
A maioria dos eleitores brasileiros (68%) afirma que não vai participar na campanha de seu candidato a presidente da República no segundo turno das eleições gerais de 2022, contra uma minoria de 23% que pretende participar ativamente.
Entre os eleitores de Lula, 73% afirmam que não vão usar adesivos em veículos e outros locais, não vão carregar bandeiras, nem militar nas redes sociais ou comparecer a eventos da campanha. Apenas 26% dos eleitores de Lula pensam em expressar publicamente o desejo pela vitória do petista em 30 de outubro.
Já entre os eleitores de Bolsonaro, 59% dos eleitores afirmam que não pretendem ajudar na campanha de reeleição, enquanto 41% dizem que terão participação ativa.
Isso significa, portanto, que o eleitorado de Bolsonaro está mais engajado que o de Lula no segundo turno.
Os dados foram levantados pelo instituto Ipespe em pesquisa encomendada pela Abrapel (Associação Brasileira de Pesquisadores Eleitorais), divulgada na terça-feira 11, faltando 19 dias para o segundo turno.

Medo de violência
O índice de reclusão no eleitorado de Lula (73%) está acima da média geral (68%). Um fator que pode explicar, em parte, a não aderência à campanha petista, é o medo gerado a partir do discurso de ódio e pela violência física praticada pelos bolsonaristas.
Há casos que ganharam projeção nacional, como o assassinato do petista Marcelo Arruda no Paraná, porque ele fez uma festa de aniversário com decoração remetendo a Lula. Em Mato Grosso, um trabalhador foi assassinado a golpes de machadada após declarar voto em Lula. E no Rio Grande do Sul, um bolsonarista bateu de propósito em um carro com adesivos do PT, perdeu o controle em fuga da política e acabou morrendo após se acidentar.
A pesquisa Ipespe mostra Lula com 54% dos votos válidos, contra 46% de Bolsonaro, e ouviu 1.100 pessoas entre 8 e 10 de outubro e tem margem de erro de 3 pontos percentuais. Foi registrada no TSE sob o número BR-01120/2022.

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