belo Horizonte. 

Conheça as marchinhas finalistas do concurso Mestre Jonas:

A Marchinha do Smartfhone – Afrouxem o cinto que o piloto assumiu – Baile do Pó Royal

Blocomum Estrela –  Bloco da Hipocrisia – Carnaval

Marchinha Literária – Monarquia Gerais (A história de Netinho e Rainha Azia) – O Pano da Cuíca

Pula Catraca – Rua Musas – Toma na Bonita – Farinha das Neves (Bônus)

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

6 Comentários

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  1. Enquanto em Recife

    Enquanto em Recife, apesar do marketing pro Brasil e o Mundo, o carnaval popular vem decaindo ja há alguns anos. Há um aumento dos novos blocos líricos (que, a partir de 1994, tentam resgatar a tradição dos antigos blocos carnavalescos mistos). Porém esse aumento de uma das manifestações e a mais bonita do carnaval recifense se tornou “atração”, “show” de palco (como os shows de artistas nacionais e regionais com os mais variados ritmos que nada têm a ver com os mais variados ritmos do carnaval pernambucano (esta é uma invenção, no mal sentido do termo,  do chamado carnaval multicultural, um equívoco, a meu ver). Esses blocos líricos deste domingo, por exemplo, têm  limitação de frevos a cantar (hoje no Aurora dos Carnavais, na Rua da Aurora, p.ex.), com hora marcada, quando antes era o povo a atração na rua, e não espectador. Pra alguns blocos, como o Pierrot de São José, lindo, com repertório próprio muito bom) não comparece porque não vale a pena a ajuda de custo, o tempo perdido à espera de apresentações de muitos outros blocos líricos.

    Em Olinda há mais carnaval de rua, sem palcos, sim, mas pleno de turistas e de gente da região a pular, não a dançarem frevo de rua, não a fazerem o passo.

  2. concurso de marchinhas da CBN

    Hoje (24.02.2014), por volta das 9 da manhã, a CBN anunciou um concurso ou uma apresntação de marchinhas para 2014. Eis que, para minha surpresa, o Baile do Pó Royal teve um trecho executado. Estou procurando o link, mas não o encontro. Não acredito que tenha sido omitido, apenas não consigo encontrá-lo. Acredito que a mera menção a essa marchinha sinaliza que o sistema Globo, junto com outras empresas e entidades, estejam começando a deixar o barco do Senador “Ah, é Sim!” 

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