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A CPI para investigar o MST se reúne na tarde desta terça (23) para debater questões de ordem e apresentar o plano de trabalho e questões de ordem. A TVGGN transmite a reunião da comissão em tempo real. Assista pelo link abaixo e confira o que já publicamos sobre a CPI.
A CPI tem 180 dias para “investigar invasão de propriedades privadas” e crimes correlatos, incluindo o financiamento das “invasões”, a omissão de autoridades públicas, entre outros atos que possam ser tipificados.
A CPI do MST é de relatoria do ex-ministro do Meio Ambiente do governo Bolsonaro, Ricardo Salles. Em 2018, Salles pregou “tolerância zero contra o MST”, além de fazer alusões ao uso armas de fogo e munições contra o movimento, em um dos panfletos de sua campanha a deputado.
Este ano, Salles afirmou que o MST “se disfarça de ONG para encher o bolso de dinheiro”, e que o objetivo da CPI seria investigar supostas ações terroristas dos trabalhadores sem-terra, a quem ele descreve como bandidos e picaretas.
Na abertura da sessão desta terça, Salles reafirmou a intenção de colocar a proteção à propriedade privada em foco na CPI.
Além de ter Salles na relatoria, a CPI conta com a força da bancada ruralista, com 300 membros, engrossada pela bancada recorde do PL, que representa hoje 58% da composição total da Câmara.
Salles já antecipou que a CPI do MST pretende convocar os líderes do movimento para depor e, depois, que “irá fazer o caminho do dinheiro”, a fim de identificar os “financiadores” do movimento.
O relator defende ainda a discussão sobre a regularização fundiária do País, para tratar questões como terras indígenas, unidades de conservação, assentamento do Incra, entre outros.
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