Jurista sente-se injustiçado por não ser “negro, gay, assaltante ou índio”

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Surfando nos desdobramentos do racismo de William Waack, o jurista do impeachment Ives Gandra da Silva Martins publicou um artigo em O Povo, nesta quinta (16), denotando muita preocupação em conseguir viver bem em um País onde ele não é negro, gay, índio, assaltante, guerrilheiro e invasor de terras. Isso porque, segundo o professor universitário, em nome de uma “suposta discriminação”, as chamadas minorias conseguiram “privilégios” demais.

Na visão de Gandra, negros, gays, índios, assaltantes, guerrilheiros formam “castas” da sociedade atual que recebem do governo incontáveis “privilégios”, transformando a vida de um “modesto professor, advogado, cidadão comum e além disso branco” numa enorme dificuldade.

“Sinto-me discriminado e cada vez com menos espaço nesta sociedade, em terra de castas e privilégios, deste governo”, desabafou.

O artigo de Gandra foi republicado em blog do Estadão, como uma “tradução feliz” das dificuldades impostas pela “ditadura do politicamente correto”.

 
Por Ives Gandra
 
Em O Povo
 
Não Sou: – Nem Negro, Nem Homossexual, Nem Índio, Nem Assaltante, Nem Guerrilheiro, Nem Invasor De Terras. Como faço para viver no Brasil nos dias atuais? Na …verdade eu sou branco, honesto, professor, advogado, contribuinte, eleitor, hétero… E tudo isso para quê?
 
Meu Nome é: Ives Gandra da Silva Martins* Hoje, tenho eu a impressão de que no Brasil o “cidadão comum e branco” é agressivamente discriminado pelas autoridades governamentais constituídas e pela legislação infraconstitucional, a favor de outros cidadãos, desde que eles sejam índios, afrodescendentes, sem terra, homossexuais ou se autodeclarem pertencentes a minorias submetidas a possíveis preconceitos.
 
Assim é que, se um branco, um índio e um afrodescendente tiverem a mesma nota em um vestibular, ou seja, um pouco acima da linha de corte para ingresso nas Universidades e as vagas forem limitadas, o branco será excluído, de imediato, a favor de um deles! Em igualdade de condições, o branco hoje é um cidadão inferior e deve ser discriminado, apesar da Lei Maior (Carta Magna).
 
Os índios, que pela Constituição (art. 231) só deveriam ter direito às terras que eles ocupassem em 05 de outubro de 1988, por lei infraconstitucional passaram a ter direito a terras que ocuparam no passado, e ponham passado nisso. Assim, menos de 450 mil índios brasileiros – não contando os argentinos, bolivianos, paraguaios, uruguaios que pretendem ser beneficiados também por tabela – passaram a ser donos de mais de 15% de todo o território nacional, enquanto os outros 195 milhões de habitantes dispõem apenas de 85% do restante dele. Nessa exegese equivocada da Lei Suprema, todos os brasileiros não-índios foram discriminados.
 
Aos ‘quilombolas’, que deveriam ser apenas aqueles descendentes dos participantes de quilombos, e não todos os afrodescendentes, em geral, que vivem em torno daquelas antigas comunidades, tem sido destinada, também, parcela de território consideravelmente maior do que a Constituição Federal permite (art. 68 ADCT), em clara discriminação ao cidadão que não se enquadra nesse conceito.
 
Os homossexuais obtiveram do Presidente Lula e da Ministra Dilma Roussef o direito de ter um Congresso e Seminários financiados por dinheiro público, para realçar as suas tendências – algo que um cidadão comum jamais conseguiria do Governo!
 
Os invasores de terras, que matam, destroem e violentam, diariamente, a Constituição, vão passar a ter aposentadoria, num reconhecimento explícito de que este governo considera, mais que legítima, digamos justa e meritória, a conduta consistente em agredir o direito.
 
Trata-se de clara discriminação em relação ao cidadão comum, desempregado, que não tem esse ‘privilégio’, simplesmente porque esse cumpre a lei…
 
Desertores, terroristas, assaltantes de bancos e assassinos que, no passado, participaram da guerrilha, garantem a seus descendentes polpudas indenizações, pagas pelos contribuintes brasileiros. Está, hoje, em torno de R$ 4 bilhões de reais o que é retirado dos pagadores de tributos para ‘ressarcir’ aqueles que resolveram pegar em armas contra o governo militar ou se disseram perseguidos.
 
E são tantas as discriminações, que chegou a hora de se perguntar: de que vale o inciso IV, do art. 3º, da Lei Suprema? Como modesto professor, advogado, cidadão comum e além disso branco, sinto-me discriminado e cada vez com menos espaço nesta sociedade, em terra de castas e privilégios, deste governo.
 
 

 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

62 Comentários

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  1. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
     
    Acho

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

     

    Acho que não aprendeu nada no banco de escola. E isto ai se diz professor.

    Só se for professor de racismo, homofobia, elitismo.

    Qualquer politica pública que busque a ajustar erros do passado que pesam sobre cidadãos descendentes dos prejudicados por este mesmo erros (claramente os negros, indios …) tem seu mérito. 

    O que não é justo uma pessoa por ter nascido negra, tenha que carregar, ela  e seus descendentes a falta de oportunidades pela eternidade.

    Trabalho em uma multinacional e ao levantar a cabeça da minha baia, não vejo a diversidade da população brasileira representada.

    Dizer que branco é prejudicado no Brasil é de um primarismo absurdo, ainda mais quando vem da boca de um professor, que já começa a questionar a idoneidade. 

    Todas as estatísticas comprovam que o negro recebe menos, tem menos oportunidades …

    Professor volta pra o banco da escola para ver se aprende alguma coisa.

     

  2. Esse veio direto do Império para o século XXI

    Eh tão reacionario e totalmente obtuso que fico abismada de saber que o tal jurista é professor em alguma instituição de ensino. Como é que vamos fazer mudar o Brasil, com essa gente agarrada à nesga dos seus derradeiros privilégios de “brancos, heterossexuais, homens de bens da TFP brasileira “? 

    O artigo é um amontoado de preconceito, rancor, racismo, homofobia, machismo e prega sem pudor uma ideologia supremacista. 

    Acho que o caso desse senhor, ja vimos o carnaval que foi quando seu nome apareceu na escolha para o Supremo, por parte Temer (agora diz “deste governo”), é caso para psicanalise urgente. 

  3. Ele não passaria num concurso
    Ele não passaria num concurso para ser humano. De fato, Gandra forneceu a prova de que está acima ou abaixo da nossa espécie.

  4. Ives Gandra não passaria num

    Ives Gandra não passaria num concurso para ser humano. De fato, ele forneceu a prova de que está acima ou abaixo da nossa espécie, pois ignora o fato de que negros, gays e suspeitos pobres são assassinados todos os dias pela PM enquanto ele vive uma vida segura e confortavel.

  5. vade retro!

    Esse aí é pai do presidente do Tribunal Superior do Trabalho, aquele que é contra os direitos trabalhistas e acha justíssimo que uma indenização por danos morais seja proporcional à renda de quem sofreu tais danos, pois se um pobre ganhar por danos morais o mesmo que um coitado como ele (branco, heterossexual, advogado e privilegiado) ganharia, ia ser como “ganhar na loteria”. Ele também é irmão daquele ex-pianista, João Carlos Martins, que foi secretário de Cultura de Maluf algumas vezes.   

    O assustador não é que haja gente com essa mentalidade. Quase todos nós conhecemos alguém assim.  O assustador é o fato dessa gente agora se sentir tão à vontade pra vomitar sua bílis e pressionar contra os poucos direitos conquistados pelas minorias e pelas maiorias (os trabalhadores).

  6. Como não? Faz parte da elite branca. do grupo dos hipócritas

    cínicos, golpistas, tucanos, juristas da injustissa brasileira e outros grupos de tolos que não me lembro mais

  7. Ele é um representante real

    Ele é um representante real do que vivemos hoje no Brasil. A imbecilidade impera e pior, ainda tem espaço na nossa sociedade. Tempos dificeis, mais vai passar. 

  8. “Sinto-me discriminado e cada

    “Sinto-me discriminado e cada vez com menos espaço nesta sociedade, em terra de castas e privilégios, deste governo”

    Este governo que o Sr. ajudou a colocar lá há mais de um ano através de um golpe de Estado jurídico-midiático-parlamentar.

    Lendo as palavras desse golpista sem noção dizendo que tem dificuldades para encontrar espaço na sociedade, lembro-me do hilário Prof. Hariovaldo Almeida Prado.

    Parece o próprio falando…

    http://hariovaldo.cartacapital.com.br/site/

  9. POIS ENTÃO…

    Sou branco, honesto, eleitor, com curso superior, hetero, contribuinte. 

    Sabe quantas vezes sofri discriminação ?????????

    NUNCA…NUNCA…NUNCA.

    Professor Ives Gandra, vossa senhoria vive aqui no Brasil mesmo?????

  10. Quem sabe ele quer trocar sua

    Quem sabe ele quer trocar sua vida pela de alguém que tenha NIS? Onde estudou? Quem financiou seus estudos? Por que só ele pode receber benefícios do Estado?

  11. Ives Nazista Gandra

    A Polonia e a Ucrania estao recebendo nazistas. Se voce tiver pedigree branco eles o receberao de bracos abertos. Vade retro satanaz.

  12. “Anda, Acorda, Desperta, Se Dormes”

    Nassif: se não for muito trabalho, diga ao Dr. Gandra que a melhor maneira de viver neste Pais é deixando de ser grilero latifundiário, de tomar terra dos índios e de pequenos posseiros, de ser empresário safado, militar golpista e político corrupto, de permitir que negros e outras minorias discriminadas socialmente possam também participar do Brasil dele, branco e ariano.

  13. Carne podre

    Fico imaginando o que se passa na cabeça de tanta gente que cria maneiras de odiar o que lhe é desagradável a ponto de não suportar a convivência.

    Essa família Gandra martins, pelo jeito, anda muito incomodada com as compensações justas adotadas nas últimas décadas.

    Ainda mais esse “modesto professor”, como ele se autodenomina, que é advogado de inúmeras empresas visando evitar que elas paguem tributos, afinal é a especialidade dele, direito tributário.

    Basta consultar sites como o do STJ. Ao lado das empresas, ex-consultor jurídico da Associação Comercial de SP, e quase sempre atuando contra a União ou Estados, parece vir dai o ódio de Ives Gandra: o modesto professor e talvez não tão modesto assim advogado de décadas de empresários contra o Poder Público usando as brechas da lei que ele, no final, deve ter ajudado a criar, como jurista. 

    Não causa espanto ele se indignar pelas compensações pagas pelos crimes da Ditadura. Ele parece ter colaborado com o regime, tal como se vê em carta dele para o ex-presidente João Figueredo, que se pode ler no site do Arquivo Nacional (no SIAN).

  14. Tal pai tal filho

    Fica claro por que há tanta afinidade entre FHC, Gilmar Mendes e Ives Gandra – tanto pai quanto o filho. Mais: o alinhamento dos Ives Gandra com o traidor-golpista-usurpador-corrupto profissional-chefe de quadrilha, Michel Temer, é auto-explicativo.

    Mais grave do que Ives Gandra escrever ou dizer essas aberrações é saber que ele é respeitado e seguido por vários operadores do Direito.

    Não perderei meu tempo, na refutação desse tese abjeta de Ives Gandra. Cientistas Sociais e Políticos, Advogados, Procuradores e mesmos Juízes Democrtas e Progressistas farão isso com maior competência. Em breve o GGN deve publicar respostas à altura.

  15. Meu Deus!!!!
     
    Deu engulhos

    Meu Deus!!!!

     

    Deu engulhos ler tal sandice vindo de um senhor que deveria pensar a sociedade com clareza, é o horror……o horror…….

    Pobre Brasil……

  16. Alienação e arrogância

    É impressionante saber que esse texto pretensamente irônico saiu da cabeça de uma pessoa com formação universitária. Ele parece não viver em país com tantas injustças sociais sobre a população em geral (brancos, negros, gays,. etc.) e com tanta corrupção (o escândalo Pau Brasil por exemplo. Haja alienação e arrogância.

     

  17. 2013?

    Esse trem aí não é de 2013?

    12/11/2013 11:08 am

    Não Sou: – Nem Negro, Nem Homossexual, Nem Índio, Nem Assaltante, Nem Guerrilheiro, Nem Invasor De Terras. Como faço para viver no Brasil nos dias atuais?

    http://blog.opovo.com.br/portugalsempassaporte/nao-sou-nem-negro-nem-homossexual-nem-indio-nem-assaltante-nem-guerrilheiro-nem-invasor-de-terras-como-faco-para-viver-no-brasil-nos-dias-atuais/

  18. Artigo dele na Folha em 1987

    Em artigo na Folha, de 19 de novembro de 1987 (http://acervo.folha.uol.com.br/fsp/1987/11/19/2//4165868) cujo título é A Admirável Estratégia da Esquerda, Ives Gandra chega a dizer algumas pérolas.

    Já na época, há 30 anos, ele se dizia “sou um velho e modesto pensador liberal”…

    “A esquerda brasileira é hoje o Estado nacional”

    “Os esquerdistas traçaram um plano para a conquista do poder e o executaram”. (kkk)

    “As pessoas que me conhecem sabem que eu não sou pessoa de esquerda ou de direita” (kkkkkkkkkkkkk)

    “O pequeno grupo que domina a Constituinte elegerá o primeiro-ministro … com controle excessivo do mercado, preconceitos quanto ao capital estrangeiro…”

    “Que ninguém se iluda. A esquerda já conquistou o Poder.”

    “Sou pessimista sobre o futuro do Brasil”

    Ou seja, parece que ele já era gagá há 30 anos.

  19. Injustiçado

    Como é um “cidadão branco”, realmente, não tem como ser Negro ou Índio. As demais opções dependem do desejo da escolha.

  20. Recuso-me a comentar um

    Recuso-me a comentar um artigo tão infame como esse. Assim, fixo-me na pessoa desse jurista que, não por coincidência, é pai daquele juiz do trabalho de mesmo nome que afirmou ser necessário reduzir direitos para garantir empregos. Ambos são da Opus Dei, que por si só já diz alguma coisa.

    Como se vê, a genética aí falou mais forte. 

    Hoje questionei no FB as razões do Jair Bolsonaro ser tão bem aceito no eleitorado mais jovem. Uma das explicações é essa onda avassaladora de conservadorismo e reacionarismo que impesta todas as mídias; máxime nas redes sociais e no You Tube. E as matrizes estão nesse tipo de formador de reacionários-idiotas que são contra tudo que ao menos cheire progresso e civilização. 

    Acredito que antes da morte chegar, que espero demorar muito ainda, esse senhor se arrependa de ter escrito o mais desonesto e canalha texto jamais escrito nesses últimos tempos. 

    Sinto-me deveras mal em coabitar o mesmo chão com um desatinado da espécie que nem o passar dos anos o faz mais sábio, e sim mais insipiente.

  21. Canalha

    Ao ler o que o pai pensa, a gente vê porque o filho é um bosta demente.

    Esse canalha está dizendo que o poder no Brasil está nas mãos de gays, negros, índios e MST, não na mão de vagabundos da laia dele…

    Precisa ser um verme completo para dar tais declarações!

  22. Deixa que eu respondo

    Não precisa fazer nada , não , meu querido , além de continuar com teu rabo folgosamente sentado na tua poltrona , desfrutando das reuniões da maçonaria , da opus dei , e comentando com teus pares ao saborear teu JAck Daniels como o Brasil esta decadente com essa negrada , ou com esse monte de viado , e como era bom na tua época de juventude .  Isso é claro é a maquiagem social .

    Mas a gente sabe que o que verdadeiramente te incomoda não são essas questões morais. É sim sentir que aquela guilda medieval hereditária da qual você é dono , aqueles clientes do teu escritório que te procuram por que você conhece fulano ou ciclano no governo e te pagam umas gordas gorjetas , perigas de não aparecerem mais por lá se tua turma não conseguir alcançar o planalto ou o governo do estado em 2018 .

  23. Burrice tem cura?

    É tamanha a babaquice desse “elemento” que causa asco. É uma pena que ainda não exista vacina contra a burrice, a estupidez e a desfaçatez!

  24. Burrice tem cura?

    É tamanha a babaquice desse “elemento” que causa asco. É uma pena que ainda não exista vacina contra a burrice, a estupidez e a desfaçatez!

  25. Burrice tem cura?

    É tamanha a babaquice desse “elemento” que causa asco. É uma pena que ainda não exista vacina contra a burrice, a estupidez e a desfaçatez!

  26. Jurista sente-se injustiçado por não ser “negro, gay, assaltante

    Caro professor, ainda é tempo de se redimir.

    Entregue sua fortuna aos índios, solte a franga, fume uns baseados e vá à vida, digamos.

    O tempo corre a seu favor mas não titubeie.

    Quem sabe uma operação para a transsexualidade libere essa alminha oprimida  ?

  27. Se Gandra tivesse nascido na

    Se Gandra tivesse nascido na Alemanha nazista, certamente teria comandado um campo de extermínio. É um bolsonaro com título acadêmico. 

  28. Fala, Mouro!
    Diante da “manada” de comentários desabonadores da cavalgadura engravatada, cá estou eu, ansiosamente, aguardando o parecer equilibrado (ou equilibrista) do poliânico dono do blogue.

  29. devagarinho

    eles colocam as manguinhas prá fora. A inteligência dele é assustadora: já conseguiu perceber que o país admite cada vez menos a existência de gente como ele. Tendo recursos, ele pode mudar-se para Miami. Prometemos não chorar sua ausência, tardia.

  30. ives Gandra da Silva Martins

    ives Gandra da Silva Martins é irmão de João carlos martins pianista, um grande sujeito e filho de operários…origem huimilde e conservador por opção: OPUS DEI puro

  31. Ali a cadeira entrará, o rabo caberá e todo vosso senhorio.

    Quando este fariseu for tomar a Barca, o Capiroto saberá recebê-lo com as honras devidas.

    .
    FIDALGO
    Não sei porque negais entrada
    À minha senhoria…

    ANJO
    Para a vossa fantasia (vaidade)
    Muito pequena é esta barca.

    FIDALGO
    Para senhor de bom nome,
    Não há aqui mais cortesia?
    Venha a prancha e atavio! (a prancha e apetrechos para se subir para o barco)
    Levai-me desta ribeira!

    ANJO
    Não vindes cá a pensar
    De entrar neste navio.
    Aquele ali vai mais vazio.
    Ali a cadeira entrará,
    O rabo caberá
    E todo vosso senhorio.
    Ireis ali mais espaçoso,
    Vossa fumosa senhoria, (arrogante)
    A pensar na vossa tirania
    Contra o pobre povo queixoso.
    E porque, de generoso,
    Desprezaste os pequenos,
    Achar-vos-ei tanto menos
    Quanto mais foste fumoso. (arrogante)

    Gil Vicente

  32. Tem gente que vive chorando de barriga cheia
    Menos de 450 mil índios brasileiros passaram a ser donos de mais de 15% de todo o território nacional, enquanto os 85% restantes do território nacional pertencem aos latifundiários, que não chegam a constituir nem 1% sequer da população. Esse asqueroso tá chorando de barriga cheia. Se fosse negro, estaria na prisão, caso já não tivesse sido eliminado numa favela. Se fosse homossexual teria sido agredido publicamente só por ser homossexual. Essa barata descascada merece ser pulverizada com baygon.

  33. O preconceito estrutural
    O preconceito estrutural nessa pessoa é fichinha, é ele faz parte da oligarquia e representa boa parte dela se não toda, este é um dos motivos por estarmos nesta merda.

  34. Ives Gandra, o Danuza Leão de cueca

    Danuza Leão, a Ives Gandra de calcinha

     

    “Ir a Nova York já teve sua graça, mas, agora, o porteiro do prédio também pode ir, então qual a graça?” – Danuza Leão

     

    “Em Tóquio, presidentes de empresas varrem a calçada das ruas onde moram. Em Manhattan, banqueiros usam o metrô para ir ao trabalho. Em Berlim, cada vez mais, os ricos rejeitam ser proprietários. Em Paris, o que distingue a elite é o conhecimento. No Brasil, no entanto, aqueles que estão no topo da pirâmide precisam ser diferentes, especiais, exclusivos, aristocráticos. Prova disso é o artigo de Danuza Leão, publicado neste domingo, na Folha de S. Paulo. Ela afirma que ser rico perdeu a graça, porque hoje, numa ida a Paris ou Nova York, periga-se dar de cara com o porteiro do seu prédio. Resumindo, o que a elite brasileira mais deseja é a desigualdade ou a volta aos tempos de casa grande e senzala”.

    https://www.brasil247.com/pt/247/cultura/86189/Danuza-lamenta-que-todos-possam-ir-a-Paris-ou-NY.htm

     

    Qual é a graça em ser rico, branco e discriminador, se as minorias discriminadas não são mais detentoras apenas de deveres, mas também de direitos?

     

    “Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar – se possível – judeus, o gentio… negros… brancos.

    Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo – não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.

    O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens… levantou no mundo as muralhas do ódio… e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.

    A aviação e o rádio aproximaram-nos muito mais. A própria natureza dessas coisas é um apelo eloqüente à bondade do homem… um apelo à fraternidade universal… à união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhares de pessoas pelo mundo afora… milhões de desesperados, homens, mulheres, criancinhas… vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que me podem ouvir eu digo: “Não desespereis! A DESGRAÇA QUE TEM CAÍDO SOBRE NÓS NÃO É MAIS DO QUE O PRODUTO DA COBIÇA EM AGONIA… da amargura de HOMENS QUE TEMEM O AVANÇO DO PROGRESSO HUMANO (E DA IGUALDADE). Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. E assim, enquanto morrem homens, a liberdade nunca perecerá….” – Charles Chaplin

  35. Diga-nos

    sr Yves,

    Diga-nos quanto ganhou todos estes anos com os seus pareceres juridicos para atender  empresas.

    Quanto ganhou com os seus cursos ( que cheguei a frequentar pago pela empresa, deixo claro).

    O sr é homem muito rico!!! Riquissimo!!!

    Não é um coitadinho!!!!

     

  36. Eu também acho justo tratar igualmente os desiguais

    Tem que se tratar igualmente os desiguais. Você tem que botar o Usain Bolt e o Roberto Carlos para disputar uma corrida, saindo ambos da mesma linha de partida e ao mesmo tempo. Isso é ‘justiça’.

  37. Resposta à pergunta:

     “Não Sou: – Nem Negro, Nem Homossexual, Nem Índio, Nem Assaltante, Nem Guerrilheiro, Nem Invasor De Terras. Como faço para viver no Brasil nos dias atuais? Na …verdade eu sou branco, honesto, professor, advogado, contribuinte, eleitor, hétero… E tudo isso para quê?”

    R: Negro e indígena realmente não há como v. Sa. ser, quanto às demais coisas (homossexual, assaltante, guerrilheiro, invasor de terras) é uma questão de opção, ainda dá tempo de restaurar essa injustiça e gozar dos benefícios que os assaltantes, guerrilheiros, invasor de terras e homossexual gozam. 

     

    1. Ser gay não é opção
      Homossexualidade é instintiva, tem origem epigenetica e hormonal, e nao há como a pessoa deixar de ser. Ives Gandra além de desinformado é profundamente e vergonhosamente preconceituoso para alguém que teve a oportunidade de estudar. Ele merece um filho gay e uma filha casada com um negro pra ver se abaixa este ego descontrolado dele.

  38. Igualdade
    Usando um exemplo aqui mencionado, quando temos duas pessoas com o objetivo de disputar uma corrida, onde um corredor A vive em prol do seu objetivo atravessando várias dificuldades e o B que apenas tem vontade mas não faz nada para isso. O que o governo tem feito é colocar o corredor B a um passo da linha de chegada. Este exemplo se encaixa nas cotas onde ao invés de garantir a entrada na universidade, deveria ser garantido uma educação de qualidade afim de promover uma disputa justa no vestibular. Não podemos considerar uma política social igualitária quando não oferecemos a todos sem exceção as mesmas condições.

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