A radicalização da direita.

Em 370 a.C., Argos, na Grécia clássica resolveu acertar contas com sua aristocracia. O resultado foi um banho de sangue impressionante. O PT subiu ao poder máximo da nação em janeiro de 2003. Em que pese anos e anos de amadurecimento e de acomodação ao meio, muita gente ainda tinha medo do PT, pelo que a imprensa, de forma indireta ou nem tanto tanto falara do partido. Aí, o PT não só gostou da receptividade e se acomodou, como passou a relevar toda a peçonha jogada contra o partido pela direita, agora encastelada não mais nas fardas; mas nas togas e nas redações. E a direita não perdoou: em 2005 já estava de volta a todo o vapor a velha campanha de achincalhes. E o PT, ao contrário do que ocorreu em Argos, não acertou contas com a aristocracia. Talvez até por medo de tais acertos saírem de controle e acabar como lá acabou: quando a turba liquidou a aristocracia, voltou-se contra os seus incitadores, não importando o grau de comprometimento destes com o retorno à normalidade, também matando-os. E agora, no Brasil é a aristocracia que tenta subverter a lógica e criar um linchamento dos petistas. Ora, se não foi possível acabar com a simbologia de um único homem chamado Getúlio Vargas, imaginem acabar com uma ideia chamada PT! Mas a aristocracia busca justamente um “banho de sangue”, figurado ou nem tanto, como forma de retomar completamente o poder, inconformada com a ausência crônica em seus quadros de lideranças e consequente divisão deste mesmo poder, já que ora só conta com a Justiça, além da mídia, por inteiro. Normalmente esses embates não terminam bem porque a direita tem como esporte a caça, o prazer de matar por simples prazer. Logo, jamais se contentará enquanto suas vítimas ainda se mexerem. É preocupante.

Redação

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