Dinheiro gasto pelos EUA com guerras supera custo da erradicação da fome no mundo

Os 6 trilhões de dólares despendidos desde 2003 sequer incluem infraestrutura construída, pensões de militares, preparação e outras despesas

Jornal GGN – Jamil Chade publicou no UOL, nesta quarta (8), uma reportagem sobre o custo da guerra que os Estados Unidos sustentam no Oriente Médio desde 2001. Sob o manto do combate ao terrorismo, mas de olho nas reservas de petróleo, o País hoje governado por Donald Trump já gastou 6 trilhões de dólares.

O valor supera o que seria necessário para combater a fome em todo o mundo por uma década. Ou preparar a Terra para a crise climática.

Segundo Chade, as contas do Watson Institute da Universidade de Brown (EUA) incluem gastos da guerra no Iraque, Afeganistão, Paquistão e Síria, além de operações pontuais na região. O total já supera o custo da Guerra do Vietnã (1969-1975).

“Apenas nas operações militares em solo iraquiano, a conta chegaria a US$ 822 bilhões desde 2003, contra cerca de US$ 975 bilhões no Afeganistão desde 2001. Nos ataques que começaram em Bagdá em 19 de março de 2003, os EUA destinaram US$ 90,3 bilhões”, escreveu.

O cálculo inclui taxas de juros com as dívidas contraídas para financiar a guerra (o governo paga tudo com seu próprio orçamento e empréstimos), e medidas de segurança para prevenir atentados na região. Faltou custos com preparação, logística, treinamento, pagamentos de pensões, infraestrutura, combustíveis e outras despesas que deixaram a fatura ainda maior.

O mundo precisaria de um terço do que os EUA gastam com guerra, cerca de US$1,8 trilhão até 2030, para lidar com as mudanças climáticas.

As Nações Unidas estimam que, para eliminar a fome no mundo até 2030, governos precisariam investir m 265 bilhões de dólares por ano. “Em dez anos, a conta não chegaria aos gastos das guerras americanas no Golfo.”

Segundo a reportagem, quem lucra com a guerra são as empresas privadas. A que mais recebeu contratos nos últimos anos já faturou 40 bilhões de dólares. A KBR é comandada por Dick Cheney, vice-presidente na gestão de George W. Bush.

Redação

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