O Hamas se pronunciou nesta quinta-feira (21), durante as negociações que transcorrem no Egito, que só chegará a acordos de troca de reféns israelenses por palestinos presos se Tel Aviv conseguir um cessar-fogo permanente na Faixa de Gaza, sitiada há 75 dias.
Tanto o Hamas como a Jihad Islâmica – parte da resistência palestina, que também participa nas negociações – exigem um cessar-fogo permanente, o fim da ocupação israelense em Gaza e a reconstrução das cidades devastadas.
Os grupos deixaram claro que, uma vez aceitas as condições por Israel e verificado um cessar-fogo, começarão a avaliar os termos para a realização de uma troca de prisioneiros.
Além disso, exigiram a reativação da ajuda humanitária a Gaza, cercada por bombardeios, fome e doenças, e a criação de zonas seguras, onde a população civil esteja a salvo do genocídio israelense.
O chefe do gabinete político do Hamas, Ismail Haniyeh, e o secretário-geral da Jihad Islâmica, Ziad al-Nakhalah, mostraram convergência sobre a questão em declarações aos meios de comunicação social.
Primeira proposta rejeitada
Segundo relatos da imprensa, durante as negociações mediadas pelo Qatar, Egito e Estados Unidos, o Hamas e a Jihad Islâmica rejeitaram a oferta israelense, que se limita a uma trégua de cinco dias, posteriormente prorrogada, e a troca de 40 reféns israelenses por um número indeterminado de palestinos encarcerados.
A posição de princípio da resistência palestina sobre estes pontos também foi confirmada pelos meios de comunicação israelenses após o progresso das conversações.
Por sua vez, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu declarou em um vídeo divulgado pelo seu gabinete que não haverá cessar-fogo em Gaza até que todas as tropas do Hamas não sejam eliminadas. Ele disse que “a guerra continuará até o fim, até que o Hamas seja eliminado, até a vitória”.
A declaração reacendeu as críticas a Netanyahu no seio da sociedade israelense, onde familiares dos reféns e outros setores questionam a prioridade à guerra ao invés dos reféns. O Gabinete de Guerra de Israel deverá se reunir na noite desta quinta-feira (21) para examinar as condições de um acordo.
Com informações da TeleSur
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