Jânio de Freitas cita GGN e aborda avanço do autoritarismo no Brasil

Para jornalista, atos de censura exprimem ambiente institucional, e autoritarismo no país já avançou mais do que é possível perceber

Foto: Reprodução

Jornal GGN – O jornalista Jânio de Freitas cita o ato de censura sofrido pelo Jornal GGN como exemplo para abordar o avanço do autoritarismo no Brasil.

“Como a Justiça tarda mas não chega, os Bolsonaro ganharam no Rio uma censura judicial à TV Globo. E o bem informado portal GGN, do jornalista Luis Nassif, foi posto sob outra forma de censura também judicial: a retirada de notícias sobre negócios, no mínimo polêmicos, do banco BTG Pactual. A censura nunca é casual nem isolada. Exprime um ambiente institucional”, afirma Freitas em sua coluna no jornal Folha de São Paulo.

Na visão de Freitas, o autoritarismo já avançou muito mais do que é possível perceber. Para o articulista, “os atos vistos como abusivos ou extravagantes, e logo deslocados em nosso espanto por outros semelhantes, já configuram uma situação de anormalidade em que nenhuma instituição é o que deveria ser”.

Além do ato de censura sofrido pelo Jornal GGN, Freitas cita outros fatos que caracterizam regimes de prepotência, como a proibição do ministro da Economia, Paulo Guedes, aos seus assessores de conversar com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia; o atraso nos debates sobre a tecnologia 5G para favorecer os Estados Unidos em detrimento da China; e os chamados “Guardiões de Crivella” – funcionários do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, que intimidavam jornalistas e cidadãos que queriam criticar o serviço de saúde da cidade.

 

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Redação

6 Comentários

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  1. Não há como reconhecer tais fatos como marcas do autoritarismo ditatorial se não for admitido,inclusive pelos midiáticos golpistas,que nunca houve impeachment da presidenta Dilma Roussef e sim um golpe de Estado.

  2. Fatos que caracterizam regimes de prepotência não começaram a ser observados a partir do governo do capitão. O próprio impeachment da presidenta Dilma foi um ato de extrema prepotência.

    1. Companheiro me desculpe,mas nós mesmo terráqueos por natureza,de uma hora para outra,passamos a cavar nossa própria sepultura.
      O senhor numa infelicidade sem precedentes,atribui a um Golpe de Estado conduzidos por Legisladores comprados a peso de ouro,chancelados por bandidos vestidos de toga do alto poder judiciário e avalizados por a pior mídia do planeta,corrupta,golpista e canalha,como um “ato de extrema prepotência”,é dose pra tiranossauro Rex dormir ao som do Ludwing van Bethoven .Tenha Santa paciência,mesmo colocando o dedo no nariz,continuo achando as redes sociais o maior ponto de prostituição do Brasil.

  3. O avanço do autoritarismo no brasil está escancarado desde o golpe de destituição promovido sobre a presidenta Dilma Rousseff (golpe que não sofreu qualquer manifestação de oposição, de embate, por parte da população, dos sindicatos, da massa pobre do país, pelos ditos partidos progressistas, etc). A eleição de Bolsonaro foi mais um passo para o projeto de completa institucionalização e constitucionalização de um Estado autoritário-repressor-miliciano. Só não percebe quem não quer, o fato de que os poderes públicos nacionais estão controlados por forças autoritárias e patrimonialistas. Mas isso somente revela o que é a sociedade brasileira (algo que ficou temporariamente velado durante os governos do PT): Uma sociedade de senhores de escravos, uma sociedade do chicote e da chibata (mas enquanto tudo isso ocorre, a população do país, a massa pobre está feliz com o seu Facebook e o seu WhatsApp, alegre por poder pagar um UBER. Enfim, uma população de escravos).

  4. Acho que este autoritarismo, é mantido e se reproduz em algumas instituições que não atualizamos enquanto era tempo. A burocracia jurídica que, independente da sociedade ou da constituição, tem dado seus pitacos com maior frequência. A burocracia militar, agora ostentando um nacionalismo um tanto ou quanto esmaecido , também é uma chocadeira de ideias obsoletas. Estas consciências críticas estatais imperiais se juntam aos grupos de mídia, e mais recentemente as seitas fundamentalistas e sua teologia de auto-ajuda-empreendedorista.
    O objetivo que os une é este mesmo, destruir vozes dissonantes, e as tímidas bases de proteção social. Fora isto, nada mais, talvez um plano eleitoral, se a economia, dirigida por estes sábios, não acabar antes.

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