Nassif sobre Dallagnol: GGN pagou multa, mas fica satisfeito em ter previsto a cassação

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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GGN antecipou razões que levaram à cassação de Deltan Dallagnol pelo TSE. E, por conta disso, sofreu sanções no TRE-PR

O Jornal GGN antecipou, ainda em 2022, as razões que levaram à cassação do mandato de deputado federal de Deltan Dallagnol pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na noite desta terça (16).

Em pleno período eleitoral, o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) entendeu que o GGN não poderia divulgar as acusações que pairavam sobre a então candidatura de Dallagnol, e determinou a remoção dos conteúdos da internet.

As matérias colocavam em dúvida se Deltan Dallagnol, uma vez eleito, seria empossado ou não. Em uma delas, o GGN entrevistou o advogado Luiz Eduardo Peccinin, defensor da Federação Brasil da Esperança, responsável pela mais recente derrota de Dallagnol no TSE.

Peccinin apresentou as ressalvas contra a eleição de Dallagnol, que teria se candidatado para “fugir” de julgamentos no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

O TRE-PR determinou a remoção das reportagens em setembro de 2022, mas o atraso involuntário em cumprir a medida gerou uma multa eleitoral de R$ 55 mil, que foi paga em benefício da Justiça em abril de 2022, com apoio dos leitores do GGN.

Com a decisão proferida nesta terça pelo TSE, Deltan Dallagnol não é mais deputado federal. Seus votos serão computados para a legenda pela qual concorreu, o Podemos, conforme voto proferido pelo ministro Alexandre de Moraes

Em vídeo-editorial na TVGGN, o jornalista Luis Nassif apontou que o ex-procurador da Lava Jato terá de responder, agora, à primeira instância da Justiça comum, uma vez que há “uma lista enorme de operações suspeitas sob investigação”.

“O GGN pagou a multa, mas fica satisfeito em perceber que não mentiu” sobre Dallagnol, concluiu Nassif.

Assista:

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

5 Comentários

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  1. Assim sendo, um pouco do Brasil foi consertado, com a decisão do TSE. Indiretamente, ele também cassa o TRE-PR e absolve o GGN. Vejo como um soco na boca do estômago na boca dos defensores de Deltan Dallagnol, Sérgio Moro e a da considerada quadrilha paranaense da Lava Jato.
    Aliás, os tribunais Paraná e se mostram cada mais suspeitos e inconfiáveis.
    Esperamos que após a apuração de tudo que Tacla Duran tenha para revelar, a parte pode e carcomida da Justiça no Paraná seja também reveladas, julgadas e condenada.
    Parabéns ao Jornal GGN e a Luís Nassi. Fica provado que pode tardar, mas as injustiças dos injustos não falha e sempre se revela.

  2. Eu só faria dois adendos. O primeiro diz respeito ao silêncio do FBI, do DOJ e da Embaixada dos EUA. Deltan agia como agente dos interesses norte-americanos no Brasil e foi silenciosamente descartado por seus patrões gringos. O segundo diz respeito ao próprio processo. Dificilmente os advogados de Deltan conseguirão levar o caso ao STF, pois não compete à Suprema Corte fixar a interpretação mais plausível de um texto de Lei e violações reflexas à Constituição não configura hipótese de atuação dela.

  3. Conversando com um amigo, lá do Bom Jardim, pedi pra ele fazer um resumo do circo de horrores que se instalou nos últimos sete anos. Ele, mesmo claramente triste, esboçou um sorriso e falou:
    “Meu filho, com a queda na taxa de lucratividade dos maiores players, enxergou-se na proposta de reconstrução de uma velha ponte, uma forma de manter e aumentar essas taxas no futuro. Decidiram, assim, golpear o mandato então vigente, ascendendo um vampiro.
    Aí, uma turma de Curitiba, com ambição em sobra e caráter em falta, percebeu a janela. Aproveitando alguns ‘bons’ ‘friends’, que ‘sad’ pra eles algumas informações que ajudariam na derrubada do primeiro obstáculo à reconstrução da ponte. Como no grande game não cabem ovelhas, quanto maior o ‘market share’ conquistado, maior o ‘evil’ cometido, sabiam os friends, já que they agiam, useiros e vezeiros, assim.
    Logo, conseguiram destruir todo o evil nacional, deixando o market share para os friends dos friends e, de sobra, restabeleceu-se a velha bridge.
    Só que num curto intervalo, havia o risco daquela ponte sofrer avarias com a eleição do pleito seguinte.
    Mas lá estava a dita turma, com sobra de ambição e ausência de caráter, com a prestigiosa help dos friends, para socorrer. Trabalharam com fé e afinco, cagando e andando para qualquer veleidade no sistema de justiça, eliminando, momentaneamente, aquele risco.
    Todo o sistema de poder central, mesmo percebendo as arbitrariedades praticadas, aplaudiram e se regozijaram com as barbaridades daquela turma. Não poderia ser mais perfeito. O verdadeiro candidato da velha ponte seria eleito, sem maiores problemas.
    Só que a Terra não é plana, e num giro inusitado, uma aberração da natureza aparece, de forma surpreendente, e se aproveita de todos os ventos soprados pela turma de Curitiba.
    Inicialmente, o sistema central do poder ficou surpreso, mas logo se recompôs. Aquela aberração serviria à reconstrução da velha ponte. Exalando um certo mau cheiro, é verdade, mas como diria o poeta Falcão, perfume não é problema para alguns. Deu tudo certo, ou quase.
    Veio a revelação dos odores fétidos da turma de Curitiba, e parte do poder central percebeu que ela não tinha a intenção só de tirar o inimigo comum do poder. Ela queria o power, inclusive arrebentando parte dos integrantes do power central.
    Concomitantemente, a outra parte do poder central percebeu que aquela aberração tinha planos de eternizar-se no poder, inclusive arrebentando parte desta outra parte.
    Então, veio a reconfiguração de alinhamento entre as diversas facções do poder central. Anular a turma fétida de Curitiba não foi difícil. Além do fedor, não havia carisma. Mas a aberração tinha uma magia, obscura, mas atraente a uma significativa parte da sociedade, por ignorância e interesse.
    “Como se livrar dela?” Pensaram. Ninguém seria capaz de vencer aquela aberração no voto.
    Eis que aparece o velho inimigo de antes, alijado da corrida anterior pela turma já desmoralizada, mas com uma musculatura e resiliência inacreditáveis. Ele oferece uma aliança com o antigo preferido das forças do poder central e, bingo!, a vitória vem, mesmo com a aberração usando todo o poder financeiro que a viúva lhe permitia, e todo o poder de intimidação que uma penca de picaretas armados lhes proporcionava.
    Assim acaba a primeira parte deste espetáculo horroroso. Se ele ainda vai ficar mais assombroso, o tempo dirá. Né não?”
    Caí na besteira de perguntar pela ameaça comunista. Ele, meio avermelhado de raiva, respondeu:
    “Meu filho, cada ovo meu já tá pesando mais de três quilos, de tão inchados que ficam ao ouvir tamanha imbecilidade, de forma recorrente.”
    Achei melhor não perguntar mais nada. Né não?

  4. E ele ainda diz que os quase 250 mil eleitores foram lezados pela justiça eleitoral. Foram sim mas por ele, Deltan, que os ludibriou para obter seus votos, pois bem sabia dos riscos de perder e contava com a justiça amiga do PR para tomar posse e ela até que passou pano, mas no meio do caminho tinha o TSE…

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