Enquanto o mundo convive com duas guerras em curso, com dezenas de milhares de vítimas civis, o secretário de Estado dos Estados Unidos (EUA), Antony Blinken, revelou nesta quinta-feira (7) que cerca de 90% dos fundos destinados à ajuda militar à Ucrânia ficaram, na verdade, no próprio país.
Blinken explicou que o montante foi enviado para o complexo militar-industrial do Pentágono.
“Se você olhar para os investimentos que fizemos na defesa da Ucrânia […] 90% da assistência de segurança que fornecemos foi, na verdade, gasta aqui nos Estados Unidos com a nossa manufatura, com a nossa produção”, afirmou ele em uma conferência de imprensa conjunta com o secretário dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, David Cameron.
O diplomata explicou que isso “produziu mais empregos nos EUA” e “mais crescimento” na economia do país. “Portanto, esta também foi uma situação em que todos ganham e que temos de continuar”, concluiu.
Quantidade da “ajuda”
Segundo Blinken, desde o início do conflito ucraniano, a administração Biden contribuiu com quase 70 bilhões de dólares para ajudar o governo do presidente Volodymyr Zelensky.
Neste momento, as perspectivas de mais assistência de Washington a Kiev são incertas. Esta semana, o projeto de lei dos EUA que pretendia atribuir mais de 61 bilhões de dólares à Ucrânia em ajuda foi bloqueado no Senado.
Com 49 votos a favor e 51 contra, a proposta não ultrapassou o limite de 60 votos necessários para posterior apreciação.
Na terça-feira (5), o chefe de gabinete do presidente ucraniano, Andrei Yermak, afirmou que atrasar a assistência dos EUA à Ucrânia criaria grandes riscos de Kiev perder o conflito para Moscou.
LEIA MAIS:
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
A bestialidade imperial só funciona realmente bem quando é recoberto por um discurso de missão civilizatória (Roma, impérios Britânico e Francês) ou de uma suposta superioridade moral (EUA e URSS durante a II Guerra Mundial). Sempre que um império escancara o uso da violência politicamente organizada em decorrência de sua superioridade militar e racial (Japão imperial, III Reich alemão), ambições territoriais (França de Napoleão) ou necessidades econômicas mesquinhas (EUA na atualidade), o resultado é a total perda de legitimidade interna e externa que levam à uma derrota inevitável. Os gregos chamavam isso de húbris ou hybris. A insolência arrogante, o comportamento desmedido, desregrado ou excessivo, que contraria ou desafia os deuses causará o declínio e a ruína dos EUA. Anthony Blinken fala como quem está no topo do mundo, mas na verdade ele está na beirada do abismo e a família dele pagará o preço da húbris ou hybris imperial que ele vomitou como se uma força cosmica irresistível sustentasse e apoiasse qualquer coisa que o país dele fez, faz ou pretende fazer.
Uma situação em que todos ganham? Como assim, Cara Pálida? O que ganham os mortos e feridos?