Patrimônio imaterial do Brasil – Danças Brasileiras – Tambor de Crioula

Patrimônio cultural imaterial

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Patrimônio cultural imaterial (ou patrimônio cultural intangível) é uma concepção de patrimônio cultural que abrange as expressões culturais e as tradições que um grupo de indivíduos preserva em respeito da sua ancestralidade, para as gerações futuras. São exemplos de patrimônio imaterial: os saberes, os modos de fazer, as formas de expressão, celebrações, as festas e danças populares, lendas, músicas, costumes e outras tradições.

Em São João del-Rei, Minas Gerais, um exemplo de patrimônio cultural imaterial é o modo de tocar dos sinos, cuja “linguagem” é peculiar meio de comunicação e está sendo objeto de registro pelo IPHAN. Em Minas Gerais, por exemplo, a técnica artesanal de se de fazer o queijo minas (Queijo do Serro, especialmente) é importante registro de patrimônio intangível.

Em Pirenópolis, Goiás, outro exemplo de patrimônio imaterial é a Festa do Divino de Pirenópolis, criada em 1819 e festejada até hoje. É na Festa do Divino que são apresentadas as Cavalhadas, represeentação da luta entre mouros e cristãos na Idade Média. 

No Brasil

Os bens registrados como patrimônio imaterial no Brasil são:

Pernambuco

http://pt.wikipedia.org/wiki/Patrim%C3%B4nio_cultural_imaterial 

Tambor de Crioula, expressão máxima da cultura maranhense,

 Reconhecido como patrimônio cultural do Brasil 

  

 

O Tambor de Crioula, dança inventada pelos negros que fugiam para o mato, fugindo do regime de escravidão, cantavam e dançavam para se divertir. Hoje é praticada e produzida por descendentes de negros e simpatizantes, incorpora às práticas do catolicismo tradicional e da religiosidade afro-maranhense, mas não é uma dança de cunho exclusivamente religioso, como o Tambor de Mina, com o qual muitas vezes foi confundido.

É, sobretudo uma forma de diversão de uma das classes sociais mais populares, uma expressão de resistência cultural dos negros e de seus descendentes no Maranhão.

São vários os motivos pelos quais se realiza um Tambor de Crioula: pagamento de promessa, festa de aniversário, chegada ou despedida de parente ou amigo, nascimento de uma criança, morte do bumba-meu-boi, carnaval, festa junina, ano novo etc.

No que diz respeito ao pagamento de promessa, o Tambor de Crioula é oferecido ao santo, especialmente à São Benedito, um santo negro, indispensável, na festa de devoção particular, a presença da imagem do santo, colocado num altar, preparado próximo ao local da dança. O santo também participa da dança, sendo em certos momentos carregado nos braços ou colocado na cabeça das mulheres.


Ainda na dança, destaca-se a presença de vibrantes formas de expressão corporal, apresentadas principalmente pelas mulheres, em movimentos encantadores e harmoniosos, ressaltando cada parte do corpo, como cabeça, ombros, braços, cintura, quadris, pernas e pés. As coreiras (denominação das dançantes) preenchem metade do círculo e a outra metade é ocupada pelos coureiros (tocadores). Dentro da roda, não existe pessoa determinada para iniciar a dança. Entra uma careira de cada vez, enquanto as outras esperam sua vez de entrar. No centro da roda, os movimentos são livres, mais intensos e bem acentuados. Ao entrar, cada coreira mostra seu estilo, sua forma de dançar, de “pungar” outra coreira.

A punga é muito importante na dança, é vista com respeito, principalmente pelos brincantes mais antigos. Tem vários significados: entre as mulheres, se caracteriza como convite para entrar na roda. Quando a coreira que está dançando no centro da roda e quer ser substituída, avança em direção a outra coreira aplicando-lhe a punga, que, por sua vez, entra na roda para dar continuidade à dança. A punga é dada de várias maneiras: no abdome, nas coxas, no pé da barriga e outros, variando de coreira para coreira.

 


O Tambor de Crioula é composto por três tambores: tambor grande (roncador ou rufador), tambor do meio ou meião (socador ou chamador) e o tambor pequeno ou crivador (pererengue ou merengue), sendo feitos de canos ou da mesma qualidade da madeira, a saber: mangue, soró, pau-d`arco, angelim, faveira, mescla etc. O couros dos tambores são esquentados ao redor de uma fogueira, para a afinação correta dos seus próprios tocadores. Há também a matraca, que são dois pedaços de madeira tocada no comprimento do tambor grande.

O Tambor de Crioula é tão antigo quanto a arquitetura das casas e casarões do centro histórico de São Luís.  Até meados da década de 1950, as manifestações culturais no Maranhão eram marginalizadas pela sociedade dominante, sendo a prática delas no espaço urbano proibida pela polícia, que fazia acusações de feitiçaria, pajelança e desordem, evidenciando claramente a ampla difusão de preconceitos da sociedade contra manifestações populares. 

http://jornalcazumba.zip.net/

 

 

VÍDEOS:

Patrimônio imaterial do Brasil, Rede Globo, Ação, em 28/01/2011

Danças Brasileiras – Tambor de Crioula 

“Viajando pelo Brasil, procurando conhecer e aprender os passos, gingados dos dançarinos populares, aprendemos que as danças circulam, e que o corpo informa sobre a vida de cada dançarino.”

Documentário produzido pelo Canal Futura, apresentado por Antônio Nóbrega e Rosane Almeida. O tambor de crioula do Mestre Felipe, em Coroadinho/MA.

“O tambor de crioula é uma manifestação genuinamente afro-maranhense. Acontece o ano inteiro: no carnaval, em aniversário, Festa do Divino, dia de santo, ou em uma simples confraternização de fundo de quintal. O tambor de crioula é uma forma de diversão – uma brincadeira inventada pelos escravos, embora ainda guarde elementos da religiosidade afro-brasileira.”

Redação

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