Grupos neonazistas do Rio Grande do Sul ameaçam de morte Lula, Maria do Rosário e vereador nas redes

Vereador Leonel Radde (PT-RS), a deputada federal Maria do Rosário e Lula foram alvos de ameaças de morte por neonazistas

Foto: Redes/Montagem CUT

O vereador de Porto Alegre, Leonel Radde (PT-RS), a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) e o ex-presidente Lula foram alvos de ameaças de morte por grupos neonazistas, por meio de mensagens nas plataformas WhatsApp e Telegram.

“Neonazistas ameaçaram assassinar Lula e os companheiros Maria do Rosário e Leonel Radde, que faz brilhante trabalho contra grupos extremistas. PT tomará as medidas pra que os criminosos sejam identificados e punidos. Não vão nos intimidar, nem nos calar!”, anunciou a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, em suas redes.

Em seu Twitter, Radde compartilhou imagens das mensagens recebidas por seu gabinete e pelo grupo “Mandato Antifascista”, criado pelo vereador para atuar contra grupos neonazistas no Rio Grande do Sul.

A atuação de extremistas no estado do Sul não é de hoje. Em 2016, uma Operação no Rio Grande do Sul chegou a deflagrar um esquema de recrutamento de neonazistas para atuar nas forças paramilitares da Ucrânia.

A guerra na Ucrânia com a atuação de milícias fascistas reascendeu, a nível mundial, a presença de grupos extremistas conservadores. Apesar disso, ao que indicam, as mensagens não guardam relações diretas com o conflito armado na Ucrânia.

Nos ataques, os extremistas chegaram a definir uma data de morte para o vereador: “Sua morte está planejada, será dia 31 de outubro de 2022, 21h, no Rio Grande do Sul”, diz uma das primeiras mensagens, seguida de uma sequência de ataques.

“Se você continuar prendendo fascistas, acabo com tua raça e da Maria do Rosário”, escreveram. “Se prepara, você, Lula e o Isupério [Antonio Isupério, ativista do movimento negro] estão ferrados, vamos acabar contigo, seus vermes, lixo, macacos de merda (…) Lula vai morrer”, seguiram.

O vereador narrou que entre as mensagens, também foram enviados conteúdos foram “extremamente violentos”, como um vídeo no qual uma mulher negra é enforcada e assassinada por um grupo supremacista branco. “Optamos por não publicá-lo, porém decidimos mostrar os símbolos utilizados pelo grupo do vídeo.”

“Muito mais que as mensagens textuais o vídeo foi uma ameaça explícita. Medidas já foram tomadas. Novamente avisamos aos nazifascistas: NÃO SEREMOS SILENCIADOS”, completou o vereador.

Redação

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