CPI da Pandemia: Nise Yamaguchi volta a defender tratamento precoce

Médica infectologista afirma que a ciência “caminha dos dois lados” e mantém defesa da independência dos médicos e autonomia dos pacientes

Jornal GGN – A médica infectologista e imunologista Nise Yamaguchi manteve a defesa de tratamento precoce dos pacientes contra a covid-19 em sua colocação inicial na CPI da Pandemia, em andamento no Senado Federal nesta terça-feira (01/06).

“Tenho sido conhecida em prol da minha defesa do tratamento imediato, isso é baseado em ciência – e uma ciência bastante profunda em que nós já temos artigos científicos publicados, endossados por notas técnicas para a Procuradoria Geral da União (…) mas a maioria dos artigos negativos que aqui estão, eles são feitos em pacientes moderados e graves, não nos pacientes iniciais”, disse a doutora Nise.

A vice-presidente e diretora científica da Sociedade Brasileira de Cancerologia afirmou que a questão sobre o uso da hidroxicloroquina já existia em março de 2020, quando o doutor Denizar Vianna assinou uma nota técnica falando de tratamento em pacientes moderados e graves.

“Eu já tinha a informação de que era importante tratar os pacientes precocemente, como finalmente houve agora a admissão de que é melhor que não se trate os pacientes com doenças moderadas e graves”, afirmou.  “Havia também uma resolução da Anvisa, datada de 17/03/2020, assinada pelo então diretor-presidente substituto Antonio Barras Torres, que discutia sobre a inclusão de nova indicação terapêutica ou ampliação de uso relacionado ao tratamento, prevenção e controle de complicações decorrentes da covid-19, porque estávamos em um momento de pandemia”.

Além de seguir com a defesa da autonomia do médico e da independência do paciente, Nise Yamaguchi afirma o debate em torno do uso do tratamento precoce vai acontecer sempre, e que a ciência caminha “dos dois lados”. “O que eu quero dizer é que essa eterna discussão entre cientistas vai ocorrer sempre. Em todo congresso o debate é isso, cada um contendo a sua opinião. O que a gente não pode é impedir os médicos de expressarem a sua opinião naquilo que já está publicado. Então existe ciência, a ciência caminha dos dois lados, o importante é que nós tenhamos paz e composição porque o grande inimigo em comum é o vírus”.

Acompanhe a CPI da Covid pela TVGGN:

Redação

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