Hamas exige cessar-fogo permanente antes da troca de reféns

Renato Santana
Renato Santana é jornalista e escreve para o Jornal GGN desde maio de 2023. Tem passagem pelos portais Infoamazônia, Observatório da Mineração, Le Monde Diplomatique, Brasil de Fato, A Tribuna, além do jornal Porantim, sobre a questão indígena, entre outros. Em 2010, ganhou prêmio Vladimir Herzog por série de reportagens que investigou a atuação de grupos de extermínio em 2006, após ataques do PCC a postos policiais em São Paulo.
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O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou em um vídeo divulgado pelo seu gabinete que não haverá cessar-fogo até o fim do Hamas

Prisão de Ofer, na Cisjordânia, controlada por Israel e onde estão mantidos prisioneiros palestinos. Foto: Reprodução/Vídeo Agência RT

O Hamas se pronunciou nesta quinta-feira (21), durante as negociações que transcorrem no Egito, que só chegará a acordos de troca de reféns israelenses por palestinos presos se Tel Aviv conseguir um cessar-fogo permanente na Faixa de Gaza, sitiada há 75 dias.

Tanto o Hamas como a Jihad Islâmica – parte da resistência palestina, que também participa nas negociações – exigem um cessar-fogo permanente, o fim da ocupação israelense em Gaza e a reconstrução das cidades devastadas.

Os grupos deixaram claro que, uma vez aceitas as condições por Israel e verificado um cessar-fogo, começarão a avaliar os termos para a realização de uma troca de prisioneiros. 

Além disso, exigiram a reativação da ajuda humanitária a Gaza, cercada por bombardeios, fome e doenças, e a criação de zonas seguras, onde a população civil esteja a salvo do genocídio israelense.

O chefe do gabinete político do Hamas, Ismail Haniyeh, e o secretário-geral da Jihad Islâmica, Ziad al-Nakhalah, mostraram convergência sobre a questão em declarações aos meios de comunicação social.

Primeira proposta rejeitada 

Segundo relatos da imprensa, durante as negociações mediadas pelo Qatar, Egito e Estados Unidos, o Hamas e a Jihad Islâmica rejeitaram a oferta israelense, que se limita a uma trégua de cinco dias, posteriormente prorrogada, e a troca de 40 reféns israelenses por um número indeterminado de palestinos encarcerados. 

A posição de princípio da resistência palestina sobre estes pontos também foi confirmada pelos meios de comunicação israelenses após o progresso das conversações.

Por sua vez, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu declarou em um vídeo divulgado pelo seu gabinete que não haverá cessar-fogo em Gaza até que todas as tropas do Hamas não sejam eliminadas. Ele disse que “a guerra continuará até o fim, até que o Hamas seja eliminado, até a vitória”.

A declaração reacendeu as críticas a Netanyahu no seio da sociedade israelense, onde familiares dos reféns e outros setores questionam a prioridade à guerra ao invés dos reféns. O Gabinete de Guerra de Israel deverá se reunir na noite desta quinta-feira (21) para examinar as condições de um acordo.

Com informações da TeleSur

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Renato Santana

Renato Santana é jornalista e escreve para o Jornal GGN desde maio de 2023. Tem passagem pelos portais Infoamazônia, Observatório da Mineração, Le Monde Diplomatique, Brasil de Fato, A Tribuna, além do jornal Porantim, sobre a questão indígena, entre outros. Em 2010, ganhou prêmio Vladimir Herzog por série de reportagens que investigou a atuação de grupos de extermínio em 2006, após ataques do PCC a postos policiais em São Paulo.

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