Rejeição feminina compromete estratégia de Trump

Eleitoras brancas de classe média se afastam do Partido Republicano, enquanto latinos e negros aumentam percentual de votantes nos EUA

Jornal GGN – Donald Trump tem adotado estratégias exageradas ou agressivas para tentar atrair as mulheres, que estão rejeitando-o cada vez mais, em uma movimentação que pode custar a reeleição do republicano.

Os últimos levantamentos por recortes de gênero mostram que a vantagem do democrata Joe Biden foi de 14 pontos percentuais (Economist/YouGov, feito entre 18 e 20/10) e de 23 pontos (New York Times/Siena College, feito de 15 a 18/10). Levantamento da Fox News, emissora reconhecidamente alinhada a Trump, mostra Biden 19 pontos à frente entre as eleitoras.

Análise divulgada pelo jornal Folha de São Paulo explica que essa diferença ganhou corpo na década de 1980, por conta da mudança de plataforma republicana – que passou a defender a proibição do aborto e retirou medidas para promoção da igualdade de gênero.

Além disso, as tentativas de Trump – abertamente contra o aborto – em revogar o Affordable Care Act e limitar o acesso a serviços de saúde têm sido apontadas como uma ameaça a conquistas estabelecidas.

Para conter essa perda de votos, Trump está buscando consolidar seu apoio entre as evangélicas com menor escolaridade, um perfil mais comum no interior do país. A nomeação da conservadora Amy Coney Barrett para a Suprema Corte é uma tentativa de se aproximar delas, mas o plano pode não ter o resultado esperado uma vez que Barrett é contra a implementação de um sistema universal de saúde no país.

Os esforços do republicano se concentram entre as mulheres brancas, mas dados do Pew Research Center apontam o avanço na participação de mulheres latinas e negras: somados, negros e latinos passaram de 22% para 26% dos eleitores norte-americanos entre 2010 e 2018, o que representa cerca de 22 milhões de votantes a mais.

 

 

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Redação

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