Jornal GGN – A disparada na exportação do arroz pode ajudar os produtores e favorecer a balança comercial, ao mesmo tempo em que os preços no mercado interno disparam ao ponto de o governo Jair Bolsonaro considerar a importação do grão.
O governo federal divulgou nesta terça-feira (08/09) que irá liberar a importação de 400 mil toneladas de arroz de países que não integram o Mercosul, sem a incidência da Tarifa Externa Comum (TEC).
A tarifa é de 10% sobre o arroz importado adquirido de origens terceiras, e de 12% sobre o arroz beneficiado. A isenção deve ser válida até 31 de dezembro, e deve ser confirmada durante encontro do Grupo Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex / Camex), presidido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
Segundo o site Planeta Arroz, tudo indica que esse volume deve ser registrado rapidamente, uma vez que empresas brasileiras confirmaram a compra de pelo menos dois navios graneleiros e de 650 contêineres com arroz dos Estados Unidos e da Índia, enquanto outras cargas aguardam a confirmação da medida do governo federal.
A decisão foi confirmada pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, a parlamentares e integrantes do agronegócio, por conta do temor em torno do desabastecimento gerado pela ruptura da oferta doméstica e o forte aumento dos preços ao consumidor.
O deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), que preside a Frente Parlamentar da Agricultura, foi um dos primeiros a saber oficialmente da medida, e transmitiu a decisão à cadeia produtiva – vale lembrar que produtores estão preferindo vender ao exterior ante o mercado interno por conta da demanda e da alta do dólar.
Tal movimentação acontece em meio a pressão generalizada de consumidores, varejo, atacado, indústrias e tradings, já que o preço do arroz subiu mais de 100% em diversos estados brasileiros.