A perda de conforto “natural” do Metrô

Para o Metrô Paulista, é natural:

OUTRO LADO

Menor conforto é tendência natural, afirma estatal

O Metrô afirma que a situação da linha 2-verde será a primeira a melhorar com os investimentos para reduzir os intervalos entre os trens, aumentando a oferta.

Considera, porém, que a lotação dela é um resultado natural do aumento de sua utilidade -e que a prioridade é oferecer um transporte rápido para mais gente.

“Ela era uma linha confortável, mas com utilidade pequena, porque ia a poucos lugares. Com a extensão, está servindo a muito mais gente. A tendência natural é que seu nível de conforto diminua”, afirma Sérgio Aveleda, presidente do Metrô.

“Não dava para imaginar que iria chegar à Vila Prudente e à Vila Madalena e que seu nível de conforto iria continuar igual. É natural que mais pessoas utilizem a linha. Natural, bom, necessário e aconselhável”, diz.

Aveleda afirma que “ninguém faz linha de metrô para transportar oito por m2” -um desconforto extremo que já ocorre nas linhas 1-azul e 3-vermelha e que, acima disso, diz a estatal, significa que há espera na plataforma.

A estatal implanta uma sinalização que permite maior aproximação entre os trens e menor intervalo, mas o sistema ainda está em teste.

Aveleda diz que mesmo os passageiros de classe média não tendem a se afastar por causa da lotação. Primeiro por considerar que a rapidez ainda é a prioridade, segundo porque os níveis de desconforto variam pelo mundo.
“Se for falar de seis por m2 em Barcelona, vão dizer que você é louco. Em Tóquio, podem achar que há folga. É relativo. Depende da densidade do sistema”, diz.

Ele prevê que a linha 2 vai aumentar sua demanda após a ampliação do horário das estações Vila Prudente e Tamanduateí, mas diz que, em seguida, tende a ocorrer uma redistribuição. O efeito mais visível deve ser um esvaziamento da estação Paraíso, afirma ele, onde hoje estão concentradas as baldeações para a linha 1-azul.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0702201102.htm

Luis Nassif

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