Banquete em SP, por Rui Daher

Pequeno, ínfimo, desprotegido do Poder Maior, pouco contestado pelas forças oponentes, acovardo-me. Desculpem-me. Eles e suas hienas jurídicas ganham para processar quem defende a democracia.

Banquete em SP, por Rui Daher

Sim, conforme os últimos artigos de Luís Nassif, neste GGN, posso entender, o que bem intuí quando da nomeação de KKKKKKássio Nunes ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Abertura para cultos, dízimos e pandemia, tudo o exigido pelo Regente Insano Primeiro (RIP), é apenas o primeiro ato da tragédia.

O pior da democracia, se dela gostam, está por vir quando da nomeação pelo tresloucado ex-cabo, tenente, capitão – tanto faz, político de peso nunca foi – nomear os novos membros do STF, em substituição aos que deverão se aposentar. Esperem e temam.

Serão obscuros apaniguados, evangélicos, párias da cultura jurídica e humanística, a reverter aquilo que admiráveis intelectuais juristas, embora subjugados pela cilada Lava-Jato, deixaram escorrer um país pelo ralo da legalidade constitucional.

Até aqui, e após significante retardo, a mais alta instância do Poder Judiciário somente agora entendeu o quanto foi ludibriada pelo Acordo Secular de Elites. Não que faça parte dele, mas as aparências enganam. “O Cruzeiro (1948-1961), Péricles (1924-1961)”

Hoje volto (? Nem soube se por aqui estive nesses dias) aqui com outra percepção, menos triste, menos contundente, como as de Mano Brown e Racionais, Rappin’ Wood, Criolo, Sabotage, outros do Beco do Batman, em São Paulo.

Corte rápido e envergonhado: os empresários paulistas que, nesta semana, compareceram ao jantar oferecido por gangue esperançosa e voluptuosa às políticas neoliberalista e privatista de Paulo Guedes e Jair Bolsonaro, como se um dos dois entendessem o que isso significa hoje no planeta.

Quem são os empresários que ovacionaram Bolsonaro em jantar – CartaCapital

Conheço o perfil da maioria deles. Por profissão e empregado próximo às suas histórias, em 35 anos de convivência e observação crítica, de muitos poderia contar como e por que chegaram aos champanhes que acompanharam o banquete em mansão dos Jardins do gueto paulistano.   

Pequeno, ínfimo, desprotegido do Poder Maior, pouco contestado pelas forças oponentes, acovardo-me. Desculpem-me. Eles e suas hienas jurídicas ganham para processar quem defende a democracia.

Fosse apenas a mim, enfrento com prazer e meu assassino em série Harmônica (ver “Era uma vez no Oeste”, de Sergio Leone, o personagem interpretado por Charles Bronson).

Poderia ir além. Impossível não citar um deles. Quem lá presente o dono da CNN Brasil, que se aproveitou de seus empregados, contratados com salários acima dos pagos pela Rede Globo, assim que os Marinho perceberam a roubada Jair Bolsonaro.

A CNN surgiu com os interesses dos norte-americanos para se contrapor à Globo News, sem a menor expertise da Globo.

Não deixarei os cretinos que lá ovacionaram Jair. Promessa de vida, um a um. Para não comprometer GGN e CartaCapital, que benevolamente me aguentam, o farei pelo Facebook.

Se pancadas e processos vierem não comprometerei nenhum amigo. Será apenas a minha opinião jornalística. 

Nestor, Pestana e (K)Everaldo, NPK, obtiveram permissão do Dr. Mark.

Inté!

Redação

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