Cartas de Adélio Bispo mostram “estado delirante” e enfraquecem discurso de Bolsonaro sobre a facada

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Nas cartas de Adélio, Bolsonaro é o "anticristo" e a maçonaria está por trás de sua prisão

A revista Veja publicou nesta sexta (24) uma reportagem exibindo trechos de cartas inéditas escritas por Adélio Bisco na prisão. O homem esfaqueou Jair Bolsonaro na eleição de 2018, influenciando os rumos da disputa presidencial. Segundo a publicação, as cartas mostram o “estado delirante” em que Adélio se encontra e enfraquecem a tese bolsonarista de que o crime foi encomendado e os mandates, nunca encontrados.

Nas cartas de Adélio, Bolsonaro é o “anticristo” e a maçonaria está por trás de sua prisão. Em determinado trecho, chama atenção a referência que ele faz às entrevistas negadas à imprensa. Até hoje, Adélio não conseguiu falar publicamente sobre o caso.

“O mundo tem buscado respostas e os meus advogados os protegem [os agentes que querem Adélio preso] e eu to aqui por causa deles e dos promotores que impediram a entrevista são maçons, assim como do Dalhanhol [sic]”, escreveu Adélio, referindo-se ao ex-procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol.

Veja consultou um psiquiatra forense e afirmou que as cartas de Adélio revelam “estado delirante e alto grau de desagregação do curso do pensamento, algo típico de casos severos da doença” mental.

Adélio está preso na penitenciária de Campo Grande desde setembro de 2018, aguardando transferência para um local que esteja de acordo com a decisão que o considerou inimputável pela facada, graças aos problemas mentais. Neste mês, aniversário de três anos da facada, Adélio deveria passar por nova bateria de exames.

CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL

A Polícia já concluiu inquérito apontando que Adélio agiu sozinho, baseado em convicções formadas em sua cabeça doentia. Porém, o clã Bolsonaro usa o caso para criar teorias da conspiração e atribuir à esquerda a autoria do atentado.

Uma outra linha de investigação ainda vai analisar a quebra do sigilo do advogado de Adélio. Enquanto o caso não é encerrado, o bolsonarismo propaga informações falsas.

Para a revista, as cartas delirantes de Adélio são mais uma prova de que o homem foi movido por vozes de sua cabeça e mais ninguém.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

8 Comentários

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  1. Se foi a revista veja que publicou a reportagem então foi manipulada para o seu bel prazer,não se confia em nada que a mídia escreve pois está contaminada.

  2. O Adélio não tem transtorno mental. É apenas um militante fanático da esquerda , que por desespero agiu assim. Estou doído p sair do manicômio judiciário. Por que haviam 3 advogados de prontidão para defendê-lo? Muito mal explicado. Sou profissional da saúde mental especialista e pós graduada. Nunca vi um caso desses. Muito mal explicado.

  3. Tem muita gente louca então, Cabo Daciolo é um que fala na maconaria, luminates ordem mundial. Temos varios loucos na politica do pais.

  4. Como cidadão só queria saber : 1 Quem foi o congressista que teve uma visita marcada no dia em Brasília ?
    2 Quem pagou os advogados dele ? Os caras só queriam a promoção ? Seria um pro bono indevido , não ?

    Eu realmente espero que ninguém realmente teve essa ideia de jerico de um atentando pois deu no que deu.

  5. Quando o Presidente diz que “5G é usado para espionagem” e que “urnas são passível de fraude”, ele está correto mas não sabe como apontar evidência. Eu sei e fornecerei um método experimental para que a Polícia Federal possa se convencer disso. Porém, não somente urnas, mas todos os computadores e celulares (os da União inclusos) são passíveis de interferência e não é apenas o 5G que é responsável por espionagem eletromagnética, mas silicon trojans (BadBIOS) implantados nas torres desde o 2G. Isso permite não só controlar os silicon trojans nós processadores, mas também é usado para causar a Síndrome de Havana que atinge pessoas pelo mundo (além de outros tipos de ataques com microondas).

    O modo de espionagem sendo usado para manipular pessoas como o Adélio Bispo a cometer crimes é usado no Brasil por um grupo também responsável por sites de ódio como “Dogolachan” e mercados de drogas como “Nightmare Market”. Porém eles são apenas usuários do sistema de espionagem, que também é usado internacionalmente. A tecnologia é americana mas não governamental. Como os dados obtidos com essa espionagem também abastece serviços automatizados de recomendação de propagandas e conteúdo (outro método de gerar dinheiro para eles), há uma abertura para demonstrar que sistemas não conectados a internet estão vazando informações através dessa espionagem eletromagnética.

    Quando uma empresa como o NSO Group oferece o Pegasus, eles fazem uma demonstração para que fique claro que conseguem acessar dispositivos celulares. O que estou oferecendo é um modo de demonstrar a ocorrência de espionagem eletromagnética que obtém dados de todos os computadores de modo contínuo. Uma vez evidenciado isso, indícios dos crimes facilitados por essa espionagem ficarão crediveis.

    O caso exige atenção não só pelos crimes cometidos no passado, mas pelos que ainda estão por vir.

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