produtos
A entrega do Relatório Final da CNV foi feita no Dia Internacional dos Direitos Humanos e já foi disponibilizado online: baixe aqui
“O Brasil merecia a verdade, as novas gerações mereciam a verdade, e sobretudo mereciam a verdade aqueles que perderam e que continuam sofrendo, continuam sofrendo como se eles morressem de novo e sempre a cada dia”, disse emocionada a presidente Dilma Rousseff, durante a entrega do relatório final da Comissão Nacional da Verdade (CNV).
Durante dois anos e sete meses, o grupo da Comissão se empenhou para esclarecer os fatos, circunstâncias e autorias das violações dos direitos humanos, praticadas entre 1946 e 1988. O principal era o direito à memória e à verdade histórica.
“Nos seus 2 anos e 7 meses, dedicamos à busca e pesquisa de documentos, foram 1200 depoimentos, diligências em unidades do Estado que foram utilizadas para a prática de violações, sessões de audiências públicas, em 20 unidades da Federação e Distrito Federal”, disse o coordenador da CNV Pedro Dallari, na cerimônia.
Dallari contou que o resultado desse trabalho foram 8 relatórios preliminares e o relatório final entregue hoje (10) à presidente da República. Dividido em três volumes, são 4.400 páginas que contemplam a revelação das cadeias de comando, os métodos das graves violações, o papel das igrejas cristãs, textos que tratam da resistência da ditadura militar, e a história de 434 mortos e desaparecidos políticos.
O coordenador da CNV fez questão de lembrar: “o relatório não representa o início ou fim da investigação da ditadura brasileira”.
“Estou certa que vocês, integrantes da Comissão Nacional da Verdade, cumpriram ao longo desses 31 meses sua missão, pois se empenharam em estudar, ouvir, conhecer a nossa historia”, disse Dilma, ainda emocionada. “Quem dá voz são os homens e mulheres livres, que não tem medo”, completou.
Agradeceu o papel e trabalho de cada um dos atores que contribuíram para a busca da verdade. Aos que sobreviveram às violações e ainda hoje estão vivos, Dilma reconheceu seus relatos que ajudaram o Brasil a “se encontrar com ele mesmo”. “Presto homenagem e manifesto caloroso agradecimento aos familiares dos mortos e desaparecidos, que viveram momentos de morte, dor, sofrimento, e por isso de grandes perdas”, agradeceu a presidente.
Dilma Rousseff frisou seu compromisso com a responsabilização. Afirmou que o governo se debruçará sobre todas as páginas e com as consequências que delas tiverem. “A verdade liberta todos nós do que ficou por saber, por dizer, liberta do que permaneceu oculto, de lugares que não sabemos onde foram depositados os corpos, mas faz com que seja dito, explicado e sabido”, afirmou.
“Devemos isso a gerações como a minha que sofreram, mas também à maioria da população brasileira, gerações que nasceram após a ditadura, e que não tiveram acesso total à verdade. Sobretudo a elas que a CNV presta o maior benefício. Conhecer a verdade é imprescindível para poder construí-la melhor”, lembrou a presidente.
Tanto Dilma, quanto Pedro Dallari lembraram sobre o significado de se entregar esse relatório no Dia Internacional dos Direitos Humanos, comemorado hoje. “Tornar público este relatório, nesta data, é um tributo a todas as mulheres e homens do mundo que ajudaram a construir marcos civilizatórios e tornaram a humanidade melhor”, falou Dilma.
“O Brasil certamente saberá reconhecer a importância desse trabalho”, finalizou a presidente.
***
O Relatório Final da CNV já foi disponibilizado e pode ser baixado:
Faça login para comentar Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
Este já pode ser o começo de
Este já pode ser o começo de uma resposta aquele pervertido eleito D. Federal pelo Rio de Janeiro, o “bolsonada”.
DITADURA NUNCA MAIS!!!
DITADURA NUNCA MAIS, viu gimlar!!! NUNCA MAIS!!!
Este já pode ser o começo de
Este já pode ser o começo de uma resposta aquele pervertido eleito D. Federal pelo Rio de Janeiro, o “bolsonada”.
DITADURA NUNCA MAIS!!!
DITADURA NUNCA MAIS, viu gimlar!!! NUNCA MAIS!!!
Bolsonaro herdou o apelido do Newton Cruz…
O Brasil tem elaborado
O Brasil tem elaborado diversos documentos, de um modo geral, extremamene bons. O grande e persistente problema é que tudo isso vai para um belo ´museu´ – arquivos quase mortos – em que historiadores, pesquisadores, etc. poderão encontrar excelente material para seus livros, teses… mas o que temos de efetivo em todo esse mateiral, a renovar a sociedade?
Fica-nos grande frustração; temos uma ´constituição-cidadã´, pra que? temos legislação de direitos humanos de primeiro mundo, pra quem? temos legislaçao ambiental moderna… que, na prática não se aplica… tantas outras leis, mas para que e para quem? O país está em permanente construção, nunca efetivada e em permanete risco de retorcesso.
É bom, também, considerar que há em nossa cultura, uma péssima auto-imagem, achando que outras nações são progressivas, eficientes mas isso não se confirma ao observarmos o noticiário (mesmo manipulado); enfim, viva o Brasil, viva o povo brasileiro, que nunca desiste!
Ainda não tive tempo de ler
Ainda não tive tempo de ler seu conteúdo. Mesmo sem ter feito isto me ocorreu perguntar: e agora?
O relatório, pelo que sua estrutura dá a entender, reconhece que o Estado brasileiro incentivou, tolerou e acobertou crimes cometidos pelos seus agentes. Alguns destes crimes são continuados (seqüestro), outros são imprescritíveis (tortura). Os nomes dos criminosos constam do relatório. O que ocorrerá com eles? O Estado brasileiro começará a respeitar a decisão da OEA que, com base na jurisprudência internacional, condenou nosso país a repudiar a Lei de Auto-anistia que os criminosos proclamaram durante o regime ditatorial?
A publicação do relatório na internet é importante, mas seria ainda mais importante transformar o relatório em material didático que fique à disposição dos alunos das escolas públicas em todo país. Milhões de estudantes brasileiros não tem internet e aqueles que tem não se sentirão estimulados a ler o volumoso relatório na integra. Além disto, é notória a dispersão causada por informações compartilhadas on line. Os estudantes, entretanto, tem o direito à ser informados acerca do que o país fez no passado e o Estado tem a obrigação de criar as condições para que eles possam discutir o que pode ser feito para que isto não volte a ocorrer.
É fato notório que a imprensa brasileira apoiou o golpe de estado que desembocou nos crimes cometidos de 1964 a 1985. Crimes que somente agora foram oficialmente descritos e narrados em detalhes. Quem custeará a publicação de livros com o relatório da CNV? O Estado ou os jornais e redes de TV que instigaram o golpe e o recepcionaram como sendo uma restauração da democracia?
Os empresários de comunicação não gostam de ter prejuízos. Eles engordaram seu patrimônio durante a ditadura e tem que responder pelos danos que ajudaram a provocar à sociedade brasileira. Não me parece que eles estejam muito inclinados a custear o que quer que seja sem que tenham sido obrigados pelo Poder Judiciário. Nesse sentido, o MPF, a AGU e a OAB poderiam se unir para estudar a possibilidade de processar todas as empresas de comunicação que instigaram e apoiaram o golpe de 1964 para obrigá-las a custear a publicar alguns milhões de volumes com os relatórios da CNV. O Ministério da Educação distribuiria as publicações nas escolas públicas.
Apesar de constituída com uma finalidade específica e ter existência transitória, a CNV é um órgão estatal reconhecido internacionalmente. Em seu relatório ela reconheceu e detalhou crimes que foram cometidos sob os governos militares. Em razão disto, a partir de hoje se tornou imoral (a moralidade é um princípio constitucional a teor do art. 37, da CF/88) a utilização dos nomes dos generais presidentes ou de seus subordinados em qualquer monumento ou equipamento público. Sendo assim as praças, ruas, viadutos, pontes, rodovias etc… com nomes dos governantes que estimularam ou acobertaram a tortura terão que ser renomeadas em todo o território nacional. O monumento erguido em homenagem a Castelo Branco será demolido?
As Forças Armadas foram responsáveis pelo golpe de 1964. Muitos dos crimes cometidos durante a ditadura foram executados sob a supervisão de militares ou praticados pessoalmente por militares. Cada um responde por seus atos, mas as Forças Armadas precisam se distanciar do que fizeram. A única maneira disto acontecer é os comandantes das três armas se ajoelharem diante do relatório da CNV e pedirem perdão a nação, jurar que nunca mais farão algo parecido e, pelo exemplo, estimular todos os soldados brasileiros a fazerem o mesmo. Sem arrependimento público dos militares, as Forças Armadas não poderão ser perdoadas pelo povo brasileiro.
Grande documento
Um feito histórico. Se vão um dia pagar pelos crimes, tenho minhas dúvidas. Mas só de incrimina -los lavou a minha alma. Parabéns ao belo trabalho executado.
a verdade nasce de um parto
a verdade nasce de um parto dificil,
como é difícil extirpar os entulhos da ditadura.
Hora de virar a página
Lamentavelmente, faltaram na investigação os crimes cometidos pelos que se autointitulavam a vanguarda da luta pela democracia, que vitimaram não poucos inocentes. Enfim, como vivemos sob uma virtual ditadura da “correção política”, não é de bom tom questionar as motivações e ações daqueles aguerridos e valorosos “democratas”, não é mesmo?
Porém, seria positivo se os revanchistas de plantão observassem atentamente as palavras da presidente, na cerimônia de hoje, que denotam uma mais que oportuna intenção de virar a página e seguir adiante:
“Nós reconquistamos a democracia à nossa maneira. Por meio de lutas duras, por meio de sacrifícios humanos irreparáveis. Mas [também] por meio de pactos e acordos nacionais que estão, muitos deles traduzidos na Constituição de 1988. Assim como respeitamos e reverenciamos e sempre o faremos todos os que lutaram pela democracia, todos os que tombaram nessa luta enfrentando a truculência ilegal do Estado e nós jamais poderemos deixar de enaltecer, também reconhecemos e reverenciamos os pactos políticos que nos levaram à redemocratização”, disse a presidente (UOL) .
Tambem acho que ditadura é
Tambem acho que ditadura é uma droga e convido a todos os democratas do blog a denunciar a existencia desse tipo de mal em Cuba que na concepçao deles é um tipo de cancer a ser condenado extirpado e sempre que possivel exposto a condenaçao publica.
Mas acho que isso nao ocorrera pois na verdade esses tais nao tem nada contra ditadura na verdade adoram uma.
O criterio como sempre para apoiar o feito é quem foi o protagonista…rs
Essa comissao da ” verdade ” nao passa de uma farsa revanchista, nunca procuraram a verdade procuraram coisas que lhes fosse util para seus proprositos
Espero que a democracia brasileira sobreviva a esses t ais e mantenha a lei da anistia valida.
Não podia faltar o “rs”
Infalível esse riso nervoso…
Dia histórico!
Parabéns a
Dia histórico!
Parabéns a todos que tem lutado pela verdade, memória e justiça.
A presidenta tinha um compromisso com sua história e não deixou a chance escapar.
As famílias dos mortos e desaparecidos agora vão lutar pelo indiciamento dos culpados pelos crimes hediondos cometidos.
Nazismo ou Ditadura?
Pelas datas de nascimento, são pessoas que poderiam estar vivas até hoje!!! Uma vergonha para o Brasil essa gente está em pune. Ditadura ou Nazismo qual o Pior? Acho que a Ditadura, pois o nazismo foram todos punidos.
Coração valente
De deixar a gente tocada com a emoção visivel da presidente. Imagino suas lembranças, seus amigos que foram assassinados, as torturas fisica psicologica que sofreu… E aconteceu de a entrega desse relatorio, importante simbolicamente por estarmos falando do mal que foi a ditadura brasileir, cair num momento dificil para Dilma Rousseff. Essa mulher batalhadora e honesta, que tanto tem se empenhado para avançar o Brasil em diversas frentes, ser acusada com tanta leviandade por Aécio e cia. e envolvida no meio dos escroques da politica e do meio empresarial.
O vídeo…
Há o vídeo no Blog do PHA, Conversa Afiada. Verei mais tarde. Sei que Dilma chorou e, tenho certeza que vou chorar junto, pois como já declarei, não acredito que este país tenha sido governado algum dia por craitura mais dígna.
É de engasgar…
É de engasgar ver a Presidenta se emocionar assim… Suas manifestações são, em geral, impacientes, irritadiças, às vezes, ríspidas. Próprias de sua personalidade aparentemente pouco afeita ao prosaico, ao comezinho do dia a dia, às falas cotidianas sem muito próposito, à perda de tempo. Naturalmente, esta é somente uma visão; sabemos que na intimidade as pessoas podem ser bem diferentes daquilo que as aparências permitem ver. Mas, ora, afinal de contas ela é a Presidente – ocupada, preocupada, responsável. Este é portanto seu estilo, mesmo que para uso externo e protocolar. Me parece estar sempre em defesa, quem sabe comportamento construído na juventude, quando vivenciou os horrores da falta de liberdade e da tortura. Muito falamos sobre estes fatos, mas acredito que somente quem viveu pode realmente avaliar e trazer n’alma as consequencias. Podemos somente imaginá-los e nisto já há horror suficiente. Nos surpreende esta sua reação, pelo inusitado, pela raridade; a emoção demonstrada confere uma dimensão humana a Dilma que, de espontânea e verdadeira, nos arrasta junto em sua emoção. Bonito de se ver. Creio que para muitos terá sido como fechar um ciclo, superar uma etapa e buscar fôlego e forças para seguir em frente. Remover o lodo que estava depositado no fundo do lago com as atividades da CNV deve ter sido catártico para muitos, e bastante doloroso. Mas como para o corredor da pista com obstáculos, tocar o chão é dar novo impulso para prosseguir. Torço para que todos que, como Dilma, tenham lembranças e dores relacionadas ao que ocorreu no Brasil no período revisitado pela CNV, possam aliviar seus corações e suas mentes, certos de terem passado por mais esta prova que os prepara para prosseguir, mais leves e pacificados em suas lembranças e na responsabilidade de buscar reparações que naturalmente esta situação impôs aos que ficaram. Parabéns a todos os que com perseverança, lucidez e tranquilidade realizaram os estudos que culminaram no esclarecimento e registro dos fatos ocorridos, para os que os vivenciaram, para os que sofreram consequencias em suas vidas e para as gerações que chegam, principalmente para estas, de tal forma que não tenhamos retrocessos e nem permitamos que a liberdade sofra outros ataques como os apresentados a todos nós através deste relato da CNV.