Ministro de Temer recorre à Justiça para não ser associado à nova Previdência

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Brasil
 
 
Jornal GGN – A juíza de Direito substituta da 16ª Vara Federal de Curitiba Beatriz Fruet de Moraes acolheu, em caráter liminar, um pedido do ministro da Saúde, Ricardo Barros, e determinou que o Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais no Estado do Paraná e a União dos Policiais do Brasil retirem das redes sociais e de outdoors espalhados pela cidade algumas peças de propaganda contra a reforma da previdência.
 
Na ação, Barros sustentou que teve sua imagem ferida pela contra-propaganda que diz que “o projeto [da reforma] deles pode acabar com sua aposentadoria. Não deixe que eles ajam contra você. Não ao fim da aposentadoria.”
 
Barros foi eleito deputado federal e virou ministro quando Michel Temer foi alçado ao lugar de Dilma Rousseff. Na justiticativa, a juíza observou que a propaganda não deixa claro ao público quem são os deputados aptos a votar na reforma e de quem é a proposta original.
 
A juíza entendeu que “as informações veiculadas pela parte requerida nos outdoors e nas redes sociais (…), por seu caráter genérico e de negativa explícita pelo autor, podem lhe causar sérios prejuízos quanto a sua imagem e honra pública e privada.”
 
Ela determinou que o Sindicato e a União “excluam das redes sociais e dos outdoors indicados na petição inicial (todos neste Município de Curitiba), as indicações em relação à pessoa do autor, bem como as referências a este, inclusive fotos e indicação do seu nome  bem como se abstenham de fazer novas publicações idênticas como estas neste Município de Curitiba ou nas redes sociais, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, sob pena de incidência de multa diária a ser fixada por este Juízo em caso de comprovado descumprimento desta ordem.”
 
A juíza ainda apontou que será necessário agendar uma data para audiência de conciliação entre as partes.
 
Autos nº 33777-59.2017.8.16.0001
 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

12 Comentários

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  1. Tendí não

    Tive que ler duas vezes.

    O ministro do temer não quer ser associado às ações do temer?

    Acuma?

    Bom, é no paraná. Isso pode explicar.

     

  2. O jurista Rubens Casara

    O jurista Rubens Casara escreveu um excelente livro criticando a espetacularização do processo, mas parece que para se tornar “objeto de consumo midiático sujeito às regras do campo jornalístico” a justiça tem que primeiro se prostituir nos gabinetes dos Ministros do usurpador.

  3. Título a la GGN… Diz algo diferente do que a matéria mostra

    Como um comentarista acima já mostrou, ao entender o título e pensar que a matéria fosse sobre um desejo do ministro de se disassociar da reforma do Temer, quando ele apenas quis impedir propagandas contra ela.

    1. M as não é querer se

      M as não é querer se disassociar da reforma da previdência que isso significa?

      “A juíza entendeu que “as informações veiculadas pela parte requerida nos outdoors e nas redes sociais (…), por seu caráter genérico e de negativa explícita pelo autor, podem lhe causar sérios prejuízos quanto a sua imagem e honra pública e privada.””

      1. Indireta/ Mas a reaçao dele foi objetiva/ contra a denúncia

        Pode até ser que a motivaçao dele seja essa, mas na prática o que ele fez foi, usar o fato de ser citado para coibir as denúncias CONTRA a proposta de reforma.

    2. Gancho

      Nas entrelinhas dá para entender claramente que ele usou desse subterfúgio para não ser associado com as mudanças contra o povo! Foi oportunista, pegou um gancho, aproveitou da propaganda invasiva e colocou esse argumento na questão! Mas no fundo sabemos o real motivo! O problema – para ele – é que vivemos tempos de internet, e nomes não serão esquecidos! Outdoor é coisa para fracos! 

  4. Caro Nassif
    Ele não que ser

    Caro Nassif

    Ele não que ser associado ao golpe que ajudou?!

    Ele não quer ser associado aos 20 anos de congelamento do orçamento público?!

    Agora não quer ser associado á propaganda da Previdência que ferra o brasileiro??????

    Mais falso do que isso, só as desculpas dos garotos trairas de Curitiba, da CPMI da JBS.

    Haja.

  5. Falar em reforma da Previdência…

    Muita comemoração aqui em Brasília, entre os servidores públicos, pelo anúncio do adiamento da votação da reforma pra fevereiro de 2018.

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