
A saga do Estadão sobre visitas da esposa de um líder do Comando Vermelho do Amazonas ao Ministério da Justiça não passa de uma tentativa de queimar o ministro Flávio Dino, cotado para assumir uma vaga no Supremo Tribunal Federal.
A avaliação é do procurador aposentado e membro do Grupo Prerrogativas, o jurista Roberto Tardelli. Em entrevista ao programa Onze News, comandado por Gustavo Conde na TVGGN e pool de canais, Tardelli avaliou que a história da dama do tráfico é um falso escândalo e afirmou que o governo federal não fez mais do que sua obrigação em receber Luciane Farias na condição de esposa de preso e presidente de uma associação que luta por direitos fundamentais nos presídios.
Tardelli ainda desnudou a hipocrisia de setores da classe política e de formadores de opinião pública que têm repercutido a história de Luciane com uma carga preconceituosa por se tratar de esposa de preso.
“A gente aceita que policiais envolvidos em chacinas, envolvidos em homicídios, possam ser secretários de Estado e ninguém fala nada”, disparou Tardelli.
“O fato de ser ela casada com quem quer que seja não é o que está no foco de interesse. O foco é o que ela faz: se o marido está preso em condições indignas, ela tem legitimidade para falar”, defendeu Tardelli.
“O governo não cometeu nenhuma ilegalidade. O governo atendeu a uma obrigação primordial dele. O que a extrema-direita está fazendo é criar para Flávio Dino um ambiente hostil no Senado, caso ele venha a ser, como parece, indicado para ministro do Supremo”, disse.
“O Flávio Dino começa uma fritura antecipada. (…) Se ele for indicado e sabatinado [e acabar sendo rejeitado], dificilmente terá condições de seguir [no Ministério] num segundo momento. Ele não pode voltar com o rabo entre as pernas para o Ministério. Ou seja, a operação é para cortá-lo”, analisou Tardelli.
Assista ao programa completo abaixo:
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Será possível que uma tempestade em copo d’água, em versão maldosa e covarde de uma Fake News, tenha o poder de transformar a inveja e a mentira, em algo capaz de abalar uma história de uma vida, como a de Flávio Dino?
Será que todo esse teatro de recalcados e derrotados terá o poder de impedir a sua possível e merecedora indicação para o STF?
Para tanta tolice, ignorância e estupidez cabem perguntas, e uma delas poderia ser: onde estaria hoje a quantidade de deputados e de senadores que foram acusados, denunciados e, alguns deles, julgados por vários delitos graves, recheados de muitas suspeitas e indícios?
A pergunta também serve, é claro, para algumas autoridades de outros poderes.
No caso dos deputados e senadores, possivelmente delinquentes, a distância ética e moral de Flávio Dino para eles é tão imensa, que chega a ser humilhante.
E ainda assim, só falam aos ventos e às grandes mídias corporativas que sem ter mais o fazer, para reagir ao descrédito, ao ostracismo, à rejeição e a flagrante degradação pública que experimentam.