Aldo Fornazieri
Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.
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PT: entre a paralisia e a divisão?, por Aldo Fornazieri

PT: entre a paralisia e a divisão?

por Aldo Fornazieri

É de se lamentar, tanto do ponto de vista da construção da democracia no Brasil, quanto do ponto de vista das lutas populares e progressistas, que o PT não consiga reagir à crise política do país e à sua própria crise, mergulhando numa profunda inação e crescendo a perspectiva da divisão interna. As críticas que as esquerdas devem fazer ao PT não podem ser orientadas no sentido da destruição do partido. Não será com a destruição do PT que os demais partidos se fortalecerão e crescerão, mas a partir de suas proposições positivas, capazes de angariar a simpatia e a adesão de segmentos sociais e populares.

Se o PT for destruído, há que ser pela sua própria vontade, pela sua incapacidade de sair da crise. Assim, a crítica ao PT deve ser no sentido de tirá-lo da paralisia, de cobrar-lhe uma autocrítica, de fazer com que se explique à sociedade, algo que já passou da hora, faz tempo. A própria presidente Dilma, a rigor abandonada pelo partido, cobrou-lhe que se explique à sociedade. Há que se lamentar também que parte dos militantes reaja de forma esbravejante em face das necessárias críticas que se deve fazer ao PT. Essa autocondescendência é a forma mais rápida de destruir o partido.

Os sinais da divisão interna se acentuaram na semana passada a partir de alguns episódios. Em primeiro lugar está claro que a direção do partido abandonou Dilma à sua própria sorte. Ela não é mais acompanhada por dirigentes. Foi sozinha ao ato contra o golpe em Taboão da Serra há algumas semanas. O ato do dia 31, chamado por movimentos sociais, no Largo da Batata, não teve empenho convocatório do PT e da CUT. As críticas internas e externas à impressão de que o partido abandonou a luta contra o golpe se avolumaram ao ponto da direção emitir uma nota refutando as imputações. Mas onde há fuça há fogo. Os sinais de que o impeachment é dado como favas contadas pela direção são evidentes. De fato, a reversão no Senado é improvável. Mas daí a cair na inanição é algo inaceitável para quem apregoou que Dilma foi afastada por um golpe.

Aceitar Temer ou deslegitima-lo?

Em face das ambiguidades dos dirigentes do partido, as correntes de esquerda emitiam uma nota, “Nenhuma Conciliação com o Golpe”, e alguns líderes desses grupos advertiram acerca da possibilidade de uma “ruptura” interna, caso não haja uma clara demarcação com os golpistas e com o governo Temer. Na sequência, a direção declarou que a proposta de realização de plebiscito e de eleições diretas, defendida por Dilma e setores petistas, não é apoiada pelo partido por ser inviável. Todo esse quadro sinaliza para a existência de três posições no PT: 1) não aceitar o golpe e lutar pelo retorno de Dilma e caso o impeachment seja consumado continuar a luta contra o governo Temer, com o objetivo de inviabilizá-lo; 2) aceitar o impeachment como fato consumado e fazer oposição ao governo Temer preparando o partido para 2018; 3) aceitar o impeachment e negociar com o governo Temer (reforma da previdência etc.,) preparando-se para 2018.

A perspectiva das segunda e terceira posições é a de que é preciso concentrar esforços para defender Lula visando apresenta-lo como alternativa nas eleições presidenciais de 2018. Enquanto isso, o partido entraria no leito normal da política, em oposição ao governo Temer. O problema dessa estratégia é que ela está totalmente submetida aos desígnios das contingências e da fortuna. Isto é: ao imponderável da Lava Jato, pois ela não está ao alcance da luta política por situar-se na esfera judicial; à investida de Gilmar Mendes, que quer suspender o registro do PT; ao próprio Lula, à sua vontade e à sua saúde. Mas o mais perturbador dessas duas posições é que há uma aceitação tácita, para não dizer explícita, do governo Temer.

Ademais, essa perspectiva, além de equivocada, é solitária e unilateral. Apega-se apenas ao mito Lula e não olha e não dialoga com a diversidade de movimentos sociais e políticos progressistas e combativos que surgiram a partir de 2013 e que não se submetem aos parâmetros do PT. Essa perspectiva acredita ter uma força que já não tem. Vive um profundo desgaste político e moral e teima em não reconhecer erros. Poderá até manter a máquina do partido, mas tende a afogar-se nos seus equívocos e na sua arrogância.

As correntes petistas de esquerda propõem que o “PT deverá seguir na luta contra o golpe em conjunto com os movimentos democráticos-populares num embate sem arrefecimento ou conciliação, que só acabará após a vitória da democracia”. Mais adiante o documento afirma que “parte da nossa resistência frente ao programa neoliberal do golpismo, passa pela construção, junto às forças democráticas populares, de diretrizes e de uma plataforma de lutas pelo desenvolvimento com distribuição de poder, renda e propriedade, com soberania nacional e alianças internacionalistas pela paz e pelo desenvolvimento sem o domínio imperialista. Assim propomos uma grande conferência programática que deverá ser realizada em conjunto com os partidos de esquerda e os movimentos e frentes democrático-populares, ressaltando a centralidade da unidade deste campo ao longo de todo o próximo período”.

Criar uma nova perspectiva de futuro

Embora a posição seja combativa, ela é ambígua e insuficiente. Não dá o passo decisivo que consistiria em propor, de forma clara, a formação de uma Frente democrática e progressista, com o objetivo de combater o governo e construir uma alternativa contra o conservadorismo, contra o ataque aos direitos e à democracia. Neste momento de confusão, desânimo e dispersão das forças políticas progressistas é preciso ter uma proposta clara e um rumo definido, visando aglutinar forças, desenvolver um novo programa para o Brasil e construir um instrumento organizativo que seja a expressão de uma nova vontade coletiva.

O pressuposto dessa estratégia é a de que o PT e os partidos de esquerda, como o PSol e o PC do B, e outras agremiações de centro-esquerda esgotaram o seu ideário, o seu apelo e sua capacidade de persuadir os grupos e movimentos sociais com uma esperança de futuro. Não se trata de renegar esses partidos, mas de integrá-los na construção de uma nova perspectiva.

O momento político brasileiro é perturbador e desafiador. Ele requer humildade, responsabilidade e compromissos. Requer, acima de tudo, a coragem para lutar e para mudar. Se a coragem é uma necessidade, então se está diante do dever de ser corajoso. A coragem precisa de mediações eficazes. É preciso fugir das bravatas, pois as forças democráticas e progressistas se mostraram frágeis, desorganizadas e sem capacidade de apelo social. A sociedade brasileira e os segmentos populares sofreram uma imensa derrota no processo político em curso.

Mas é preciso evitar também o oportunismo abstencionista do sangue frio que quer ficar no aguardo de momento mais oportuno para a luta. Esta fuga para o futuro é uma capitulação e um signo dos covardes. Não se trata de combater sem esperança, pois se a vitória vier, não virá de um golpe só, mas de uma nova construção, já que a esquerda que está aí não pode mais servir de parâmetro. O futuro é incerto e a única certeza que podemos ter é que precisamos cumprir nosso dever, lutando por aquilo que acreditamos ser a liberdade, a igualdade e o bem comum.

Aldo Fornazieri – Professor da Escola de Sociologia e Política de São Paulo.

Aldo Fornazieri

Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.

45 Comentários

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  1. Falta de Sintonia

    Em verdade, existe sim alguma falta de sintonia na esquerda brasileira e isso se pode dever a muitos fatores, incluindo o eventual temor de políticos do PT por conta da lava-jato. Não faz mal reconhecer. Na recente eleição de Presidente da Câmara e, ainda, nas candidaturas municipais deste ano, observam-se separações inaceitáveis das esquerdas, o que comprova, em parte, a tese aqui levantada no post.

    Desta vez não irei contestar a tese do Fornazieri, mas, aguardo com ansiedade alguma postura formal da esquerda (a “conferência programática”) que nos sinale, sem vacilações, o caminho certo a seguir.

  2. Aldo, o ingênuo?

    Durante meses (ou anos), antes do eclodir da chamada crise do golpe, Aldo foi um dos mais severos e contumazes críticos do PT, de Dilma e do legado de Lula.

    Nada demais, aceitando como verdade o que ele diz:

    A crítica da esquerda (qual esquerda, a “pura”?) não poderia acabar com o PT, mas destinava-se a “melhorar” ou “depurar” aquilo que o PT trouxe de ruim da tarefa e da experiência de ter governado a meia-reforma da secção brasileira do capitalismo (hoje em dia essa expressão parece cada vez mais inapropriada).

    Temos vários erros conceituais na análise ingênua (?) do Aldo.

    Primeiro ela parte da noção clássica de que há uma esquerda pura, e que o ato de governar teria imposto ao PT uma contaminação de seus princípios “fundadores”.

    Conhece pouco de PT o Aldo, ou conheceu pelo viés equivocado.

    Talvez o que de pior existisse no PT fosse realmente esse mito fundador, que tanto agradou a classe média urbana, e deu substância institucional ao MP, desde 1988, quando nas palavras de Sepúlveda Pertence foi parido o “monstro”.

    Era o paradoxo do partido de base moralista eclesial de base, como o pragmatismo do sindicalismo fordista, misturado com correntes que remontavam o velho conflito de definir Democracia como valor estratégico ou tático.

    Então vamos começar separando o óbvio: Partido e Governo. É aceitável colar boa parte dos erros dos governos Lula e Dilma ao PT, mas esquecer que há limites entre a ação partidária, e a necessidade de construção de consensos e embates para montar e gerir um governo é quase desonestidade intelectual.

    Eu diria ao Aldo que o PT, talvez, tenha sido mais uma vítima dessa máquina voraz chamada Governo. E isso não o isenta da sua parcela de culpa, ao contrário, mas nos revela a gravidade da (im)postura dos partidos nannicos de esquerda e seus porta-vozes (Aldo?) em ter disputado e denegrido cada espaço de ação partidária do PT durante esses anos.

    Não adianta dizer que nas votações esse quadro se revertia, porque sabemos (não é Aldo?) que na percepção popular sobre a política, os símbolos valem mais que atos, na maioria das vezes.

    Depois vamos fugir da cilada teleológica, que determina um comportamento “viu, eu avisei”, só porque já conhecemos o as causas e o resultado seria impossível que ele (o resultado) fosse diferente. Erro clássico em qualque análise sociológica.

    Sendo assim, temos um partido que foi duramente rejeitado nas urnas enquanto trazia uma mensagem jacobina de reforma do Estado brasileiro, e que teve que se curvar ao fato de que a nossa sociedade está estruturada em vícios e escolhas conservadoras, religiosas, patriarcais e patrimonialistas, um arranjo bem específico dessa quase-sempre-quase-potência-capitalista setentrional.

    Foi justamente quando sufocou seus mitos fundadores (dentre eles o moralismo classe média que hoje nos sufoca) é que conquistamos o direito de governar os rumos do país, costurando outro improvável arranjo com forças ainda mais conservadoras.

    E aí passamos a ser duramente criticados porque capitulamos.

    Desde a Carta aos Brasileiros, o PT fez sua opção pela tentativa de um pacto meio keneysiano, com o objetivo de ampliar a faixa de classe média do país, tendo como base a crença lulista no fordismo e na expansão da base de bens de consumo como receita para o sucesso político.

    Deu certo até certo ponto, porque um país com tantos gargalos vai ter que acertar as contas dos fossos sociais cavados por séculos de desigualdade em alguma hora.

    Não, Aldo, o PT não tem que prestar contas à sociedade, e não por arrogância olímpica, mas pelo simples fato de que foi a própria sociedade (e vice-versa o PT) que se colocou nessa encruzilhada política.

    Partidos nanicos da esquerda passaram os dois mandatos de Lula e os quase dois da Dilma surrando o PT, não pelos seus erros conceituais, mas pelos seus acertos. Passaram anos aliando-se ao que há de pior no Congresso e na mídia, na doce e cretina ilusão de que ganhariam espaço  rapinando os restos caídos da boca dos canibais do stf, do mp e da mídia.

    Claro, Aldo, eu sei que isso é a luta política, é do jogo. Porém, fazer política é prever cenários, projetá-los, e os nanicos da esquerda esperavam o quê quando davam legitimdade moral a sanha midiática?

    No entanto, chamar ao entendimento, partindo da premissa que é tarefa do PT reconstruir o campo da esquerda é tolice, me perdoe a franqueza. 

    Vamos corrigir outro erro atávico: Enxergar as divisões internas do PT como ruins em si. Ora, ainda que aceitemos o fato de que não é hora de divisão, o fato é que é a possibilidade de divergir que sempre renovou o PT e seus quadros.

    A questão não é Dilma sai ou não sai (de vez), ou esperar a volta varguista de Lula (nos braços do povo, até o próximo golpe ou um sucídio, quem sabe?).

    Dilma não é só vítima, porque também fez suas escolhas, e talvez tenha as projetado em cenários equivocados, nnunca seberemos, porque boa parte da informação nunca nos chegará, e como diz o pwersonagem Francis Underwood, “especular é inútil”.

    Esse modelo capitalista de pactuação de diferenças abissais não se resolve sem um forte secessão, sem separar o joio do trigo, sem ensaiar falsos ajuntamentos e uniões que sublimem (mais uma vez os conflitos). E pior, sem considerar um forte investimento bélico de dissuasão de qualquer intromissão estrangeira (leiase EUA).

    Perguntemos, de modo pragmático, beirando ao cinismo: Dilma voltará para quê, com um Congresso desses?

    Lula ganhará em 2018, com que base parlamentar?

    É possível governar sem mudar as regras de controle social da mídia?

    E o Judiciário e o MP, como governar quando poderes não eleitos podem mais que o poder originário?

    Voltar apenas para tentar consertar e equilibrar o vai-e-vém dos fluxos e influxos do capitalismo rentista mundial?

    Eu aprendi que tem horas que a divisão ajuda, porque agrupado a gente se torna um alvo mais fácil.

    Enfim, se de tudo eu estiver errado, agora é hora dos “esquerdos puros de coração” (como o Aldo) trazerem à luz a redenção vanguardista dos povos, e nos guiar rumo ao paraísoi terrestre.

    Mãos à obra pessoal…agora é com vocês. Boa sorte Aldo.

    1. Nem me dei ao trabalho de ler

      Nem me dei ao trabalho de ler na integra o texto. É mais da mesma lenga-lenga que o PT foi externando ao longo de todo o periodo em que esteve na presidencia a começar pela carta aos brasileiros. Querer colocar a responsabilidade numa esquerda que não chega a uma fração mínima do PT é de uma impostura só encontrável na direita. Quem aceitou e deu poderes aos Vacarezzas não foi a esquerda como tambem não foi ela que se afastou e traiu o movimento popular. É preciso admitir que o PT está contaminado, apodrecido de cima abaixo e não é de hoje. Ao inves de utizar-se da fraqueza da direita, sempre que ela se expos e deu margem para lhe cortarem a cabeça, o PT a afagou e protegeu. 

      1. Dislexia

        É isso, é desse moralismo classe média que falamos, infelizmente, você não leu tudo…

        Você tem razão, política contamina, porque política asséptica é anti-política, ou o fascismo da Lava-Jato e outros…

        Enquanto Lula e Dila surfavam nas medidas anti-cíclicas, e no aumento do conforto econômico a classe C tava tudo bem, e Vacarezza nem era lembrado.

        Mas fica a pergunta: Com quem deveríamos governar, com o Randolfe , ou o Chico Alencar. Ou o Cyro Garcia?

        Ah, Randolfe não, logo que teve a chance de disputar a eleição no nseu estado natal, no segundo turno, fechou com o Demos.

        Traição, blá, blá, blá, e outras querelas sentimentais não resolvem os problemas impostos pela realidade.

         

        Fraqueza da direita? Uai, uai, uai… É, eu deveria ter parado de ler o comentário bem antes. Imaginar que a direita local se move desprendida dos movimentos internacionais do Capital não é só ingenuidade ou burrice, é má fé mesmo, então, deixa para lá…

        Em outro ponto você tem razão: A micro esquerda, é certo, nunca teve capital político para construir nada, o que não significa que não tenha conseguido ajudar a destruir o que foi feito…

        Dimas, tens razão, não tente ler mais nada que escrevo, adiantará de nada…

  3. Uma proposta política realista

    Devemos reconhecer um fato: o golpe destruiu o pleno Estado Democrático de Direito. Ficou um rebotalho, no qual alguns ainda tentam desesperadamente e ilusoriamente se segurar.

    Temos nessa crise uma grande oportunidade. Reconhecer nossas condições sociais e políticas; e propor algo novo.

    Esse novo seria um partido de centro-esquerda, aglutinando todos os democratas, e com o objetivo de reconstruir o Estado Democrático de Direito, eliminar o poder deformador das grandes empresas de comunicação e EDUCAR POLITICAMENTE nosso povo.

    Ou seja, criar os fundamentos desse país para formar no futuro uma Nação Democrática.

     

  4. É muito fácil falar sobre o

    É muito fácil falar sobre o que não está a nosso alcance. 

    Vejamos que uma voz muito respeitada e forte no Senado foi praticamente calada com uma grosseira ação da justiça e da polícia. Refiro-me ao acontecido a Paulo Bernardo, que teve por princípio calar a boca de Gleisi Hoffman. A qualquer momento as acusações contra o marido dela cairão por terra, demonstrando ter sido apenas o cala-bca e mais nada. 

    Quem levantar a voz contra esses abutres, em sendo petista, vai se lascar. Por isso, nos ajuda muito ver Requião no Senado, Greenwald nas páginas de jornais e Internet, entre outros que não fazem parte do PT, informarem o que se passa nos bastidores dessa trama imunda, que envolve políticos, mas também a justiça e a imprensa, contando, claro, com a PF. 

    PSOl e outros partidos, que estão tão ou mais incomodados com Temer no poder que os petistas, daqui a pouco terão que esquecer este momento para se digladiarem nos diversos palanques dos inúmeros municípios brasileiros, cada um lutanto pela sua sobrevivência. Política é a arte do oportunismo também. 

    1. Quem cala e quem consente

      Se o PT fosse minimamente decente já teria há muito mandado pastar essa menina de recados dos ruralistas, a tal de Geisi Hoffman (ou Gleisi Arruda, nunca sei ao certo quem é quem… as duas são moralmente tão semelhantes!…) , bem como seu digníssimo esposo, o pau-mandado dos impérios midiáticos.

      1. Um primor…

        Legal é fazer política só com quem a gente gosta ou acha honesto…Que coisa horrível essa política que divide a disputa pela hegemonia a partir do interesse de classe, não?

        E mais horrível ainda saber que mesmo entre nós interesses que nem sempre comungamos, e o pior, que não há blocos monolíticos, como tentaram antes todos os autocratas partidários…

        Quanto junta sociologia e antropologia para fazer julgamento “moral” da política dá nisso, santos zeus…

        Incrível que raramente ouvíamos esses julgamentos quando a popularidade do barbudo estava nas alturas, e cujo projeto de poder tinha o Meirelles no Banco Central (uai, como assim?), o Pallocci como garoto dee recados da banca rentista e outros que tais…

        Ou seja, entre sérgio moro e a esquerda nanica tem pouca ou nenhuma diferença…

        Eu acho que o moro deve procurar o psol ou o pstu para se lançar, que tal?

  5. PT: entre a paralisia e a divisão?, por Aldo Fornazieri

    Realmente, com o golpe corrupto/fascista ficou clara a fragilidade da posição do PT. Fragilidade essa surgida do longo período de governo. Bandeiras foram esquecidas, as bases populares abandonadas e as lideranças esquecidas.

    O governo Dilma mostrou a redução da política no governo federal, o fechamento da presidente e seus ministros ao que ocorria no mundo exterior ao centro.

    O contraditório não aconteceu, as manipulações e mentiras descaradas da mídia correram soltas, instituições básicas ao exercício do poder foram abandonadas a pretexto de um neorepublicanismo suicida e leniente.

    Deu no que  deu.

    Agora, no meio da tormenta, surgem grupos diversos com idéias salvadoras.

    Mas concordo com Fornazieri. O caminho são as sandálias da humildade, o reconhecimento dos erros cometidos, a definição de uma plataforma mínima no campo democrético que una os diversos movimentos, partidos e lideranças. Mas sem abandonar a luta contra o golpe até a normalização e retorno á democracia.

    A volta de Dilma deve ser proposta básica de união, uma consulta aos desejos dos brasileiros, e um governo realmente voltado para o interesse do povo se vencedora a mannutenção de Dilma.

    As bandeiras de luta contra a manutenção de vantagens para poucos, a reforma da mídia, da legislação protetora para uns. a reforma fiscal do sistema regressivo que temos, a reforma do processo judicial a reduzir o tempo de tramitação de feitos que só servem aos abonados, o desenvolvimento de nossa infraestrutura, de nossas empresas e nossos empregos, a defesa dos mais carentes.

    O Brasil ainda está para ser lançado no século XXI e não podemos ficar em litígios menores dentro do campo popular. Ainda mais, como ficou evidenciado, a prepotência com que o outro lado atua.

    O PT, embora seus erros, ainda é o partido a liderar a esquerda, claro está que essa liderança deve ser consentida e não imposta. E Lula tem papel importante nesse processo.

     

  6. Deus me livre e guarde!

    O PT tem um cadidato fortíssimo à presidência, mas não tem a menor ideia do que esse candidato pode significar para além da mera retomada do poder. “Voltar para quê?” – essa deveria ser a questão. Voltar para que um Henrique Meirelles (ou congênere) comande a economia quando a reforma da Previdência já for fato consumado? Como é que se baixam esses juros? Se naõ é do jeito da Dilma, de que jeito é? Qual é o plano para a educação básica? Qual é a o plano para a Previdência? Assoviar olhando para as nuvens? Como é que ficam as agências reguladoras? (Tente fazer uma reclamação na Anatel, e veja de que lado ela fica.) Qual é o plano de vôo, afinal?

    Neste momento, o governo Temer é uma bênção, pois nos dá algum tempo para refletir sobre questões como essas e ganharmos um rosto definido. Acima de tudo, nos dá a oportunidade para buscar aquilo que a direita conseguiu, apesar das distâncias estelares existentes entre um Serra e um Aécio, para fica no exemplo mais conspícuo. Voltar para atuar NESSE sistema político é se condenar a não conseguir fazer nada de novo e, acima de tudo, a fazer de novo tudo que nos levou a esse buraco. É claro que temos que combater o governo Temer, e denunciar o golpe que o levou ao poder. Mas se oferecer para gerenciar por dois anos o caos que essa corja de golpistas corruptos criou? Nem louco… Quem pariu Mateus que o embale, levando-o no colo, aos berros, até as eleições de 2018. Aí, se Lula estiver preso ou inelegível, tanto melhor para quem vocalizar a crítica à situação surreal que vivemos hoje. Quanto mais mexerem nessa coisa toda, mais essa coisa toda vai feder. 

    Sim, temos que “não aceitar o golpe e lutar pelo retorno de Dilma e caso o impeachment seja consumado continuar a luta contra o governo Temer, com o objetivo de inviabilizá-lo”. No íntimo, devemos ter o bom senso de “aceitar o impeachment como fato consumado” e, com toda a força possível, “fazer oposição ao governo Temer”, preparando, NÃO o partido, mas a ESQUERDA UNIDA para 2018. Desconfio que teríamos que reformar a Previdência de qualquer modo – melhor que essa conta amarga e outras, mais amargas ainda, caiam no colo da quadrilha que hoje governa o país. Não foi isso que pediram? É isso o que terão. Nòs temos que nos preparar para o que vem depois. De preferência, sem nos fixarmos na ideia de Lula. Ciro Gomes não seria um candidato fortíssimo? Jean Wylllys não seria um luxo político de deixar o mundo todo deslumbrado? E, se der, o Lula, por que não? Nosso problema, neste momento, é saber POR QUE SIM.

  7. Manifesto Partidário.

    Não vale a pena discutir sobre manifestação partidária. Mas vale dizer que o que o PT enfrenta hoje é justamente decorrente da audácia de movimentações audaciosas. Quem tem que fazer auto – crítica e talvez avaliar “paralisia” porque não se projeta no cenário político e, por conseguinte, não sofre ataques do instrumental bélico da Direita enfurecida, não é o PT. Está mais para a chamada esquerda que a Direita gosta.

  8. Realmente esse Aldo F qq

    Realmente esse Aldo F qq coisa é um tacanho. Uma análise baixo nível. Não gosta do PT problema dele. A maioria aqui e que não concorda com ele também não é do PT.

    Falar dos erros? Autocrítica? de quais erros exatamente? E por quanto tempo? Será que se o PT fizer isso, os problemas acabam? Não, não acabam e não vai haver auto crítica que chegue para satisfazer esses verdadeiros abutres da esquerda destrutiva. Se o PT já estivesse tão mal como se descreve, Gilmar não precisaria sair de sua sonolência fascista querendo cassar o registro e Lula não estaria na frente em qq pesquisa eleitoral, mesmo com toda a caçada que lehe promove a direita, Moro, a mídia golpista e o Judiciário conivente.

    Mas é isso que os abutres da esquerda destrutiva querem: os votos do PT. Para quê? Para nada. Iam ficar o tempo todo discutindo o que fazer e brigando com todo mundo. E aí acabava o mandato. Abutres. 

    1. É duro, mas Aldo…

      Por vezes fico p… com Aldo.

      Mas ele é petista raiz, e daqueles que não pula do barco.

      A crítica dele é cortante, e é de quem fez e faz do PT um partido fundamental na História do Brasil.

  9. Xiii, se passar a proposta do

    Xiii, se passar a proposta do Gilmar Mendes de cassar o PT, o Aldo Fornazieri vai ficar sem assunto.

    Tem um hipopótomo na Praça dos Três Poderes e o Aldo quer discutir se o bicho é unicornio ou bicórnio. Deveria conversar com o Hélio Bicudo, o Cristovam Buarque, a Marta. Até mesmo com a Dilma e o Zé Eduardo Cardoso. Quem sabe eles lhe dão a resposta que procura.

    1. Sobrará os petistas

      Sobrará os petistas remanescentes, ligados a Lula, que ele ajudará a criminalizar, para apodrecerem na cadeia.

      As mais proeminentes personalidades que conheci q fizeram do PT sua obsessão, Cristovam Buarque virou isso q está aí e Marina sobrevoa nossas cabeças no jatinho do Itaú e no outro jatinho sem dono, mas, continua sua soberba, “limpa e  impoluta”.

  10. Com a palavra, um petista bem orgânico…

    Assim se pronunciou o sociólogo Celso Rocha de Barros, analista do Banco Central, na coluna de Opinião da Folha de São Paulo hoje:

    O PT vai rachar?

    Há um risco real de o PT rachar. O Campo Majoritário e a tendência Mensagem ao Partido, do ex-governador Tarso Genro, vêm adotando posições públicas cada vez mais difíceis de conciliar. Os dissidentes são um grupo importante, com capacidade de levar uma parte razoável do partido com eles. No mínimo, a disputa interna deve se acirrar.

    Boatos sobre a saída da Mensagem já circulam há mais de um ano. Mas a crise do segundo mandato de Dilma criou uma tensão. Por um lado, vários grupos dentro do PT passaram a contemplar a possibilidade de sair da sigla. Se Dilma tivesse conseguido fazer o ajuste com Levy/Barbosa, o racha teria sido inevitável.

    Por outro lado, a guerra do impeachment criou um constrangimento: um êxodo em massa de petistas teria sido uma rendição sem honra diante da ofensiva conservadora, conduzida por partidos e setores à direita, inclusive, do PSDB.

    A batalha do impeachment está acabando e todos sabem qual será seu resultado. Em poucas semanas, não haverá mais o principal obstáculo ao racha. Três eventos recentes sugerem que o risco de dissidência cresceu.

    O mais importante, sem dúvida, foi a eleição da presidência da Câmara. Enquanto os dirigentes do partido (Lula incluído) apoiavam Rodrigo Maia (DEM-RJ), parte importante da bancada se retirava do plenário. Os dissidentes não aceitam voltar a jogar o jogo tradicional da política brasileira. Entendo quem não queira fazê-lo, mas, por enquanto, é o jogo que temos.

    Na semana passada, uma nova tensão surgiu quando Rui Falcão, presidente do PT, recusou publicamente a tese da consulta popular por novas eleições caso Dilma sobreviva ao impeachment. A própria presidente havia manifestado simpatia por novas eleições. Como notou o jornalista Kennedy Alencar, a declaração de Falcão foi o adeus do partido a Dilma.

    A posição do presidente do PT levou Tarso Genro a escrever, em uma rede social, que os dirigentes do PT “omitiram todos os erros sem um pio. Agora que Dilma aponta, corretamente, querer responder com a soberania popular, direção do PT diz não”.

    E Dilma, por sua vez, parece propensa a romper com a direção do PT. As declarações da presidente pedindo autocrítica do partido se tornaram mais frequentes desde que as denúncias de dinheiro irregular em sua campanha eleitoral se tornaram mais críveis.

    Além de jogar a culpa no PT (que não deve mesmo ser inocente), Dilma deu sinais de que pretende cair com o discurso dos dissidentes: em entrevista recente à Folha, declarou que seu grande erro foi tentar um ajuste fiscal rápido demais.

    Essa autocrítica pela esquerda é nova: em outros momentos, Dilma dizia que seu erro foi ter subestimado o tamanho da crise internacional em 2014, ou ter se aliado ao PMDB.

    O PT cometeu muitos erros, e não chega a ser uma surpresa que um grupo grande de militantes pense em deixar a legenda.

    O problema é outro. Os dirigentes que cometeram crimes eram os que mais aceitavam as regras do jogo, tanto na política quanto na economia. Isso diz algo sobre as regras do jogo. Mas será muito ruim para o país se uma parte importante da esquerda, que inclui quadros de grande qualidade, se recusar a jogar. Isso diminuiria, inclusive, as chances de construirmos um novo jogo no pós-Lava Jato.
     

    1. Quais seriam os dirigentes que cometeram crimes?

      Não dá para aceitar falar em responsabilidade sobre CRIMES sem apresentar a que se refere e o que fundamenta essa afirmação ou ilação. Quem são os dirigentes que cometeram crimes e quais seriam esses crimes? Estaria o nobre suposto petista falando sobre os réus que foram linchados e condenados por vários crimes hediondos, sem provas, com base na “…Literatura do Direito…” da Ministra (SIC) Rosa Weber?

      Se vc afirma que:

      “Os dirigentes que cometeram crimes eram os que mais aceitavam as regras do jogo, tanto na política quanto na economia.”

      …em tom de crítica, deve ter alguma proposição para o enfrentamento da hegemonia da Direita Fascista dominante sem se submeter as regras do jogo.

      Eu vejo que fica muito claro o por que de o Mercado levar de goleada toda vez que resolve comprar todo mundo e virar a mesa da democracia. Parece claro que é porque quem se diz “de esquerda” não consegue enxergar um palmo adiante do próprio nariz e só pensa em si e em seus pequenos grupos. Quando observam quem se destacou e realizou, caçado e linchado em praça pública pela coligação Judiciário/Mercado/Globo-Mossack & Fonseca, faz de conta que não tem nada a ver com isso e ao contrário de combater o verdadeiro inimigo, volta-se contra seus próprios aliados imaginando que enfim encontrarão o espaço onde possam fazer prosperar as suas ideias sem a tirania do movimento majoritário, sob ataque. Isso me lembra a referencia ao Stalinismo que o Antonio David observou com sua visão apurada em certas esquerdas que são defensores de uma “democracia” em que todos devem concordar com o rumo que eles, “de esquerda”, consideram correto. Stalinismo puro!

      “Stalinismo nos olhos dos outros é refresco!”

      http://www.viomundo.com.br/politica/antonio-david-stalinismo-nos-olhos-dos-outros-e-refresco.html

       

       

    2. Com a palavra, um petista bem orgânico…

      Ricardo,

      De qualquer forma o PT sairá menor do que entrou no governo Dilma. Não precisa a vazajato fazer o trabalho sujo. A política se imporá.

      Lula permanecerá com o PT em qualquer circunstância e Dilma abandona o partido. Não sei se submeterá a outra tendência política. Para ela a política partidária termina com seu mandato.

      Tarso Genro vai pouco a pouco formando um grupo maior que ou comanda o PT ou sai fora. Suas posições tem sido corajosas no sentido de repor o PT em seu trilho original.

      O PT com Lula e Dilma, em que pese os avanços notórios, se aliaram com o inimigo, dormiram com ele e se deixaram emprenhar,; o governo federal deixou enormes espaços vazios na governança, abandonou bandeiras tradicionais, quiz fazer dos aliados entes submissos, sufocou lideranças internas emergentes e distanciou-se dos movimentos sociais.  Com Dilma só piorou, Mercadante e Cardoso foram desastrosos. Levy um trem desgovernado a atropelar tudo e todos dentro do partido. O neorepublicanismo foi a negação dos votos recebidos por ambos.

      Assim, errou o PT e erraram Lula e Dilma.

      Ou o PT se revisa internamente ou as urnas revisarão o partido, que hoje sobrevive por sua única liderança.

      Como o PT é dominado por velhos combatentes – o roto falando do esfarrapado, não creio em mudanças.

      Uma posição pessimista mas não vejo como não ser.

      1. Exatamente por tudo isso, Milton…

        …eu me perguntava abaixo: destruir o PT? pra que? Isso é coisa do Gilmar Mendes. Para a esquerda isso é irrelevante.

        O que resta de virtude no PT vai acabar escorrendo-lhe pelas frestas, já que os vícios da velha e anquilosada Articulação (pouco importa se essa escória hoje se chame, tão pomposa quanto insipidamente, “Campo Majoritário”) se metastasiaram a um ponto irreversível.

        O lulismo e o petismo-no-governo, como você bem descreveu, é que acabaram fomentando esse câncer.

        A única alternativa para a esquerda continuar viva (inclusive a do próprio PT) é aplicar uma boa quimioterapia política neles.

        1. Otimo artigo

          E otima tb a discussao de vcs dois.

          Concordo com tudo – infelizmente.

          Nao entendo muito das tendencias do PT.

          Paulo Pimenta fz parte do “Mensagem…”?

          Tem sido o unico deputado a atuar em linha com a militancia:

          Paulo Pimenta (e Nassif) lembram mundo de que PGR Janot não morreu ainda, por Romulus      

          ROMULUS      TER, 09/08/2016 – 07:17      ATUALIZADO EM 10/08/2016 – 00:46

          Paulo Pimenta (e Nassif) lembram o mundo de que PGR Janot não morreu ainda – apesar dos grandes esforços do procurador para ser esquecido durante a mais grave crise que o Brasil enfrenta enquanto Estado – de direito e/ou democrático.

          Por Romulus

          Paulo Pimenta é um dos raros deputados do PT que levanta o tom – da retorica, mas também das ações – quando isso se faz necessário.

          Ele, sem deixar de se pautar pelo “decoro parlamentar”, faz a crítica como deve ser feita nesse jogo farsesco: vai ao limite do questionamento do sistema – mas agindo ainda dentro dele – de forma a escancarar o viés político claro e todos os seus vícios.

          A militância não esquecerá, deputado.

          Não só notam a sua bravura solitária, como também concluem que o senhor – talvez também solitariamente – não tem o rabo preso.

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  11. Destruir o PT?

    Talvez o Gilmar Mendes queira destruir o PT. Talvez esse seja o sonho dourado dos pimpolhos da classe média paulista gourmetizada.

    Mas não creio que, na esquerda, alguém queira (ou precise) destruir o PT, mesmo porque, em termos de esquerda, o próprio PT já se mostrou bastante e suficiente para tal trabalho.

    O que, sim, é preciso, imperiosa e incontornavelmente, desmontar e pôr abaixo, para o bem da esquerda, dos sonhos de transformação e justiça social e da inspiração utópica do socialismo, é, sem nenhuma sombra de dúvida, o petismo e o lulismo.

    Não é outro senão esse o verdadeiro começo da mudança a que se refere o Fornazieri.

  12. ACHO QUE JÁ DISSE ISSO EM

    ACHO QUE JÁ DISSE ISSO EM ALGUM LUGAR POR AQUI HOJE, QUE O PT PRECISA E NÃO É DE HOJE, DE UM NOVO PRESIDENTE. ALGUÉM DE FIBRA, MARRENTO, CORAJOSO. AH, ME ESQUECI, ESSE ERA LULA, ACHO QUE NÃO HAVERÁ OUTRO.

  13. ENTRE O FANATISMO E A CORRUPÇÃO!

    Só existe duas explicações para a atitude do PT, pode ser fanatismo político, daquele que só se defende o que está escrito nas “bíblias” dos comunistas; ou pura corrupção mesmo. Entretanto, parece que a Lava Jato nos deu uma firme pista sobre essas duas opções! Afinal, quando o povo decide qualquer coisa em PLEBISCITO ou REFERENDO, não tem como a roubalheira atuar!

    Como torcer não custa nada, esperamos estar errados, queimar a língua, e ver nossas esquerdas reagirem nas ruas com a campanha pelo PLEBISCITO!

    QUEM NÃO QUER DECIDIR O IMPEACHMENT NUM PĹEBISCITO?

    Quem tem medo do povo, devia pedir pra sair! No PLEBISCITO, abrimos um debate público oficial entre os melhores especialistas, em cadeia nacional de TVs, por vários meses. Depois disso o povo decide no voto, se quer novas eleições, ou que o governo Dilma continue.

    Infelizmente, existe uma feroz resistência por parte da direita colonialista; e, por incrível que parece, até de setores da esquerda, como o cientista político Wanderley Guilherme dos Santos. Confiram a matéria do GGN, que ele escreveu contra o PLEBISCITO:

    https://jornalggn.com.br/noticia/wanderley-guilherme-dos-santos-critica-acoes-da-esquerda-diante-do-golpe-e-golpistas

    NÃO EXISTE INCLUSÃO SOCIAL, SEM INCLUSÃO POLÍTICA!

    Será que o Wanderley consegue contestar? Quem defende apenas a inclusão social é um demagogo. O povo não precisa de tutor ou babá, mas sim de ferramentas para poder debater assuntos importantes em alto nível, em cadeia nacional de TVs, e depois fazer valer sua vontade.

    Isso se faz com a valorização dos ABAIXO ASSINADOS populares, para que tenham poder de convocar PLEBISCITOS e REFERENDOS, inclusive o PLEBISCITO DESTITUINTE. Só que grande parte das esquerdas não defende nem mesmo os plebiscitos convocados pelo congresso. Isso tem nome, chama-se HIPOCRISIA!

    É simples! Se, para eles, o povo pode ser manipulado e enganado; por que se organizam em partidos, e disputam eleições? Afinal, jamais teriam chance alguma, desse jeito. Quer dizer que o povo é sábio, quando elege a Dilma e o Lula por quatro eleições seguidas, mesmo com toda a mídia contra, e até o judiciário, mas pra votar um PLEBISCITO não servimos?

    O que ganharíamos com isso? MAIS DEMOCRACIA, ora. Ou será que isso não é importante nesse momento? E também legitimidade. Aliás, duvido que a Dilma perdesse esse PLEBISCITO, na medida em que tivesse tempo para explicar-se ao eleitorado. E se não ganhasse, deveríamos contrariar o povo, como faz o Temer, ou promover outro processo eleitoral?

    SEM INCLUSÃO POLÍTICA NÃO EXISTE NEM CAPITALISMO!

    Pois o capitalismo exige o LIVRE MERCADO. A maior parte das forças econômicas do país, sejam pequenas e médias empresas, ou consumidores, acaba sendo vencida e subjugada pela corrupção. Já que os empresários mais bem sucedidos e ligados ao poder compram políticos corruptos, fazendo o país funcionar exclusivamente para eles, com políticas contrárias aos interesses nacionais, como juros elevados, arrocho salarial, e economia voltada para exportação.

    Ou seja, SEM INCLUSÃO POLÍTICA NÃO SOMOS NADA, não é possível ser nem socialista, nem capitalista. Viramos uma colônia, um país de corruptos, que normalmente preferem aproveitar dos altos lucros de se promover o ARROCHO SALARIAL, e exportar a todo custo para os países mais ricos.

    Pois produzir a baixo custo, e vender onde a renda é elevada, vem a ser o negócio mais lucrativo do mundo. Isso não é livre mercado, chama-se COLONIALISMO. O Temer não é um cara de direita, mas sim um colonialista, ele defende exatamente isso, e precisa ser combatido por todos nós, da esquerda e da direita. Confiram:

    https://www.facebook.com/democracia.direta.brasileira/photos/a.300951956707140.1073741826.300330306769305/787906008011730/?type=3&theater

    PELA FALTA DE INCLUSÃO POLÍTICA ESTAMOS PERDENDO NOSSA INCLUSÃO SOCIAL!

    Pois hoje eles conseguem retirar do povo o que quiserem, já que não temos direito de derrubar suas leis, de cassá-los, ou de convocar PLEBISCITOS sobre assuntos de nosso interesse.

    O próprio poder judiciário acaba se corrompendo. Já que, sem o controle de seus políticos, o povo assiste ao presidente do senado engavetar todos os pedidos de impeachment contra nossos juízes, que são os mais corruptos do mundo. Confiram como é simples lutar por esses direitos, sabendo o que pedir, e defendendo a PEC 21/2015:

    https://youtu.be/x_ZbmgmMTBc

    https://youtu.be/RMPih7oZkX4

    Nesse aspecto, a Dilma é uma política que está 100 anos na frente da direita brasileira colonialista, e 50 anos na frente da parte caduca de nossas esquerdas. Vejam como ela defende uma maior democratização para o país:

    https://www.facebook.com/democracia.direta.brasileira/photos/a.353345524801116.1073741836.300330306769305/658093764326289/?type=3&theater

    DEMOCRACIA EM PERIGO!

    A campanha pelo PLEBISCITO é importante, porque agrega gente de todo tipo, e dá mais consistência à luta contra o impeachment. Pedir o PLEBISCITO é fundamental, para deixar essa imagem na cabeça de nosso povo, fazendo-o ver que existe uma outra alternativa, que passa por nós mesmos.

    Devemos mostrar à população, que também temos excelentes políticos, que lutam por alternativas assim. A ideia de ter direito de debater e decidir, pode trazer de volta o interesse pela política ao brasileiro, indispensável para que um povo LUTE POR SUA DEMOCRACIA!

    Todos sabem onde vai dar o governo Temer, e as dificuldades e escândalos que recairão sobre o país. Imaginem o que pode acontecer, se, com a ajuda da globo, o povo começar a exigir a volta da ditadura…

    Vejam como estamos vulneráveis, e como o PLEBISCITO seria uma vacina contra esse regime hediondo, que já nos deixou com hiperinflação, desemprego em massa, dívida externa impagável, e sistema de saúde de país africano:

    https://www.facebook.com/democracia.direta.brasileira/photos/a.300951956707140.1073741826.300330306769305/796570937145237/?type=3&theater

    O FANATISMO POLÍTICO!

    Tem gente que leva suas ideologias políticas, como um fanático religioso. Para eles, alguns escritos antigos e em parte ultrapassados, que seriam criticados até por seus próprios autores, caso estivessem vivos; são mantidos como escrituras sagradas, que se mantém perfeitas:

    http://democraciadiretabrasileira.blogspot.com.br/2014/05/capitalismo-comunismo-ou-democracia.html?view=flipcard

    A MENTIRA SOBRE AS MINORIAS!

    A DEMOCRACIA DIRETA não é contra as minorias. Não podemos viver no mundo da lua, e achar que uma minoria poderá se impor sobre a maioria. Apenas a minoria dos mais ricos consegue fazer isso, mas porque conta com uma infinidade de apoiadores menos ricos, que pensam levar vantagem com o atual sistema, enquanto entram pelo cano:

    https://www.facebook.com/democracia.direta.brasileira/photos/a.300951956707140.1073741826.300330306769305/792465974222400/?type=3&theater

    Nossas minorias não podem se iludir, achando que devem lutar pelo poder, como os mais ricos. Porque teriam que se sujeitar às mesmas práticas, e manchar suas próprias causas. A luta deve ser pelos DIREITOS, e numa DEMOCRACIA DIRETA o povo é muito mais compreensivo com as minorias, que os políticos. Só aí já levariam uma grande vantagem com a DD.

    Entretanto, o homem é independente por natureza. Porque ninguém gosta que outros venham meter o bico no que estão fazendo. Assim, numa DD, leis que dão autonomia a cada canto, são amplamente apoiadas.

    A DD é federativa e até mesmo municipalista e bairrista! Como é muito mais fácil vencer preconceitos e desafios a nível municipal, a DD facilita a conquista de diversas causas minoritárias. Aliás, o que é uma minoria no país inteiro, pode não ser numa cidade ou estado, além de manter muitos simpatizantes neles.

    Dessa forma, as conquistas vão surgindo das bases da sociedade; e, mesmo que não atinjam o nível nacional, cada um é livre para viver onde quiser. Ou seja, alguém que faz parte de uma minoria, só não vive onde suas reivindicações são atendidas, se assim não desejar. E se houver motivos mais importantes que o de sua minoria, como família, trabalho, etc; cada um os pesará conforme sua vontade.

    E na medida em que novos direitos são conquistados em alguma região, eles ficarão bem mais fáceis de serem incorporados às outras. E sem que nossa liberdade viole o direito dos demais…

    Assim, por exemplo, até a minoria de comunistas, existente hoje no Brasil, conseguiria ser atendida. Pois algumas cidades ou estados poderiam dar prioridade às atividades coletivas, promover a suas cooperativas, além de fechar bairros e até cidades inteiras para esse desenvolvimento, dependendo unicamente da vontade de seus eleitores. Imaginem só, se eles tivessem sucesso. Em pouco tempo tomariam conta do país. Não seria um grande desafio?

    Infelizmente, grande parte da extrema esquerda brasileira não busca esse caminho, que poderia ser trilhado pacificamente, sem se impor sobre os outros, e sem violar o direito alheio. Não sabemos se por fanatismo, falta de conhecimento, ou medo de fracassar, provando não ser mesmo a melhor opção social. O que acaba desmoralizando a própria causa. Lembrando que países, como ISRAEL, fazem isso há muitas décadas com os KIBUTZ; onde cada um escolhe seu modo de vida, sem precisar encher o saco dos outros!

    Felizmente, temos visto políticos de extrema esquerda, essa ideologia tão importante ao desenvolvimento social, que também estão apoiando o PLEBISCITO. Aliás, temos visto as nações mais avançadas do planeta chegando ao estágio atual, na medida em que adotam ideias tradicionalmente capitalistas, ao lado de ideias comunistas, provando ser possível conciliar todos esses interesses. Confiram:

    https://www.facebook.com/democracia.direta.brasileira/photos/a.300951956707140.1073741826.300330306769305/538137582988575/?type=3&theater

    Até porque, os filósofos comunistas usavam o fim da propriedade privada dos meios de produção, apenas como uma ferramenta para se alcançar uma finalidade muito mais elevada, a JUSTIÇA SOCIAL. E se podemos chegar a ela com outras ferramentas muito mais modernas e pacíficas, o que justificaria nossa oposição em utilizá-las? Confiram a evolução de nossas esquerdas, vendo a campanha pelo PLEBISCITO nas ruas, sem deixar de reparar como a maior parte ainda não está cobrando por isso:

    http://www.redebrasilatual.com.br/politica/2016/07/manifestacao-pelo-fora-temer-reune-40-mil-em-sao-paulo-4428.html

    https://www.brasil247.com/pt/247/brasil/246851/Povo-vai-às-ruas-por-‘fora-Temer’-e-novas-eleições.htm

    https://pbs.twimg.com/media/Cot7XtAUkAA9XVj.jpg

    http://www.conversaafiada.com.br/brasil/31-07-fora-temer/Goias4.jpg

    http://ujs.org.br/index.php/noticias/une-aprova-plebiscito-sobre-novas-eleicoes-e-convoca-jornada-fora-temer/

    ESQUERDA BRASILEIRA FALHA AO NÃO DEBATER!

    PEDIR REFORMA POLÍTICA FOI O MAIOR ERRO DAS ESQUERDAS!

    A falta de politização dos brasileiros vem da falta de debate das esquerdas!

    Não pediram a REFORMA POLÍTICA nas ruas?

    Pois bem, povo que não sabe o que pedir, recebe o que não quer!

    Agora quem pode fazer a reforma é o Temer, só que uma reforma neoliberal, retirando até coisas como o VOTO IMPRESSO, e o fim do FINANCIAMENTO EMPRESARIAL.

    Se tivéssemos exigido a

    PEC 21/2015 e a PEC 286/2013,

    direito de convocar PLEBISCITO, REFERENDO, E PLEBISCITO DESTITUINTE, hoje a conversa já estaria bem mais adiantada…

    Exija esses direitos nas ruas, PLEBISCITO não é nem
    de esquerda, nem de direita, a

    DEMOCRACIA DIRETA É PURA CIDADANIA!

    e não exclui a democracia representativa…

    LINKS RELACIONADOS:

    __PLEBISCITO SERÁ OFICIALMENTE PROPOSTO À NAÇÃO:

    http://www.bbc.com/portuguese/brasil-36944995

    __Ainda está muito fraca a campanha pelo PLEBISCITO! Se as centrais sindicais não puxarem, a coisa não anda! Depois eles perdem o respeito do trabalhador, e não sabem porque! Aliás, não fazem ideia do quanto perderão com isso em 2018, quando forem cobrados junto com seus políticos por suas omissões. Vejam protesto em Copacabana, durante abertura da olimpíada:

    http://www.brasil247.com/pt/247/rio247/247988/Em-Copacabana-foi-dia-de-Fora-Temer.htm

    __Aonde está a campanha pelo PLEBISCITO?

    https://jornalggn.com.br/noticia/as-imagens-dos-protestos-de-hoje-contra-temer-e-contra-os-jogos
     

    1. Essa estória…..

      Com o perdão da franqueza, mas essa estória de “democracia direta” que se tem ouvido falar com uma certa frequência parece mais uma imensa estultície que alguma coisa que se possa levar a sério. Soa bem nas elaborações daqueles que se diziam “…apolíticos, apartirários e horizontais…” em 2013 e 2014, nas manadas mobilizadas pelos instrumentos da Guerra Híbrida introduzidos no Brasil. Outra coisa também estranha é propor tentar remendar o golpe com um plebiscito que, de certa forma, legitima o GOLPE e a cassação da eleição de 2014 que, afinal, é o que querem os que não serão eleitos jamais pelo voto e detem o poder de manipulação das massas por meio das concessões públicas de TV e rádio. No primeiro dia da formalização da proposta do plebiscito o consórgio de maçonarias, composto pelas bandas podres do judiciário e os empresários de comunicações já iniciarão a campanha para conduzir a manada no caminho que mais lhe interessar. Não faz o menor sentido. Se há uma autoridade eleita legal e legitimamente, que seja respeitad a LEI e se reconheça o mandato que lhe foi outorgado nas urnas. Fora isso, qualquer coisa é remendo, é a emenda que pode sair pior que o soneto.

  14. Excelente artigo

    O PT nunca aceitou críticas. Quem criticava a aproximação com os coronéis do PMDB (isso enquanto o partido enquanto demonizava o PSDB, um partido de centro esquerda muito mais similar ao PT do que o PMDB), era chamado de tucano. Quem criticava a ausência de reformas na estrutura do estado brasileiro para que ele tivesse mais eficiência, era chamado de neoliberal. Quem apontava a devastação econômica que Dilma estava armando, era chamado de reaça. Quem apontava que o PT estava caindo na vala comum da corrupção, já na época do mensalão, era chamado de golpista. O maior erro do PT foi ter se considerado único portador das boas intenções e das melhores soluções para o país. Tornou-se surdo para as críticas que poderiam tê-lo salvado. Cometeu suicídio em praça pública. Gostaria muito que o futuro da esquerda no Brasil não fosse o ostracismo, mas ela precisa rever seus dogmas.

  15. Excelente artigo

    Gostaria muito que o futuro da esquerda no Brasil não fosse o ostracismo, mas ela precisa rever seus dogmas. O PT nunca aceitou críticas. Quem criticava a aproximação com os coronéis do PMDB (isso enquanto o partido demonizava o PSDB, um partido de centro esquerda muito mais similar ao PT do que o PMDB), era chamado de tucano. Quem criticava a ausência de reformas na estrutura do estado brasileiro para que ele tivesse mais eficiência, era chamado de neoliberal. Quem apontava a devastação econômica que Dilma estava armando, era chamado de reaça. Quem apontava que o PT estava caindo na vala comum da corrupção, já na época do mensalão, era chamado de golpista. O maior erro do PT foi ter se considerado único portador das boas intenções e das melhores soluções para o país. Tornou-se surdo para as críticas que poderiam tê-lo salvado. Cometeu suicídio em praça pública. 

  16. Das estilingadas desde o Olimpo aos baques dos feitos na lama!

    O legado da Pátria Educadora alcançará o povo e a si mesma quando nos permitirmos à reflexão: PT fez, mas o PT errou, ou o PT errou, mas o PT fez?  A minha experiência é de incômodo ante a imaturidade política massacrante da ampla maioria que é ingrata e covarde a ponto de sacrificar uma minoria de pessoas consequentes e generosas pelejadoras contra o canibalismo atávico na nossa barbárie social. O pragmatismo realista de governar com o PMDB teve seu ônus, mas trouxe o bônus de uma trégua pelo oportunismo de um setor da elite que deixou a esquerda trabalhar sob determinadas circunstâncias e tendo em vista a lucratividade desenvolvimentista, pois essa esquerda voltou a investir em infraestrutura ao livrar-se do FMI, permitindo que os socialistas saíssem da abstração em direção ao concreto e hoje terem um portfólio de realizações. Isso não é pouco numa formação social que tinha o potencial de manter a escravidão até a década de 20 do século passado, conforme analogamente ainda ocorria em algumas situações na África que “legitimaram” a agressão de Mussolini à Etiópia. Contudo, o cinismo escravista ainda impera, pois no século 21 temos órgãos corregedores que passam a mão na cabeça do Moro quando se prende sem HC, ou ilegalmente se grava e divulga o Lula, mas apenas engavetam as representações e ainda afirmam que o “sinhozinho” Moro estava muito irritado, mas já se acalmou! O republicanismo de dar espaço ao corporativismo e carreirismo do judiciário, mídia, MP e a PF pareceu um recurso de “gerenciamento” para inibir o apetite do PMDB sem ferir suscetibilidades e com isso criar pontes que se, por um lado mostraram-se temporárias, por outro serão permanentes na educação política de uma população infantilizada porque, sem educação crítica, tem dificuldade de abstrair do concreto “prato feito” midiático servido diariamente na hora da janta, oferecido por âncoras paternais. É como se dissessem – não reclame comigo, pois os meus protegidos também estão sujeitos aos jogos de poder dessas castas. Daí, refaço a frase trocando o “mas” pelo “porque”, a fim de dar  a dimensão de missão cumprida ao épico da esquerda fora de seu gueto: o PT fez porque o PT errou , ou o PT errou porque o PT fez? De qualquer jeito ele fez, pois foi titânico tirar esse país com essa elite do mapa da fome da ONU.

  17. Malandro ou Ze Mane??

    Sim, professor. Concordo com a sua analise. Impecavel. Em linguagem medica, eiagnostico e “opçoes terapeuticas” precisas, diante de um prognostico sombrio.

    Falei mais ou menos isso no post abaixo, da semana passada:

    Mal do malandro é achar que outros são otários, por Romulus      

     ROMULUS      SEX, 05/08/2016 – 16:35

    “O mal do malandro é achar que os outros são otários”

    Por Romulus 

    Concordo com a avaliação de um caro amigo em seu blog, que reproduzo abaixo. À possível explicação que apresenta, acrescento outras alternativas.

    Bem… explicações alternativas ou cumulativas?

    Sejam o que forem, ainda mais “desabonadoras”.

    Já as publicara há mais de mês em outro post. E, novamente, nesta semana (“Dívida pública: silêncio eloquente dos grandes “ausentes”):

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  18. De novo ontem: Paulo Pimenta

    E toquei nisso ontem de novo, inversamente, ao distinguir – e elogiar – a linha de açao e a postura do dep. Paulo Pimenta:

    Paulo Pimenta (e Nassif) lembram mundo de que PGR Janot não morreu ainda, por Romulus      

    ROMULUS      TER, 09/08/2016 – 07:17      ATUALIZADO EM 10/08/2016 – 00:46

    Paulo Pimenta (e Nassif) lembram o mundo de que PGR Janot não morreu ainda – apesar dos grandes esforços do procurador para ser esquecido durante a mais grave crise que o Brasil enfrenta enquanto Estado – de direito e/ou democrático.

    Por Romulus

    Paulo Pimenta é um dos raros deputados do PT que levanta o tom – da retorica, mas também das ações – quando isso se faz necessário.

    Ele, sem deixar de se pautar pelo “decoro parlamentar”, faz a crítica como deve ser feita nesse jogo farsesco: vai ao limite do questionamento do sistema – mas agindo ainda dentro dele – de forma a escancarar o viés político claro e todos os seus vícios.

    A militância não esquecerá, deputado.

    Não só notam a sua bravura solitária, como também concluem que o senhor – talvez também solitariamente – não tem o rabo preso.

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  19. Hoje o PT é Lula e ponto.

    Hoje o PT é Lula e ponto.  Amanhã será mais do mesmo.  Não vejo a solução do país passando por partido político, mas pelo engajamento social, pela gestão social, pela radicalização da democracia a partir do povo.  Enquanto o brasileiro aceitar tudo passivamente e só gritar em campo de futebol a coisa vai permanecer feia e com tendência a piorar.  O PT achou que cedendo infinitamente iria permanecer no poder.  Dilma tentou fazer o correto (desenvolvimento, baixou o juros etc), mas é tanto parasita e de tantas partes do mundo que não há Brasil que aguente.  Qq sobrevida de Dilma passaria por mais concessões.  No entanto a solução do sistema foi a radicalização para a extrema-direita suportada pelo sistema financeiro.

    Minha gente, não há muito que filosofar.  À luta irmãos.

  20. O que muda com a autocrítica

    O que muda com a autocrítica do PT?

    Absolutamente nada!

    Esse desejo de que o PT faça autocrítica é aquela mel desejado por aqueles que veem nisso a confirmação do “não disse? Eu estava certo”.

    Outra pergunta é: que autocrpitica seria essa? que forma? que conteúdo?

    Será meramente dizer que erramos aqui ou ali ou alguns esperam algumas chibatadas nas costas?

    Para quê ficar insistindo que o cachorro manco peça desculpas?

    Ao que parece, é mais importante para a esquerda a autocrítica do PT para enfim confirmar sua imensa sabedoria  do que atacar os problemas sombrios que se apresentam no Brasil de Temer e sua orda.

    Mas ficames assim: ignora-se tudo até que o condenado nos peça arrego.

    A esquerda morreu, e não foi o PT que segue em fanatismo como sugeriu um dos comentaristas. É, e foi,  justamente o fanatismo de jamais aceitar qualquer ideia relevante vinda do outro lado que fez essa esquerda se unir ao mais podre ataque dos conservadores ao governo popular. As alegações de que o PT se vendeu são apenas reconforto para aqueles que acham que há dinheiro para tudo, que cobrar de gente rica pagar universidade é um “absurdo”, mas não é taxar grandes riquezas.

    Um país em que todos ganham, se formos parar para pensar, não causa ojeriza apenas à Direita raivosa, mas também à esquerda. Um dos textos mais elucidativos que já li sobre isso foi do colega Alexandre Tambeli em que ela deixa claro para essa esquerda imutável: o brasileiro NÃO é revolucionário.

    Somando-se a isso, há os que não aceitam a RealPolitik como força motriz da história e suas  vantagens frente aos idealismos. Bater no peito e dizer que é honesto é bonito; cobrar honestidade alheia é lindo. Mas com a quantidade de gente que vem caindo nessa louca cavalgada contra o PT e o estado brasileiro forte, fica sempre uma dúvida no ar do quão fluído é essa tal moralidade.

    1. A mais contundente autocrítica.

      O mais intrigante e desafiador, justamente para quem elabora e emite esse discurso, é notar que nessa ladainha da “autocrítica” entoada em jogral já há algum tempo por aqueles que se consideram e se posicionam acima ou ao lado da dimensão em que se desenvolvem os dramas das imperfeições humanas é que na linha dessa narrativa já está expressa a autocrítica fundamental dos próprios inconsistentes formuladores. Porque todas essas sofisticadas e repisadas elaborações partem de alguns pontos emergentes e seguem convergentes para um fato:

      Tudo de bom e de ruím que aconteceu no universo político brasileiro nas últimas décadas é de alguma forma responsabilidade de ação ou omissão, ou acerto ou erro do PT.

      Partindo desse princípio que alimenta toda a narrativa da tal da “autocrítica”, pode-se convocar os nobres intelectuais a fazerem a sua autocrítica refletindo sobre onde estavam os que falam do PT durante esse tempo todo em que se fez a história recente desse país? Será que foram eles que fizeram tudo, erros e acertos, enquanto estavam no PT e, depois que sairam, a coisa desandou em certo momento, porque só ficaram os impuros sensíveis ao assédio do Capital? Parece que não é bem por aí. Então, aqui fica a sugestão para os nobres e ilustres intelectuais para que respondam essa questão intrigante. Onde estavam as forças políticas desse país nas últimas décadas, que deixaram o PT fazer tudo de bom (esperamos que alguém reconheça que houve alguma coisa boa) e de ruím que hoje já é história?

       

       

       

    2. A auto-crítica serve para evitar repetir os mesmos erros

      E serve também a evitar novos erros. Na política econômica foram inúmeros os alertas, por exemplo. Mas Dilma e o PT foram até o final repetindo os mesmos erros. Já no caso da corrupção, o alerta mais acabado de todos foi o mensalão. Mas ao insistirem que a investigação era golpe, persistiram na mesma prática, e cairam no Petrolão. 

    3. A auto-crítica serve para evitar repetir os mesmos erros

      E serve também a evitar novos erros. Na política econômica foram inúmeros os alertas, por exemplo. Mas Dilma e o PT foram até o final repetindo os mesmos erros. Já no caso da corrupção, o alerta mais acabado de todos foi o mensalão. Mas ao insistirem que a investigação era golpe, persistiram na mesma prática, e cairam no Petrolão. 

    4. A auto-crítica serve para evitar repetir os mesmos erros

      E serve também a evitar novos erros. Na política econômica foram inúmeros os alertas, por exemplo. Mas Dilma e o PT foram até o final repetindo os mesmos erros. Já no caso da corrupção, o alerta mais acabado de todos foi o mensalão. Mas ao insistirem que a investigação era golpe, persistiram na mesma prática, e cairam no Petrolão. 

  21. “2) aceitar o impeachment

    “2) aceitar o impeachment como fato consumado e fazer oposição ao governo Temer preparando o partido para 2018; 3) aceitar o impeachment e negociar com o governo Temer (reforma da previdência etc.,) preparando-se para 2018.

  22. “2) aceitar o impeachment

    “2) aceitar o impeachment como fato consumado e fazer oposição ao governo Temer preparando o partido para 2018; 3) aceitar o impeachment e negociar com o governo Temer (reforma da previdência etc.,) preparando-se para 2018.”

    Quá, quá, quá. Alguém em sâ consciência acredita que com a consumação do golpe haverá eleição em 2018?

    Se o PT acredita nisto tem mais é que se ferrar mesmo.

  23. Depois de ler o post do

    Depois de ler o post do Rumulus sobre esquerda(idéias) e direita(dinheiro) cheguei a conclusão que o post dele foi genial.

    Comecei a achar que a esquerda nunca vai chegar a lugar nenhum e que a direita nem precisaria se dar ao trabalho de atacar a esquerda. Eles mesmo se autodestroem, como os presos na cela do tal filme.

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