Luciano Hortencio
Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.
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Enquanto o mimoso colibri volatiza, Adoniran ‘alegreia’ nosso carnaval

 

O Mimoso Colibri – Críticas da Época

Ano: 1923

“O Trianon é o teatro, por excelência, das oportunidades. Os seus dirigentes, inteligentes e hábeis, aproveitam-no sempre segundo o momento que passa.
Ainda há pouco eles, aproveitando o verão, fizeram a ‘Alvorada das horas’, que na sua exuberância ardente e nova de novos autores, muito bem condizia com a cálida estação… Antes fizeram as ‘tardes regionais’ de tão grande êxito, para que o seu público frequentador ficasse conhecendo ambientes nortistas, sulista, cariocas, etc., etc.
Agora, aproveitando a época carnavalesca que atravessamos, época que durará até o domingo gordo de Momo, resolveram montar uma burleta carnavalesca, de moldes populares, bem populares.
Encarregaram então, Armando Gonzaga, o festejado comediógrafo, que possui incontestável chiste pessoal, de compô-la.
Armando Gonzaga em poucos dias escreveu ‘Mimoso colibri’, uma burleta risonha com todos os ‘matadores’ das burletas carnavalescas: – cordões, sambas, mulatas, mulatos, e loucura geral, contagiosa…
A peça subiu ontem. É claro que se não pode fazer uma crítica severa a uma peça que pelos seus próprios moldes é tudo quanto há de menos severo…
O desempenho foi vivo e alegre como requeria o gênero de ‘Mimoso colibri’.”

(O Jornal) 
“O Trianon inaugurou, ontem, a sua temporada de carnaval, com as primeiras representações da comédia carnavalesca ‘O Mimoso Colibri’, original do Sr. Armando Gonzaga.
Claro está que, em se tratando de um trabalho escrito para a época carnavalesca, nada mais se poderia exigir do autor, que uma peça grotesca, onde os ridículos do momento pudessem proporcionar ao expectador instantes de alegria e bom humor. Foi mais além no entanto, o Sr. Armando Gonzaga, dando-nos um trabalho onde, a par do espírito do entrecho, aliás desenvolvido com habilidade e graça, há alguma observação. E assim a sua comédia é uma comédia de costumes, a que o ‘virus carnavalesco’ empresta a feição de peça perfeitamente apropriada à quadra que atravessamos, quadra de verdadeira maluquice, que transforma o mais sisudo dos cariocas no mais pândego dos foliões. Todos os tipos de ‘O Mimoso Colibri’ são caricaturas felizes de figuras muito nossas, a moverem-se em ambiente arranjado com propriedade, a que o espírito das situações e a execução de marchas e sambas carnavalescos em voga, empresta a necessária alegria. Planta exótica embora, na pequenina cena do elegante teatrinho da Avenida, ‘O Mimoso Colibri’ foi recebido com muito agrado pelo numeroso público que correu a vê-lo, e obrigou até a bisar o já popular samba carnavalesco ‘Tatu subiu no pau’, da autoria do conhecido compositor Sr. Eduardo Souto[…]”

http://www.armandogonzaga.com.br/critica08.htm

 

Na hora matinal em que o mimoso colibri volatiliza, volatiliza.

Eu vejo no quintal as lavadeira põe anil nas camisa, nas camisa. (bis)

São as camisias do estóquio de cor primaveril.

São as camisias do bróquio dos Mimoso Colibri.

Na hora matinal em que o mimoso colibri volatiliza, volatiliza.

Eu vejo no quintal as lavadeira põe anil nas camisa, nas camisa. (bis)

Nossas asas balanceia ao vento tão fatar

Nossas camisa alegreia as ruas do carnavá

Na hora matinal em que o mimoso colibri volatiliza, volatiliza.

Eu vejo no quintal as lavadeira põe anil nas camisa, nas camisa. (bis)

 

Luciano Hortencio

Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.

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