Jornal GGN – Ampliando o embate da “guerra da vacina”, o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, afirmou durante reunião virtual com governadores de estado nesta terça-feira, 8, que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve demorar até 60 dias para aprovar o uso de qualquer vacina contra a Covid-19.
O aviso bate de frente com o Plano estadual de imunização contra o vírus do governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Nesta segunda-feira, o político anunciou que deve começar a vacinar a população em 25 de janeiro, com o imunizante da chinesa Sinovac, o Coronavac, produzido no país em parceria com o Instituto Butantan.
Segundo informações da Folha de S. Paulo, durante o encontro “tenso”, Pazuello e Doria bateram boca sobre a falta de interesse do governo federal na Coronavac.
No entanto, apesar de anunciar a campanha de imunização, o governo de São Paulo ainda aguarda os resultados dos ensaios clínicos da Fase 3 de testes da vacina, que deve sair no próximo dia 15, além da eventual aprovação da Anvisa.
Por sua vez, Pazuello ao justificar a previsão do Plano Nacional de imunização contra a Covid-19, que deve começar apenas em março, afirmou: “Aí a Anvisa, dentro de sua responsabilidade, vai precisar um tempo. Gira próximo a 60 dias” para aprovar, disse o ministro.
Apesar da afirmação sobre o prazo de aprovação da Anvisa, o ministro de Jair Bolsonaro (sem partido) não especificou se falava da análise para uso emergencial do imunizante, que é restrito para grupos de risco, ou sobre o registro definitivo da vacina.
Além disso, hoje, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirmou que irá entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para que os estados tenham autonomia para adquirir vacinas contra Covid-19 aprovadas por agências internacionais e impedidas pela Anvisa. Doria já sinalizou que deve tomar medidas deste tipo.
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