Jornal GGN – O Brasil aparece entre os países que registra o maior volume de saída de mão de obra qualificada no mundo, sendo superado apenas pela Venezuela. Além de pessoas, o país tem registrado fuga de investimentos através da saída de dólares, e mesmo do respeito das autoridades pelas instituições.
Em artigo publicado no portal UOL, Jamil Chade repercute alguns dados que preocupa quem tem o futuro do Brasil como foco. Estudo recentemente publicado pela entidade suíça IMD mostra que a fuga de cérebros do país tem se agravado ano a ano: o World Talent Ranking de 2009 colocava o país na 14ª colocação entre aqueles que sofriam com a fuga de talentos. Contudo, a posição brasileira caiu para 39ª em 2018 e, neste ano, o país aparece na 52ª posição entre as 63 maiores economias do mundo, superando apenas a Venezuela nas Américas.
Outra fuga que tem sido notada é a de dólares. Segundo dados do Banco Central, o volume de saída de moeda norte-americana chegou a US$ 32 bilhões nos últimos 12 meses, o maior resultado em 20 anos – em agosto de 1999, os mercados emergentes eram vítima de uma nova crise internacional.
Porém, o articulista diz que nada disso se compara com a fuga do respeito, algo o qual nenhuma sociedade pode prosperar. Um exemplo disso é a postura adotada pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, que recentemente usou sua conta no Twitter para ofender cidadãos e questionar a república, dizendo que na sua página são as suas regras que estão em vigor.
“Se em qualquer país democrático do mundo tal comportamento teria sido motivo de uma demissão e um pedido de desculpas, ele parece ter sido aplaudido pela milícia digital que passou a dar sustento – ainda que virtual – a um governo de demagogos”, pontua Chade, ressaltando que o presidente Jair Bolsonaro também deu sinais de não saber o limite entre o debate político e respeito. E a falta de respeito na política compromete qualquer jogo democrático.
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Quanto a fuga de cérebros, não deixa de ser interessante que o brasileiro ganhador de premio recente em computação quântica, além da graduação, fez mestrado e doutorado com bolsas por nós pagas. E não ficou no Brasil.