México se junta a países que pedem cessar-fogo e EUA criticam vizinhos continentais 

Renato Santana
Renato Santana é jornalista e escreve para o Jornal GGN desde maio de 2023. Tem passagem pelos portais Infoamazônia, Observatório da Mineração, Le Monde Diplomatique, Brasil de Fato, A Tribuna, além do jornal Porantim, sobre a questão indígena, entre outros. Em 2010, ganhou prêmio Vladimir Herzog por série de reportagens que investigou a atuação de grupos de extermínio em 2006, após ataques do PCC a postos policiais em São Paulo.
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País da América do Norte contraria os EUA e se junta a latinos e caribenhos no rechaço ao genocídio que corre na Faixa de Gaza

Alicia Buenrostro durante sessão da Assembleia Geral da ONU em 2021. Foto: Ministério das Relações Exteriores/Governo do México

Enquanto as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) tocam a terceira fase da ofensiva contra a Faixa de gaza, na Palestina, que já matou mais de 8 mil pessoas, quase a metade de crianças, no âmbito da 10.ª Sessão Especial de Emergência da Assembleia Geral das Nações Unidas, países de todo o mundo seguem apelando para um cessar-fogo.  

Desta vez, a embaixadora do México na ONU, Alicia Buenrostro, exigiu nesta quarta-feira (1) a cessação das hostilidades na Faixa de Gaza e condenou os ataques israelenses contra civis no enclave palestino.

“Reiteramos o apelo à cessação imediata e duradoura das hostilidades em todos os territórios palestinos ocupados, especialmente dos ataques diretos ou indiretos contra civis, por todas as partes no conflito, bem como ao levantamento do estado de sítio em que a população palestina se encontra. enfrentamos atualmente, tendo em conta que as represálias são contrárias ao direito internacional”, declarou.

O país norte-americano soma-se às vozes de Chile, Bolívia, Argentina, Colômbia, Brasil, Venezuela e Cuba que na América-Latina e Caribe que consideram que Israel extrapolou o direito de defesa infringindo o direito internacional e protagonizando uma matança de civis. 

Ao mesmo tempo, Alicia condenou os “atos terroristas do Hamas” e exigiu a “libertação imediata e incondicional” dos reféns detidos em Gaza pelo movimento. 

Segundo a representante diplomática, o México apoia o direito de Israel à defesa “desde que seja feito em plena conformidade com o direito internacional e em plena observância dos princípios de necessidade e proporcionalidade que regem qualquer uso da força”. 

A diplomata sublinhou que o conflito deve ser resolvido sob a premissa de “dois Estados para dois povos”, o que significa a criação de um Estado Palestiniano que “coexista com Israel dentro de fronteiras seguras e reconhecidas internacionalmente”.

EUA criticam postura de vizinhos 

Nesta quarta-feira (1), os Estados Unidos (EUA) questionaram a decisão dos governos da Colômbia e do Chile de convocarem os seus embaixadores em Israel para consultas, no âmbito do cerco do país à Faixa de Gaza, que inclui o bombardeios a campos de refugiados palestinos, caso de Jabalia.

“Embora partilhemos preocupações sobre a terrível situação humanitária em Gaza e estejamos ativamente a liderar esforços para a resolver, não acreditamos que estas medidas para reduzir os canais diplomáticos sejam produtivas para os nossos objetivos comuns de promover uma solução a longo prazo para a crise”, afirmou um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA ao jornal colombiano El Tiempo.

Da mesma forma, o porta-voz descreveu a decisão da Bolívia de romper relações com Tel Aviv como “decepcionante”.

La Paz tomou tal iniciativa considerando que crimes de guerra estão a ser cometidos na Faixa de Gaza contra o povo palestino. A decisão foi anunciada pela ministra da Presidência, María Nela Prada, e pelo vice-chanceler, Freddy Mamani, em conferência de imprensa. 

As autoridades bolivianas condenaram o “tratamento cruel, desumano e degradante” dado por Israel aos palestinos.

Com informações da Agência RT, TeleSur e El Tiempo

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Renato Santana é jornalista e escreve para o Jornal GGN desde maio de 2023. Tem passagem pelos portais Infoamazônia, Observatório da Mineração, Le Monde Diplomatique, Brasil de Fato, A Tribuna, além do jornal Porantim, sobre a questão indígena, entre outros. Em 2010, ganhou prêmio Vladimir Herzog por série de reportagens que investigou a atuação de grupos de extermínio em 2006, após ataques do PCC a postos policiais em São Paulo.

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