Bolsonaro nomeia olavistas para Conselho Nacional de Educação

Nomeações acenam para os grupos ideológicos que apoiam presidente, para insatisfação dos representantes da área educacional

Jornal GGN – O presidente Jair Bolsonaro nomeou novos integrantes para o Conselho Nacional da Educação (CNE). Entre os escolhidos, um dono de universidade, um ministro do Superior Tribunal Militar e um aluno de Olavo de Carvalho.

Dentre os integrantes da Câmara de Educação Básica, estão o olavista e ex-assessor do MEC Tiago Tondinelli; a diretora do sistema Batista de Educação, Valseni Braga; o professor de história da UEL (Universidade Estadual de Londrina) Gabriel Giannattasio, além de William Ferreira da Cunha, que faz parte da secretaria de Alfabetização do MEC, comandada pelo olavista Carlos Nadalim.

Na Câmara de Educação Superior, Bolsonaro escolheu um dos cotados para o MEC: o reitor da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), Aristides Cimadon. Outros nomes incluem o dono da Unicesumar, Wilson de Matos Silva, o ministro do Superior Tribunal Militar José Barroso Filho, e o professor da UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) Anderson Luiz Bezerra da Silveira.

Após a divulgação dos nomes, a Consed (Conselho Nacional de Secretários da Educação) e a Undime (União dos Dirigentes Municipais de Educação) divulgaram nota conjunta repudiando os critérios usados na seleção dos nomes, e que os nomes indicados pelas organizações foram ignorados.

“O CNE é um órgão de Estado e não de um governo. Enquanto instituição máxima da Educação, para ter respeitabilidade, legitimidade e autenticidade em suas decisões, deveria ter o mínimo de uma representação das redes públicas estaduais e municipais, responsáveis por mais de 80% de todas as matrículas da Educação Básica do País e mais de 40 milhões de estudantes”, diz o comunicado.

“Ademais, neste momento em que o país se encontra às voltas com a expectativa pela nomeação de um novo ministro da Educação, quando diálogo, reconhecimento e respeito mútuos são valores essenciais para nossa relação com o MEC, desconsiderar as sugestões dos gestores da educação pública de todo o país para a composição de um colegiado tão importante como o CNE transmite uma mensagem negativa e preocupante”, ressaltam as entidades. As informações são do jornal Folha de São Paulo.

 

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Redação

1 Comentário

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  1. MEC virando uma fábrica de asnos. Pobre país.
    Urge impedir este insano e seus parças antes que empocalhem ainda mais as instituições.

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