Taxas de juros para crédito sobem pela quinta vez no ano

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Cenário econômico influencia aumento das taxas, diz pesquisa

Jornal GGN – As taxas de juros das operações de crédito voltaram a avançar em maio, sendo a quinta elevação do ano e a vigésima consecutiva, de acordo com levantamento elaborado pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

Na avaliação do crédito para pessoa física, três das seis linhas pesquisadas tiveram as taxas ajustadas no mês (juros do comércio, cartão de crédito rotativo e cheque especial), enquanto três delas tiveram suas taxas de juros reduzidas no mês (CDC-bancos-financiamento de veículos, empréstimo pessoal-bancos e empréstimo pessoal-financeiras).

A taxa de juros média geral para pessoa física subiu 0,01 ponto percentual no mês (0,28 ponto percentual no ano), correspondente a uma elevação de 0,13% no mês (0,19% em doze meses), passando de 7,95% ao mês (150,42% ao ano) em abril de 2016 para 7,96% ao mês (150,70% ao ano) em maio de 2016, sendo esta a maior taxa de juros desde novembro de 2003.

No caso das pessoas jurídicas, as três linhas de crédito pesquisadas sofreram elevação. A taxa de juros média geral para pessoa jurídica cresceu 0,04 ponto percentual no mês (0,79 ponto percentual em 12 meses), que corresponde a uma elevação de 0,87% no mês (1,11% em 12 meses), passando de 4,58% ao mês (71,15% ao ano) em abril de 2016 para 4,62% ao mês (71,94% ao ano) em maio de 2016.

Quando consideradas as elevações da taxa básica de juros (Selic) efetuadas desde março de 2013, houve um aumento de 7 pontos percentuais (elevação de 96,55%) de março de 2013 a maio de 2016, e de 7,25% ao ano em março de 2013 para 14,25% ao ano em maio de 2016.

Neste período, a taxa de juros média para pessoa física subiu 62,73 pontos percentuais (aumento de 71,31%), passando de 87,97% ao ano em março de 2013 para 150,70% ao ano em maio de 2016. Nas operações de crédito para pessoa jurídica houve uma crescimento de 28,36 pontos percentuais (aumento de 65,08%), passando de 43,58% ao ano em março de 2013 para 71,94% ao ano em maio de 2016.

Em nota, o diretor executivo de estudos e pesquisas econômicas da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, os aumentos podem ser atribuídos ao cenário econômico que eleva o risco do crescimento nos índices de inadimplência. “Este cenário se baseia no fato de os índices de inflação mais elevados, aumento de impostos e juros maiores reduzirem a renda das famílias”.

Segundo Oliveira, se agrega ao cenário a recessão econômica que deve influenciar no crescimento dos índices de desemprego. Como as expectativas para 2016 são negativas, isso leva as instituições financeiras a aumentarem as taxas de juros para compensar prováveis perdas com a elevação da inadimplência.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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