Bolsonaro corrompe a máquina pública com ideologia e projetos pessoais

Cientista político e repórter da Folha vê espaços públicos aparelhados em favor de projetos pessoais no Itamaraty, TV Brasil e Fundação Palmares

Foto: RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLE

Jornal GGN – Cientista político pela Universidade de Columbia, Bruno Boghossian assina na Folha de S. Paulo desta quinta (15) um artigo em que critica o aparelhamento da máquina pública pelo bolsonarismo. Segundo ele, os espaços do governo não servem mais ao interesse do povo, mas a projetos pessoais e ideológicos de Jair Bolsonaro.

O autor citou como exemplos mais recentes o uso do Itamaraty, da TV Brasil e da Fundação Palmares para propagar ideologias de extrema-direita e favoráveis ao governo, sem nenhuma participação de especialistas ou qualquer preocupação com assuntos técnicos.

“Em vez de atender ao interesse público, a máquina federal é explorada pelo governo para servir às ambições políticas de Jair Bolsonaro. A desinformação e o personalismo ocuparam uma estrutura que opera a serviço de uma agenda ideológica e de projetos particulares”, escreveu.

“O momento em que o narrador da TV Brasil mandou um abraço para Bolsonaro durante a transmissão de Peru x Brasil, na terça (13), é um sintoma do uso dessas engrenagens”, afirmou o jornalista.

Para ele, “esses abusos têm a mesma natureza do aparelhamento que trata espaços públicos como plataformas de um grupo específico”, caso é o caso da Fundação Palmares, que passou a excluir de sua galeria de personalidades negras, figuras negras identificadas com a “esquerda”, como Marina Silva e Benedita da Silva.

“É natural que políticas públicas sejam desenhadas de acordo com as visões de quem está no poder. Afinal, governantes são eleitos justamente para implantar suas ideias. A corrupção desse princípio ocorre, no entanto, quando dinheiro público e servidores são desviados para satisfazer vontades políticas”, assinalou.

Redação

1 Comentário

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  1. A coisa está tão feia no governo que transformou a nota de Lobo Guará em supositório de CUrrupto, que nem o sobrinho Bolsonaro quer mais assumir. O jornal O Tempo (MG) querendo passar pano, onde deveria usar papel higiênico, chama o Léo Índio que já recebeu mais de 400.000 no gabinete do senador do dinheiro sujo de fezes de ex-sobrinho. Fora o fim da CUrrupção, o voador-paraquedista acaba com o parentesco.

    Ex-sobrinho de Bolsonaro é assessor de Chico Rodrigues, do dinheiro na cueca
    Léo Índio é filho da irmã de Rogéria Nantes, ex-mulher de Jair e mãe dos três filhos mais velhos do presidente.

    https://www.otempo.com.br/politica/ex-sobrinho-de-bolsonaro-e-assessor-de-chico-rodrigues-do-dinheiro-na-cueca-1.2399205

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