A deputada federal eleita Marina Silva (Rede) tomou posse nesta quarta-feira (4) do Ministério do Meio Ambiente, pasta que ela administrou também nos dois primeiro mandatos de Lula.
Na cerimônia que contou com a presença de Janja e do vice-presidente Geraldo Alckmin, Marina fez um discurso que marca a guinada do Ministério que foi desvirtuado e enfraquecido pelo governo Jair Bolsonaro.
Marina afirmou que no governo Lula, o Ministério do Meio Ambiente defenderá que o Brasil honre todos os seus compromissos na agenda ambiental nacional e internacional.
“Não vamos nos tornar uma agricultura de baixo carbono da noite para o dia. Não há mágica. Não vamos fazer a transição energética, não vamos conseguir a reindustrialização de base sustentável da noite para o dia. Não é mágica, mas vamos colocar as pilastras [para a mudança], todos nós”, disse Marina.
Com a mudança de rumos do Ministério, Marina visa a resolução de problemas internos – como reduzir o desmatamento ilegal – e, ao mesmo tempo, atrair investimentos.
“Vamos precisar de parcerias pelo mundo. Alguns [países] para nos ajudar com acordos de cooperação tecnológica, outros com recursos financeiros, ou projetos diretos. Vamos ter uma ação que respeita o multilateralismo, mas vamos atuar internamente para que o Brasil volte, em vez de ser um pária internacional, a ser um País que finalize o acordo com Mercosul, que possa trazer investimentos, abrir mercados para nossos produtos. Que a gente volte a ser o melhor cartão de visitas. Se as pessoas querem produtos de base sustentável, aqui deverá ser o endereço. Não é mágica, é trabalho”, pontuou a ministra.
Marina aproveitou a solenidade para apresentar a estrutura que estua para a pasta. Vinculados ao Ministério do Meio Ambiente e da Mudança Climática, estarão Ibama, ICMBio, Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Agência Nacional de Águas, serviço florestal brasileiro e, “mais à frente, teremos a autoridade nacional de mudança climática”, disse Marina.
Controle do desmatamento
A nova ministra ainda anunciou uma secretaria extraordinária de controle do desmatamento e ordenamento territorial e fundiário. Segundo ela, a secretaria vai assessorar a Casa Civil, que ainda deterá o “comando político” dessa agenda. “É extraordinária porque, quando houver desmatamento zero, não precisaremos mais da secretaria.”
Marina também anunciou a criação da secretaria de Bioeconomia e a realização de duas conferências nacionais – do meio ambiente, e infanto-juvenil, para formação sobre educação ambiental, entre outros feitos.
Assista abaixo:
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.